Epílogo

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Opá! Olá, meu povo lindo desse wattpad! Eu vim aqui rápindinho ao estilo trailers chatos de cinema para avisar que esse é o final, bem finalzinho dessa estória. Sei que deixei mais aberta do perna de bailarina no gran battemant, mas não tenho culpa (desculpa furada, já que eu sou a escritora). Só queria que vocês soubessem que mesmo esse sendo o final de V.A.James, não é o final desse universo. 

A vida é engraçada, né? Até hoje criei mais versões minhas do que jamais imaginei. Fui da garotinha decidida para a insegura, que para se proteger virou uma pedra de gelo, um monstro, para em seguida entender outras coisas, ver outras paisagens e finalmente se tornar uma versão melhor e a mais próxima da original, que hoje eu julgo a melhor.

Como eu gostaria de ligar para a Vanessa Alice James da quinta série e dizer que as coisas vão melhorar, e para a da pedra de gelo e puxar a orelha. Mas são coisas que fico na vontade. Só me resta suspirar, escrever para a atual e pedir que nunca mais cometa os mesmo erros do passado, mesmo eu achando difícil.

Afinal, a vida é assim. Sempre estamos mudando, sempre em movimentos, pois se paramos no tempo, nunca poderemos ver o futuro. Ele pode ser uma merda, mas basta apenas termos coragem para enfrenta-lo e conhece-lo.

E é exatamente isso que eu vi acontecer agora pouco. Vi Amanda entrando na igreja com um grande vestido branco rendado, vi Roberto suando de nervoso, vi eles sorrirem, aceitarem o seu futuro juntos e chorarem de felicidade, pois sabem que aconteça o que acontecer, agora tem um ao outro.

Fico feliz em dizer que talvez eu entenda esse sentimento agora. De não saber o que vai acontecer, não se preocupar mais como antes, já que terei alguém ao meu lado. Não importa quantas vezes eu cair, sei que eles vão me ajudar. E não sou só eu que sei disso, Pedro também.

O mesmo Pedro que agora se sente livre em relação a família e a vontade o suficiente para arrasar na pista de dança com o seu namorado, Kelvin. Eu mesma não ouso tentar entrar lá. Como diria Larissa: Muito poder para um anãozinho como eu.

— Terra para Vanessa — diz Anastácia passando a palma da mão na minha frente. — Terra para Vanessa.

— Oi?! — digo voltando a nossa frequência.

— Eu agradeceria se você não fosse para a Vanessaland hoje. — pede fazendo beicinho. — Se você for para lá, vou ficar conversando com esse buquê! — exclama balançando na ar as chuvas de prata. — É muito injusto, Universo, você fazer eu pegar o buquê sendo que estou mais solta do que arroz. — diz. Reviro os olhos. — Podia ser você. — diz.

— Para quê? Sou jovem demais para isso — digo numa risada.

— Pelo menos você está com alguém. — rebate.

— Que certamente se assustaria se eu mostrasse um buquê no meio do casamento.

— Ele não se assustou com você antes, nem fugiu, nem teve um infarto. Por que agora seria diferente? — questiona irônica. Dou de ombros sem conseguir contraria-la. — Ah. Mas nem para eu ser um pouco mais parecida com Caroline e conseguir ficar com alguém. — lamenta apontando para um cantinho da pista. — Acho que esse é o terceiro hoje. — suspira. — E eu aqui com um buquê.

— Coitadinha. — digo me levantando. — Se você está querendo alguém, você tem que ir para a luta, minha cara amiga. — Pego em seus braços e a levanto. — Agora vá mexer um pouco a raba e seduz um deus grego.

Ela vai meio contrariada, deixando o buquê em cima da mesa. Balanço a cabeça e pego. Afinal, essas florzinhas são umas gracinhas. Um movimento atrás de mim chama-me a atenção. Flor com seu vestido purpura, está indo na direção dos jardins atrás da gente. Ela passa correndo entre as cercas vivas, rápida demais para alguém da idade dela. Curiosa, levanto e a sigo. Com bastante cautela, passo entre as árvores querendo sempre um esconderijo rápido.

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