["...Ei! Tenho algo pra te dizer
É importante, tente entender
É engraçado, mas aconteceu...E quando menos esperei, encontrei você
E quando menos imaginei, me apaixonei por você..."]****
Diana.
Quando eu ouvi a sentença dada pela minha mãe, eu perdi meu chão. Como assim, eu grávida? Eu não podia estar grávida, eu não estava preparada pra ser mãe, aliás, eu não fazia ideia de como era ser mãe. Tentei procurar um pouco de calma, e tentar reverter àquela situação.
— Grávida mãe? A senhora tá doida – eu desviei o meu olhar do seu – não tem cabimento uma coisa dessas.
— Não se faça de desentendida Diana, eu te conheço como ninguém, e já percebi que o seu corpo deu uma mudada, pode ir falando a verdade pra mim. – Ela ordenou, e não me deixou outra saída.
— Mãe – me joguei na cama – eu não posso estar grávida, isso seria o fim da minha vida.
— Ah, então quer dizer que existe mesmo essa possibilidade. Agora me responda uma coisa, quem seria o pai dessa criança? – Ela perguntou com um ar meio sarcástico misturado com preocupação.
— O Chico né mãe – me levantei de repente terminando de colocar umas roupas na pilha de roupas – quem mais poderia ser? O seu Zezinho da venda da esquina? – Zombei.
— Eu sabia – ela deu um berro – vocês dois acharam mesmo que estavam enganando a mim e sua tia?
— A gente ia contar pra vocês, só estávamos esperando o momento certo, nós vamos até nos casar!
Ela arqueou a sobrancelha como se não acreditasse no que eu falava, e eu continuei:
— É sério mãe, a gente se ama, e eu sei que dessa vez vai dar certo. Agora mãe – passei a mão no rosto e no cabelo – eu não posso estar grávida, como uma criança vai sair de dentro de mim?! – Me apavorei.
— Ah, pensasse nisso antes de ficarem de saliência – ela gritou, mas logo abaixou o tem da sua voz – eu só vou te dizer uma coisa: dói muito.
Eu vi um sorriso maldoso no rosto dela.
— Mãe, pelo amor de Deus, eu preciso de uma cesárea – comecei andar de um lado pro outro histérica – eu não vou suportar essa dor mãe, eu vou morrer na primeira contração.
— Diana, se acalma, por favor! – Ela me segurou pelor ombros. – Não adianta ficar nesse desespero agora, e você sabe que não temos dinheiro pra pagar um hospital particular, e no público eles só realizam esse procedimento em último caso.
— Mãe, você não está me entendendo, eu pre-ci-so de anestesia, eu sou muito fraca pra dor, e a senhora sabe disso. – Me sentei na cama e abaixei a cabeça sem acreditar no estava acontecendo, minha mãe se sentou ao meu lado.
— Filha, calma – ela passou seu braço ao redor das minhas costas – isso é algo pra você pensar lá na frente, e outra, você ainda não tem certeza, não adianta se angustiar antes do tempo. Vamos fazer o seguinte, você come um pouquinho, e antes de você ir pro colégio, a gente passa na farmácia e você faz o teste, só pra saber se sim, ou se não, tudo bem?
— Tá bom.
Foi a única coisa que eu consegui falar, afinal, não tinha muito o que falar.
...
Mal consegui comer, primeiro por estar enjoada, e segundo por estar nervosa. Eu estava muito convicta dessa gravidez, eu sentia meu corpo diferente, e Chico e eu quase nunca nos preveníamos, talvez isso até demorou demais pra acontecer.
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Bem Me Quer
Romance"Ela presa no condomínio e ele solto pelo mundo." - A Dama E O Vagabundo Diante de um divórcio conturbado, Diana se vê obrigada a voltar para a cidade onde nasceu, isso não seria tão ruim se a sua cidade não se encontrasse no interior. De volta a su...