O dia e a noite

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Entrei em frenesi com essa pequena aproximação de Isabelle, fiquei dias e dias a pensar em como faria para vê-la novamente, tentei ser paciente e aguardar algum convite para algum baile, jantar, brunch qualquer coisa que fosse até Thomas, decidiu passar esses últimos dias recluso, me deixando completamente as cegas quanto aos eventos sociais. Me esforcei em estar o máximo que pude, em meio a gente da alta sociedade que circundavam os Elin, mas o melhor que consegui foi um evento para dali a um mês, e um mês seria tempo demais.

Em uma das noites de jogatina que eu vinha tendo junto a John Elin, tive uma ideia sussurrada aos meus ouvidos miraculosamente por anjos. A casaca de John estava pendurada em uma poltrona, ele estava usando apenas camisa e colete, o que deixou em evidencia um relógio de bolso. Naquela noite decidi ficar até a hora que John fosse embora, quando ele se levantou para ir lhe falei fingindo um pouco de embriagues:

- Ei John! Já vais embora? Fique! Vamos jogar mais uma... Venha homem sente-se!

- Seria um enorme prazer, mas já gastei demasiado esta noite.

- Besteira! Tens uma fortuna e tens também a minha, a tua disposição. Fica...

- Me sinto lisonjeado, mas realmente preciso ir embora.

- Pois bem, ao menos se despeça de mim amigo.

Digo eu, e em seguida levanto indo até ele para o abraçar e meio cambaleante me joguei em cima dele como se tivesse tropeçado, me seguro exatamente onde ficava pendurado seu relógio e coloquei o peso do meu corpo todo naquela parte, até sentir a corrente que prendia o relógio a roupa se romper.

- Menino Adrien, acho que tu também deverias ir.

- Concordo plenamente.

Digo rindo de forma quase histérica, uma parte de mim estava sofrendo com toda aquela exposição, qualquer pessoa que me conhecesse minimamente, saberia que mesmo embriagado, eu jamais me prestaria a um papel vexaminoso desses, detesto escândalo. Por sorte o salão de jogos já estava quase vazio, os homens que ali estavam eu mal sabia quem era, mas pareciam estrangeiros por suas vestimentas.

- Vamos Adrien, te levo até a caleche.

- Não há necessidade John, vou até o banheiro passar uma água no rosto e me recompor.

Digo já começando a me endireitar, mas ainda mantive o sorriso bobo no rosto e o cambalear de embriagado.

- Tens certeza que estas bem?

- Sim, sim. Só cometi o erro de beber muito tempo sentado, mas estou bem. Que noite magnifica, acho que nunca ganhei tanto em uma mesa de jogo.

- E mesmo assim estás a sair com os bolsos vazios por minha causa, me emprestastes mais da metade do teu ganho, juro que te pago o mais rápido possível.

Pardon - Obra finalizada em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora