A ilha dos esquecidos e dos loucos

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  Faz alguns dias que estou presa nesse lugar, isso está acontecendo depois da morte do meu marido pela menina que adotamos, eles acreditam que sou doida e nunca encontraram a menina, ela me atormentou por um longo tempo, mas recentemente eu fui transferida para um lugar estranho onde há pessoas de branco com máscaras de gás pretas, eles dizem ser médicos, mas estamos presos numa ilha que parece ser usada para experimentos!

Ontem à noite eu ouvi um garoto gritando que havia visto uma menina com braço de crustáceo, para ser mais sincera um caranguejo talvez e os caras insistiam que essa menina não existia, mas eu lembrei do meu problema e gritei para defende-lo falando sobre o demônio que possuiu a pequena Jennifer e eles me deram uma dose de um liquido vermelho, eu fiquei muito mal e achei estar vendo coisas de novo.

Eu fiz amizade com esse garoto e mais uma menina, ela dizia ver um cavalo estranho no quarto dela e ele tinha o rosto de um humano, ela grita para ele ficar longe todos os dias, mas ele não faz nada, só fica olhando da porta para ela, deve ser realmente assustador.

Eliza: Então seus nomes são Cindy e Otavio, certo?

Cindy: É, eu vi minha amiga sendo atacada por um cavalo de rosto humano na fazenda e quando eu contei sobre isso eles não acreditaram e eu persisti muito até vir parar aqui, agora não paro de vê-lo.

Otavio: E eu conheci uma garota de máscara de gás, igual a esses caras, ela se dizia um experimento daqui e quando ela tirou a máscara eu vi seu rosto bem machucado e com uma pele cobrindo metade ele e seu braço se transformava numa mão de caranguejo esquisita e parasítica.

Eliza: O que quer dizer com isso?

Otavio: Que a mão dela parecia um parasita estranho e ela infectou algumas pessoas a onde eu morava transformando-os em crustáceos monstros, achei que estávamos nos dando bem, mas no fim ela só foi usada para contaminar o lugar e como eu fui o único a fugir fui preso aqui.

Cindy: Isso é horrível, eu acho que entendo como você se sente.

Eliza: Eu principalmente, perdi meu marido por causa de um demônio que possuiu nossa filha adotada e eles nunca os encontraram e até uns dias atrás eu era atormentada por ela, mas isso tem mudado quando eles me drogam com aquele líquido vermelho.

Otávio: Deve ser mais um daqueles experimentos deles, somos apenas cobaias.

Enfermeiro: O Horário do almoço acabou, voltem para as seus quartos, menos você Eliza, o doutor Steven quer conversar com você.

Cindy: Tome cuidado.

Otávio: Torcemos por você ficar bem.

Enfermeiro: Vamos Eliza.

Eu fui caminhando pelo corredor com o enfermeiro e eu ouvia alguns pacientes gemendo de dor e outros apenas gritando, alguns falando baixo e outros olhando pela porta, esse lugar é triste, é horrível, mas por algum motivo eu não consigo ficar com tanto medo como eles, eu não sei o que fizeram comigo.

Enfermeiro: Sente alguma dor?

Eliza: Me sinto um pouco tonta, eu também não tenho visto mais minha filha em meu quarto, mas dor eu não sinto mais.

Enfermeiro: O seu remédio está fazendo efeito então, ele é para te tranquilizar, o Doutor vai te fazer umas perguntas, então seja sincera com ele.

Eliza: Tudo bem.

Eu olhei para o lado quando viramos no corredor e vi uma porta num lugar mais ao fundo e ela era grande e parecia ser de ferro, havia uns avisos de perigo e achei ter visto a Jennifer apontando para lá, eu parei por um instante e queria seguir até lá, queria saber o que ela queria me mostrar, ela parou de me atormentar e está me mostrando um caminho.

O Vale dos pesadelos - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora