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"Uma vez que a Rainha está morta, o Rei é inútil.

E por que isso?

Eu não sei, ele está muito triste para lutar.

Ele realmente a amava, sabe."

 Penelope

A VIDA ERA como um jogo de xadrez e a corte era o tabuleiro

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A VIDA ERA como um jogo de xadrez e a corte era o tabuleiro. As pessoas mais importantes eram alguma peça.

E eu não precisava saber o nome de cada peça, somente conhecer seus movimentos.

Os peões moviam uma casa sempre em frente ou na diagonal. Esse era o exército. Os primeiros na linha de frente que estavam dispostos a defender o rei, nunca ousando andar para trás. Os que se jogavam na frente para morrer. Os únicos que não se importa quantos perde.

Já as torres eram os guardas do castelo. Mais eficientes que peões e em muito menos peças.

Em seguida os cavalos. Malditos nobres que faziam de tudo para passar por cima de alguém. Eram aqueles que nunca se esperaria um ataque direto, porque eles jogam com as palavras e intrigas.

Os bispos eram o clero: próximos ao Rei, fazendo seu trabalho santo. Mais poderosos que uma torre e um cavalo.

O Rei, a peça mais importante do tabuleiro. Aquele por quem todos se matavam e almejavam. E por fim a Rainha, a peça mais poderosa do jogo.

Ela poderia andar quantas casas quisesse, na direção que desejasse. Não haviam limites. Uma vez que a Rainha estivesse morta o Rei ficava mais vulnerável. Ele ainda era poderoso, mas corria o risco de morrer e, se assim fosse, xeque-mate.

Então, para sobreviver, era bom ter a Rainha por perto. Ela morreria pelo Rei, o ajudaria a ganhar o jogo. Ele comandava, mas ela também lutava.

Infelizmente, os bastardos de WoodPine não conheciam a arte dos jogos além de cartas, então não se preocupavam em seguir as regras.

Os homens subestimavam as mulheres.

Eles pensavam que elas eram fúteis e desprovidas de inteligência, o que era mentira. E se fosse verdade, somente seria porque eles as tornavam fúteis, não as deixando escolha para ser outra coisa.

Aquelas meninas quase se matavam na corte. Elas influenciavam os maridos sem esses saberem, muitas tinham amantes secretos e um poder imensurável.

Poderia pegar Lucille como exemplo. Ela era ridiculamente expressiva, o que era bom na corte, já que tudo era um teatro – eu também acreditava que essa expressividade era uma máscara e que Lucille era incrivelmente astuta para usá-la com as pessoas certas. Ela seria capaz de pular em cima de alguém que tirasse seu precioso. 

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