Cavalo monstro

41 9 8
                                    

  Eu me chamo Daisy e moro numa fazenda com o meu Tio Antônio e esse lugar é um pouco longe da cidade sabe, e como em todo o lugar o povo tem suas lendas e aqui não é diferente, os nossos vizinhos dizem que algumas de suas cabras e vacas têm aparecido com uma marca de mordida nas costas faltando um pedaço dela e algumas até somem, a última cabra foi encontrada jogada em cima de uma árvore, fico pensando que animal poderia fazer uma coisa dessas, chego a ficar com medo de acabar encontrando isso.

O que me incomoda também é que os nossos animais também sejam devorados por essa coisa que ninguém sabe da onde vem, mas algumas pessoas aqui o chamam de homem cavalo, mas meu tio não acredita nessas coisas, ele pensa que pode ser uma onça, já eu fico na dúvida mesmo e quero evitar sendo uma onça ou um cavalo monstro, afinal como ele seria? Um cavalo com rosto humano ou um humano meio cavalo? Fiquei pensando nisso por um tempo.

Hoje nós íamos entrar na floresta para pegar umas jabuticabas pra minha Tia fazer um doce e o meu Tio e eu fomos armados com um amigo dele o Ricardo, ele é um caçador da região e ele garante para o meu Tio que essa coisa não é uma onça e que ele mesmo a viu e sabe algumas de suas características.

Ricardo: A coisa é um bicho de quase 2 metros com um cabelo humano grande e liso, seu corpo também é humano e bem, mas bem peludo mesmo, fora que ele anda de quatro e tem cabeça de cavalo bem deformada com dentes pontudos como facas, eu vi essa coisa, é uma criatura horrorosa.

Antônio: Eu já disse que isso é crendice do povo, é uma onça e quando eu achar a danada você e todos aqui verão que não é nada de homem cavalo.

Daisy: Mas e se realmente for um monstro Tio Antônio?

Antônio: Monstros não existem menina!

Meu tio ficou com raiva do Ricardo e foi na frente procurar pela jabuticabeira, nós já estávamos bem dentro da mata e pegamos uma boa quantia pra fazer doce para umas duas semanas, eu fiquei muito feliz com isso e eu queria ver se eu conseguia encontrar uma flor específica que vi quando viemos, eu queria leva-la para casa e para pôr no meu quarto, porém já estava anoitecendo, eu acho que viemos muito tarde para procurar frutas então era melhor voltarmos pra casa logo.

Quando estávamos perto de sair da mata ouvimos um rosnado de onça e meu Tio rapidamente levantou sua espingarda e mirou nos arbustos procurando pela onça.

Ricardo: Antônio abaixe essa arma, o que pensa que está fazendo?

Antônio: O que acha que estou fazendo? Eu vou matar essa danada dessa onça antes que ela nos mate e cuide do resto do gado.

Meu Tio queria porque queria matar a onça, porém o Ricardo empurrou a sua espingarda pra cima que fez a bala acertar um pássaro e a possível "onça" fugiu para dentro da floresta.

Antônio: Que merda Ricardo olha o que você me fez fazer.

Ricardo: Vamos embora, é melhor sairmos daqui o quanto antes, já está perto de anoitecer.

Antônio: Porcaria, eu queria dar um jeito nela o quanto antes.

Daisy: Você terá outras oportunidades Tio.

Antônio: Sim, eu vou estar preparado para quando ela atacar nossos animais pela noite.

Quando nós chegamos em casa a minha Tia estava com uma cara de alivio, ela estava preocupada pela nossa demora, mas deu tudo certo no caminho de volta, mesmo que tenhamos nos perdidos e chegamos na fazenda próximo das 19h:00min, mas não estava tão escuro ainda, nós jantamos e meu Tio se despediu do Ricardo, depois a Tia fez o doce de jabuticaba e ficou muito bom mesmo, nós ficamos conversando um pouco e quando deu umas 22h:00min eu fui pro meu quarto se deitar.

O Vale dos pesadelos - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora