Nicolle com seus 21 anos, formada em psicologia e inteiramente dedicada em crescer na vida se vê perdida quando se vê sem emprego após um desentendimento com a filha de sua patroa, ela precisa correr contra o tempo para conseguir se reerguer e dar...
Na minha cabeça dormir com Amélia não daria problemas, porém meu chefe não achou isso quando chegou e foi ver sua filha em seu quarto e ela não estava, o engraçado é que ele quase nunca faz isso, aí hoje ele resolveu fazer, suspirei não encontrou ela já que a mesma se encontrava em meu quarto no quinto sono junto de mim, ele me fez acordar num pulo quando a porta do meu quarto bateu com toda força sobre a parede, exagero? Muito, credo quem vê iria sequestrar a criança.
── Como ousa trazer minha filha pra dormir aqui com você? ── seu olhar gélido e ameaçador me fez tremer inteira, eu em ── se a senhorita não sabe ela tem o quarto dela, e aquele serve para que ELA durma, se fosse pra dormir com você colocaria uma cama no quarto dela e não te daria um quarto ── seu berro irritado fez a pequena Amélia acordar chorando devido ao susto, pego-a em meu colo a balançando para se acalmar, olho enfurecida para meu patrão fazendo ele me olhar indignado.
── Você pode até ser o chefão aqui, mais ainda não é meu pai então não ouse gritar comigo está ouvindo, eu sei que não era certo colocá-la dormir comigo mais não é necessária essa gritaria toda não ── bufo irritada e sigo até o quarto de Amália a colocando em seu berço para voltar a dormir já que estava ainda com sono.
── Com quem você acha que está falando? Eu posso te demitir sua abusada ── dou um sorriso debochado e logo depois dou de ombros.
── Demita, mas saiba que é você quem está perdendo chefinho ── faço uma foz debochada no chefinho o vendo quase soltar fogo pelas ventas ── Olha, eu fiquei um mês aqui cuidando da sua filha, que se me permite dizer é um anjinho de criança, mas não te vi perto dela um segundo se quer, sempre que você está em casa ela está dormindo e o Senhor não faz questão alguma de entrar no quarto dela para pelo menos olhar pra ela ── digo irritada, sim irritada pois passei por isso na infância, meus pais só sabiam trabalhar e nunca me davam bola, eu vivia somente com babás e isso era horrível pois tinha algumas das babás que me batiam, e sempre que eu dizia aos meus pais eles não acreditavam, até o dia em que eles chegaram de supetão em casa e presenciaram a cena de uma babá de uns quase 50 anos tampando minha boca com raiva enquanto me batia para eu não berrar, eles demitiram ela e depois daquilo minha mãe não trabalhou mais e ficou em casa comigo ── eu sei que não tenho direito algum de lhe dizer tais coisas mais senhor Willians você deveria estar mais presente na vida da sua filha, ela apesar de ainda ser um bebê sente sua falta ── suspiro e dou um beijinho na testa de Amélia, poderia ser o último então tinha que me despedir ── entendo caso queira me demitir não irei me importar, demora mais acho outro sem problema algum ── saio do quarto o deixando sozinho e sigo até meu quarto e me deito na cama desejando voltar a dormir.
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Cinco horas depois.
Eu ainda não tinha entendido do porque não fui demitida ainda, mas é melhor não ficar pensando nisso, pego Amélia em seu berço e lhe dou um banho pois o dia estava abafado e ela soava muito quando dormia, depois de vesti-la saio de seu quarto indo até a cozinha dar-lhe de comer, e antes que me perguntem, não ela não ficou dormindo esse tempo todo.
Amelia havia acordado cinco minutos depois que seu pai saiu de seu quarto e então fiquei no quintal com ela por umas duas ou três horas até ela cair no sono de novo, acordando somente agora.
Ao chegar na cozinha com Amélia em meu colo dou sua mamadeira e então escuto a porta da sala abrir e então risadas altas ecoar pela casa, imaginei ser Mia ou Maia, porém era uma voz de homem, e foi quando Mike entra na cozinha acompanhado de uma mulher digna de capa de revista da Victoria Secrets, continuo amamentando Amélia sem me importar com a presença dos dois e sorrio quando Amélia segura meu colar enquanto comia.
── Ei garota me traga um copo de suco de Caju bem gelado ── a encaro vendo que a mulher me encarava debochada enquanto Mike me olhava enraivecido ── está surda sua empregadinha de merda, sirva-me de um suco de Caju bem gelado agora ── sorrio debochada e largo a mamadeira de Amélia no balcão e me levanto saindo da cozinha, porém não consigo fazer tal coisa quando uma mão firme me segura no braço me virando bruscamente, encontro Mike com um olhar raivoso e aquela bruaca com um sorriso debochado no rosto.
── Você está surda Nicolle, Ângela a mandou trazer um copo de suco ── arranco meu braço de sua mão segurando Amélia firme para não deixar ela cair.
── Não sou surda não e muito menos uma empregada meu anjo, quer o suco use essas duas varas que você chama de perna e vá até lá e busque o maldito suco, eu sou uma babá e cuido somente de Amélia, com licença ── digo calmamente e me viro pra sair enfim daquela cozinha.
── Escuta aqui pobretona, você vai me servir sim ou vai se ver comigo, você acha que uma pessoa fina igual a mim iria me servir sozinha, se liga sua ridícula você não passa de uma passa fome e duvido que você tenha onde cair morta e se não fosse o MEU namorado você estaria na rua agora ── dou uma gargalhada debochada fazendo a vara pau me olhar feio. ── está rindo de que sua maluca?
── De quem mais seria? De você obvio, meu anjo eu me garanto e sei que sou maravilhosa do meu jeito, não passo e nunca passei fome na vida, meus pais têm dinheiro e trabalho se acha em muitos lugares nesse mundão aí fora, você acha que suas palavras fizeram algum efeito na minha autoestima querida? Não fez nem cocegas, aprenda não se ganha nada nesse mundo passando por cima de ninguém não, e outra ── dirijo meu olhar até o Senhor Willians sorrindo ── eu me demito, e espero profundamente que ache alguma otária que aceite essas suas idiotices e essa vara pau que tu chamas de namorada, irei levar Amélia até a avó dela e depois venho assinar minha carta de demissão, passar bem. ── digo e viro as costas pro homem que me olha arrependido e aparentemente triste.
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