Maya Nazir tem tudo o que ela poderia querer: um irmão que a ama infinitamente, um povo que ela quer proteger e, principalmente, uma coroa. Ela tem tudo o que uma princesa merece, exceto o amor do seu próprio pai, Tavor Nazir, que fará de tudo para...
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DEPOIS DE UM dia longo e metade de outro, finalmente chegamos ao porto.
Eu estava suando mais do que nunca e meu problema com o frio de WoodPine não existia mais.
Quando desci da carruagem, todos estavam esperando perto do cais. Não consegui reparar em nada mais, pois o navio que nos levaria era simplesmente magnífico: com uma sereia na frente, esculpida na madeira brilhante e lustrada – que seria desperdiçada após nossa viagem.
Os marinheiros preparavam a embarcação lentamente, então presumi que demoraria ao menos meia hora até que realmente partíssemos.
– Preparada? – Meu irmão perguntou, assim que me acompanhou para uma caminhada.
Nunca que eu ficaria parada enquanto lojinhas incríveis vendiam bugigangas interessantes.
Suhad era tão segura quanto qualquer continente podia ser. Tínhamos assassinos e ladrões, mas era bem menos do que em WoodPine e Fukae.
Tavor Nazir, como um bom regente, se certificou de que a segurança fosse, no mínimo, qualificada, enquanto a educação básica já se espalhava por todo o território. Sem esquecer que sua primeira ordem foi construir aquedutos para o saneamento básico ser algo absoluto.
Mesmo com os poucos ladrões eu não era louca para sair em pleno dia sozinha, mas especificamente hoje eu sabia que a cidade estava cercada por guardas de elite.
E andar na sombra, longe do sol queimando, era a melhor opção. Mesmo que eu fosse abordada por um estranho, os últimos minutos na sombra valeriam a pena.
– Com quem você acha que está falando, alteza? – Murmurei, de queixo erguido. – Eu nasci pronta.
Obviamente, depois de dizer tais palavras, ambos rimos.
– O que achou dele? – Kennan perguntou, depois de um tempo.
Por algum motivo, corei. Talvez porque a primeira palavra que me surgiu foi: lindo.
Minhas sardas ajudaram um pouco, mas era bem visível o vermelho em minha face.
– Não me diga que vocês já ultrapassaram da fala... – Meu irmão deixou a pergunta sugestiva no ar, ao mesmo tempo que eu lutava para não entrar em pânico.
– Claro que não!
– Então por que está envergonhada?
Eu não sabia.
Hayden não significava nada, mas...
Às vezes, existem pessoas que simplesmente nos cativam. E elas não precisam ser bonitas ou charmosas. Elas simplesmente atraem.
