Mirella inventou uma desculpa de que não estava muito bem para todos no restaurante e foi para o hotel. Marcou com ele no quarto que estava hospedada. Avisou a recepcionista que estava esperando alguém e subiu. Não demorou muito até que ele batesse em sua porta.
Quando Mirella abriu, viu uma cena que não esperava ver. Robertinho estava com os olhos e nariz vermelhos. Parecia que havia chorado muito no caminho.
— Mirella... — Ela deu passagem para ele entrar. NO respondeu. — Mirella, por favor.
— É melhor você lavar seu rosto. Vamos ter uma conversa séria aqui.
Ele balançou a cabeça e foi ao banheiro. Mirella sentou numa cadeira da escrivaninha e abraçou suas pernas. Não acreditava na conversa que estava prestes a ter com ele. A última havia sido há quase três anos.
Ele saiu do banheiro limpando o rosto com uma toalha.
— Eu estou sóbrio.
— Você não me parece sóbrio.
Ele sentou na cama e olhou pra baixo.
— Voltou com tudo.
— Há quanto tempo?
— Eu usei só por diversão... No início da turnê.
— Você está usando isso há mais de dois meses, Robertinho? É sério isso?
— Não foi por querer? É só que...
— Você não usou quando estava comigo, usou.
— Usei... — Suas mãos tremiam a medida que ele confessava. — Na manhã seguinte eu não me aguentei e...
— Você saiu mais cedo naquele dia... — Ela falou perplexa. — porque você fez isso com você? Porque não pediu ajuda? Se fosse no início teria mais chances... Oh Robertinho...
— Me desculpe... — Ele começou a chorar.
Mirella sentia aquela dor dentro dela. Era como se mil facas entrasse em seu peito. Sabia o quanto era difícil para ele se livrar as drogas. Sabia que a luta havia sido intensa e longa. Ela se sentia cansada, tão derrotada e frustrada.
— Não é pra mim que você deve satisfação, Robertinho. É pra você mesmo. Pro seu corpo e sua vida. Você acha que vai durar com o Fagner usando drogas assim? Você acha?
— Mas eu vou parar.
— Não minta pra se mesmo. Você sabe que precisa de ajuda.
Ele não respondeu.
— Eu não sei se eu vou aguentar mais um ano como aquele. Eu não sei se eu quero. — Ela falou ja sentindo que ia chorar. — Eu não vivi aquele ano. Minha vida foi em sua função. E como vou saber que depois você não vai ter outra recaída?
— Eu não vou recair, por favor, me perdoa. — Ele já estava em prantos.
— Robertinho... — Ela segurou em suas mãos. — Eu sempre vou te amar e apoiar. Mas eu não quero essa vida pra mim.
— O-o quê?
— Se você quiser, eu posso te ajudar, te acompanho nas reuniões. Mas eu não posso mais lidar com isso. Não com esse peso.
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FLOWER (CONCLUÍDA)
أدب الهواة{fanfic - zac hanson} Ah... a adolescência é algo gostoso. Mirella aproveitou cada minuto sabendo que ela acabaria logo. Quando ouviu os Hanson em uma rádio pela primeira vez, se apaixonou pela música. Quando viu então seus rostos, elegeu Taylor Han...