Nao Resisto A Nós Dois

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[..."Me ame, aproxime-se e me ame,
Me dê de presente um pouco do seu calor,
Arrisque-se do meu amor
Não tenha medo e só
Me ame, agora e sempre me ame,
Que o mundo se inventou para os dois
Não tem a paixão de explicação..."]

****

Rosa, até o momento tinha seus olhos fechados, arregalou-os no mesmo instante que escutou um nome que não era o seu. Seus olhos estavam fitados em Chico, que até então, não percebera a burrada que tinha feito.

— Será que você pode repetir o que disse? – Sua cara não era a das melhores.

— O que foi Di... – Imediatamente Chico se dera conta da merda que fizera. – Rosa – ele tentou segurar suas mãos, mas Rosa deu um passo para trás – eu... Me desculpa, eu não quis... Na verdade, nem sei por que disse o nome dela.

— Porque era nela que você estava pensando! – Falou alto. – Ou eu estou errada?

— Rosa, eu não sei o que deu em mim, eu não queria ter te magoado, eu juro!

— Ah, com certeza me chamando pelo nome de outra mulher, que é mais linda e muito mais interessante do que eu, eu não ficaria chateada, muito óbvio! – Sua voz estava elevada, e suas mãos já haviam atrapalhado o penteado que Diana havia feito horas antes, de tanto que ele tinha mexido, por seu nervosismo.

— Não diga isso Rosa – ele deu um passo até ela, e ela deu outro para trás – você está tão bonita.

— É, estou né, hoje, mas daqui a pouco volto ser a mesa cinderela de sempre. Por que você não vai procurar a Diana, ele vai sempre estar linda e deslumbrante Chico, ah, talvez ela não queira você né, que chato.

— Por favor, Rosa, me desculpe, eu não queria que fosse assim. – Disse sem muitos argumentos.

— Ah, tarde demais. Agora acho melhor você ir, essa noite já deu o que tinha que dar.

— Rosa... – Insistiu.

Ela foi até a porta, e abriu-a.

— Por favor, vá embora.

Ele a olhou uma última vez, e saiu, sabia que estava errado, e não adiantaria contornar nada naquele momento. Depois que ele saiu, Rosa bateu a porta, e foi para o seu quarto, onde chorou se sentindo a pior pessoa do mundo.

...

Com passos lentos, Chico caminhou até sua casa, sem conseguir uma explicação lógica para aquilo, mas sabia que Rosa estava certa, era Diana quem ele queria beijar naquele momento.

Depois de ficar um longo período sentado no degrau da entrada de sua casa, Chico resolveu finalmente entrar, não porque estava cansado, mas ele só queria vê-la um pouquinho, e entender se aquilo fazia algum sentido.

Chico entrou no quarto em que Diana dormia, num completo silêncio. Ele sentou na beira da cama, e ficou a olha-la, e acariciar seus cabelos, e ela, todavia, continuava a dormir.

— Ah Diana... – Um sorriso de canto se formou em seus lábios enquanto ele a admirava.

Ele não ficou ali por muito tempo, para não correr o risco de acorda-la, mas antes de sair, ele depositou um selinho em seus lábios, e a moça sorriu inconsciente, fazendo-o sorrir também, foi então que algumas coisas acabaram por fazer algum sentido.

...

No dia seguinte, depois do café da manhã, uma conversa agradável surgiu entre os primos. Diana lavava a louça do café, enquanto Chico estava sentado à mesa comendo uma fruta, nenhuma ofensa fora trocada até então.

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