Maya Nazir tem tudo o que ela poderia querer: um irmão que a ama infinitamente, um povo que ela quer proteger e, principalmente, uma coroa. Ela tem tudo o que uma princesa merece, exceto o amor do seu próprio pai, Tavor Nazir, que fará de tudo para...
“Todos os meus lobos começam a uivar Acorde-me, a hora é agora Oh, você pode ouvir o rufar? Oh, há uma revolução vindo”
— Revolution; The score
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• HAYDEN •
Eu já estive bravo muitas vezes antes na minha vida. Furioso até. Mas nada se comparava com a cólera que eu senti no momento em que descobri os verdadeiros planos de Fukae. Akihiro tinha se superado. Ele, provavelmente, também estava enrolando meu pai, esperando o momento certo para atacar.
– Prepare o exército. Convoque os homens, recolha os recursos. O mais rápido possível. – Ordenei para William.
Ele parecia chocado e pesaroso, mas assentiu.
– Hayden... – Ele abriu a boca e a fechou diversas vezes. Por fim, Will balançou a cabeça negativamente e me olhou com desespero.
Suspirei alto e compartilhei o olhar. A situação era desesperadora. Senti uma mão suave e quente apertar meu braço. Desviei minha atenção para Maya e senti uma pontada no meu peito ao encontrar sua expressão incerta. Ela não fazia ideia do que eu teria que fazer.
– Estou preocupada. – Confessou. – O que vai acontecer agora?
Voltei meus olhos para Will.
– Faça o que mandei.
Ele fez uma breve reverência e saiu em disparada, deixando-nos sozinhos.
– Hayden? – Ela forçou.
Virei-me completamente para ela e abracei seu corpo.
– Não pergunte. – Pedi, descansando a cabeça contra seu cabelo. – Pode fazer isso por mim? Por favor, não fale nada. Só... abrace-me.
Eu queria guardar esse momento. Queria sentir seu corpo suave e quente contra o meu sem medo do futuro.
Seus braços cercaram meu torso e ela me segurou com força, feroz como sempre. Sorri contra seu couro cabeludo. Maya realmente era uma força da natureza, inspirando todos ao seu redor.
Não sabia como ficaria sem ela novamente.
– Está tudo bem. – Ela assegurou.
– Não, não está. – Murmurei, separando-me dela. – Meu povo passou por tempos horríveis e agora suportarão mais.
– Nosso povo. – Corrigiu.
Nosso. Ainda me surpreendia toda vez que ela confirmava que seu dever era com WoodPine. Que ela tinha aceitado suas obrigações.
– Vamos fazer o que for preciso para salvá-los. – Prometeu.
Assenti silenciosamente. O peso no meu peito e minha garganta fechada não me deixavam falar muito.
