FLOWER (CONCLUÍDA)

TRINTA

O ensaio havia sido como o previsto. Zac percebeu o motivo daquilo fazer sucesso. Enquanto eles ensaiavam no bar fechado, as pessoas que passavam por lá ficavam curiosas, umas cantavam e outras tentavam enxergar o que estava acontecendo.

Definitivamente aquelas músicas eram diferentes das músicas que ela havia cantado no dia anterior. Os músicos também eram simpáticos, falaram rapidamente com ele.

— E aí? Pronto pra uma festa de sertanejo? — Ela perguntou rindo quando o ensaio terminou.

— Na verdade eu iria, mas teria que nascer de novo.

Ela começou a rir.

— Tá com fome? Podemos comer aqui perto.

— Eu vi um restaurante no final aqui. — Ele apontou. — Seria legal tomar uma cerveja também depois disso.

— Fui tão ruim assim? — Ela perguntou surpresa.

— Não, só a música que não é muito boa mesmo. — Ele falou rindo. — Você conhece esse restaurante que eu falei?

— Eu sei de qual você tá falando, mas eu nunca fui lá.

— Sério? Então será nossa primeira vez juntos? — Ele perguntou rindo e ela deu graças a Deus que os músicos não falasse em inglês.

Ela nunca fora no restaurante justamente por causa do preço.

— Zac, já tivemos algumas primeiras vezes. E para com isso. O Robertinho é conhecido aqui ainda.

— Ok, ok. — Ele falou se rendendo. — Vamos comer?

Ele caminharam pelo píer até o restaurante e sentaram. O garçom logo entregou o menu. E eles pediram alguns petiscos e cerveja para Zac.

— Que horas você terá que chegar?

— Tudo começa às 9 da noite. Mas chego um pouco mais cedo. Vamos voltar e eu só vou me arrumar e logo voltamos. Mas Zac... você sabe que não é obrigado, né? Eu posso cantar hoje e você ou fica descansando ou pode turistar por aí.

— Eu disse que queria passar um tempo com você. Isso inclui passar algumas horas ouvindo música ruim.

— Tudo bem. Mas não vai demorar quatro horas como ontem. Não se preocupe.

Eles engataram uma conversa sobre música e em como o Brasil tinha coisa boa, mas também valorizava muita música comercial.

— A parte boa é que amanhã eu não vou cantar. — Ela falou feliz. — Segundas eu não trabalho. Terça e quarta vai ser naquele bar que a gente se conheceu.

— Naquele eu eu fui babaca né? — Ele falou meio sem sem graça.

— É. Nele mesmo. — Ela riu. — Mas tudo bem, já foi.

— Parece que foi há milênios, né? E cá estamos.

Um grupo de meninas cochichavam a algumas mesas deles. Mirella percebeu que elas olhavam para Zac.

— Zac, se prepara que provavelmente algumas meninas já te reconheceram.

— Oh no...

Duas meninas levantaram e caminharam até a mesa onde eles estavam:

— Zac? Zac Hanson né? Eu posso... posso tirar uma foto com você?

O inglês da menina era bem ruim mesmo.

— Hey... — Ele tentou dar o seu melhor sorriso. — Yeah, sure.

— Quer que eu tire? — Mirella perguntou sorrindo tentando ser simpática.