A criança Adotada

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  Eu me chamo Eliza e meu marido e eu planejamos adotar uma criança, queríamos ter um filho e eu não podia ter filhos e por conta disso fomos até um orfanato que tinha em nossa cidade, havíamos pensado na hipótese de visita-lo antes, mas estávamos sem tempo e tudo mais, mas agora conseguimos um tempo.

Quando chegamos nós reparamos que havia muitas crianças interessantes e uma delas me chamou atenção, uma garota que estava sozinha em uma mesa desenhando, aparentemente ela só era tímida e não se enturmava com os outros, mas a freira disse que ela era uma boa menina e nunca fez nada de errado e ainda acha que ela poderá se dar bem conosco, eu pensei em ir falar com ela.

Eliza: Olá meu anjo, como você se chama?

Garota: Eu sou Jennifer.

Eliza: Ah, um nome bonito e o que você está desenhando, Jennifer?

Ela não me respondeu, então resolvi chegar mais perto dela e vi o que parecia um coelho e uma garota, eu pensei que a garota poderia ser ela e do lado dela havia algo bem alto e todo preto, acho que ela estava desenhando uma família e eu a interrompi.

Depois de conversar com meu marido Charlie a gente pensou em adotar a Jennifer mesmo e ele gostou da ideia, eu acho que poderemos cuidar bem dela e ela só tinha oito anos então será fácil de nos comunicarmos com ela.

Depois de preenchermos os papeis de adoção e depois que a freira trouxe Jennifer, eu percebi que em sua mão havia um coelho roxo parecido com o do desenho, depois de observa-la bem eu percebi que ela era um pouco clara e seus cabelos bem escuros, eram pretos assim como seus olhos e ela tinha um lindo sorriso também, mas parecia estar tímida. Charlie pegou em sua mão e sorriu para ela e ela se assustou quando notou.

Charlie: Eu serei seu Pai agora, então vamos para casa querida.

Jennifer: Tudo bem Papai, eu esperei por esse dia durante muito tempo.

Nós nos despedimos da freira e voltamos para o carro, Jennifer ficou no banco de trás e Charlie e eu ficamos no banco da frente, demoraria mais ou menos uma meia hora até chegarmos a nossa casa. Depois que nós saímos do orfanato eu fiquei olhando Jennifer pelo espelho do carro e observando ela por precaução, eu estava muito emocionada e tenho medo de mimar de mais a menina, só que também tenho medo de não dar muito amor a ela, eu espero que dê tudo certo e que sejamos bons pais.

A última vez que olhei para trás eu reparei que Jennifer estava distraída olhando para a janela e reparei também que ela estava conversando sozinha, aparentemente estava conversando com o seu coelho de pelúcia então eu resolvi puxar assunto com ela.

Eliza: Querida o seu coelho tem um nome?

Jennifer: Tem sim, ele se chama Billy caolho e eu o tenho desde que nasci e fui deixada no orfanato, foi o que a irmã Cristina disse.

Eliza: Entendo isso é bom, então ele sempre esteve com você não é mesmo? Mas por que você o chama de Billy caolho?

Jennifer: Um de seus olhos salta para fora e a irmã Cristina disse que seria um bom nome para ele.

Charlie: Isso é legal, você sabia que quando chegar na sua nova casa você terá mais amigos além do Billy?

Jennifer: Eu não preciso de mais amigos Papai, eu só quero ter o Billy comigo.

Charlie: Talvez você mude de ideia quando ver o seu quarto.

Eliza: Ele tem razão querida, heh.

Eu achei isso estranho, mas deve ser porque ele sempre esteve com ela e ela deve pensar também que se acabar fazendo outros amigos irá perder o Billy, mas preciso explicar para ela de algum jeito que não é assim que funciona e que o Billy ainda estará com ela até certa idade, preciso explicar também que ela fará mais amigos conforme o tempo for passando.

O Vale dos pesadelos - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora