John estranhou meu tom sério, não questionou e me conduziu até o seu escritório fechando a porta atrás de nós. Ele se sentou em sua grande cadeira de couro, e como manda a educação me convidou a sentar também.
- Sente-se por gentileza. E então, o que demanda tamanho sigilo e seriedade?
- Quero sua filha.
O sorriso de John cresceu em seus lábios, ele ria em descrença do que acabara de ouvir.
- Devo admitir que parte de mim sabia que havia uma grande chance de você se apaixonar por Isabelle. Sei da beleza e qualidades de minha filha, não me espanta estares apaixonado por ela, mas como sabes, Isabelle tem compromisso com Nathan, sinto muito Adrien.
- Não me importo com o compromisso.
Digo ainda em tom frio, diferente do ar brincalhão de John.
- Jovem Adrien no mundo dos adultos as coisas não se resolvem desta maneira, haverá outras pretendes, eu lhe garanto e para evitarmos algum mal entendido, mandarei buscar minha filha de sua casa, hoje ainda.
- Creio que não me fiz claro John, deixe-me explicar melhor. Não vim pedir a mão de sua filha, vim apenas lhe anunciar que Isabelle não se casará mais com Nathan. Ela é minha deste dia em diante. Quero apenas teu apoio de pai e atual responsável por ela.
- Vou agora mesmo tirar minha filha de lá! - Diz Jonh seguido de um soco em sua mesa. Tiro com calma meu chapéu já sabendo que seria uma negociação complicada. Jhon decide tomar medidas mais drásticas, apontava uma pistola em minha direção, sorrio em desdém, pois tinha por certo que ele não possuía a coragem necessária para matar um homem. Relaxo na poltrona e suspiro, sua pistola é engatilhada e ele mais uma vez ordena. - Vamos. Agora. Até a sua casa. Buscar. A minha. Filha.
Ergo minha cabeça com toda paciência do mundo.
- Essa é sua ultima jogada John?
- E pode ser a sua ultima também Adrien, caso não devolva minha filha.
John agora estava sério, olhos fixos em mim, testa começando a suar. O nervosismo é o maior inimigo da inteligência, por isso diferente dele, me mantive calmo.
- Pois bem Jhon, deixe-me por minhas cartas na mesa. Você tem uma divida grandiosa comigo e pelo seus registros comerciais se eu cobrar apenas metade do que me deve, apenas a metade. você não terá condições de pagar o navio que chegará com a mercadoria deste mês e nem as despesas de sua casa, muito menos o belo vestido que sua filha usará em seu casamento. Imagine se eu decidir cobrar a divida inteira... E eu posso.
- Você não tem como provar.
- A justiça é bem maleável por aqui, eu só preciso de uma boa conduta, e eu tenho. Um bom sobrenome, e eu tenho. E três testemunhas, tenho nove. Ficarias surpreso com os nomes que consegui para testemunhar a meu favor, caso eu precise. Claro... E mostrarei minha bondade em ofertar também, o valor da divida que sei que tens com os Moore. Vamos John, a mercadoria é a mesma, só mudando de comprador.
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Pardon - Obra finalizada em revisão
RomanceFeito uma sombra Adrien se esgueira sobre a luz de Isabelle. Adrien é a coisa mais extraordinária que já aconteceu na vida de Isabelle, mas ela não chega aos pés da única mulher que Adrien já amou e nem possui o veneno que ele tanto aprecia nas mul...