Maya Nazir tem tudo o que ela poderia querer: um irmão que a ama infinitamente, um povo que ela quer proteger e, principalmente, uma coroa. Ela tem tudo o que uma princesa merece, exceto o amor do seu próprio pai, Tavor Nazir, que fará de tudo para...
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NO FIM, ARABELLA tinha sumido. Ela havia se retirado da festa mais cedo, alegando indisposição.
E, incrivelmente, me diverti com as meninas sem pensar muito nela.
Lizzie era muito independente e imprudente, o que não fazia dela uma boa confidente. Cecily era séria demais, julgadora demais. E Anne era uma mistura entre as duas. Julgadora e, ainda assim, independente.
Entretanto, todas juntas eram perfeitas. Uma completava e ajudava a outra.
Elas seriam perfeitas para minhas damas de companhia, já que eu adoraria passar um tempo do dia conversando com elas.
Contudo, não sabia se podia confiar nelas.
As garotas eram muito próximas e eu, não. Eu era alguém de fora e sabia que não teria a mesma intimidade que elas tinham entre si.
Mas, de qualquer forma, decidi dar uma chance para elas, já que provavelmente não encontraria mulheres melhores para serem minhas damas.
Minha noite, portanto, tinha terminado bem.
Assim eu pensava.
Quando Will me achou encostada na parede, olhando para as pessoas dançando, o desgraçado veio cobrar sua dança.
Primeiro eu desconfiei, já que tivemos uma pequena discussão mais cedo, mas ele acabou me convencendo de que estava tudo bem.
E conforme ele me conduzia pelo salão, estava mesmo.
As mãos de Will eram suaves, porém firmes. Ele sabia exatamente onde tocar e como conduzir.
Era gracioso dançar com ele.
Quase como voar.
Podia sentir meu vestido rodando, meu cabelo voando e meu corpo girando. Em uma dança qualquer, com um parceiro qualquer, dançaríamos próximos e calmamente.
Mas aquela não era uma dança qualquer, e William não era um parceiro qualquer.
Ele me rodava, segurava, dava grandes passadas, e sorria. Nunca tirava o sorriso do rosto.
Aquele não fora um sorriso comum dele. Não era aberto e divertido, era contido e sutil. Um leve repuxar de lábios. E aquele pequeno sorriso aqueceu meu coração.
– Veja só que sorte a minha. – Ele comentou, de repente. – Toda essa música espetacular, o rei sentado no trono como exposição e, no entanto, não tiram os olhos da minha parceira.
Sorri, tímida.
Porque sabia que ele falava sério. Will estava orgulhoso por mim.
