Maya Nazir tem tudo o que ela poderia querer: um irmão que a ama infinitamente, um povo que ela quer proteger e, principalmente, uma coroa. Ela tem tudo o que uma princesa merece, exceto o amor do seu próprio pai, Tavor Nazir, que fará de tudo para...
Experiência é um professor brutal, mas você aprende. Meu Deus, como você aprende.
– C. S. Lewis.
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Uma semana depois, ainda sentia um enorme vazio no meu peito. Indo contra minhas esperanças, o buraco não estava se fechando com o tempo. Não, ele estava se alargando a cada momento e eu não entendia por quê.
As pessoas diziam que o tempo curava qualquer ferida. E, até certo ponto, era verdade. Ou o machucado curava e a pele se tornava mais forte, ou ele te matava. E eu estava com medo de que a segunda opção fosse o meu caso.
– Maya. – Cecily me chamou, enquanto caminhava lentamente até mim.
Após descobrir que o castelo tinha um jardim, passei a maior parte dos meus dias apreciando as flores. Arabella estava certa, eu o amava com todo o meu coração. Ele era menor que o jardim no castelo do rei, mais tímido e contido. No entanto, tinha mais beleza do que o outro jamais poderia sonhar em ter. Apesar de ser pequeno, continha tantos segredos, tantas pequenas belezas e detalhes que eu aprendia algo novo a cada dia que se passava.
– Cecily. – Cumprimentei, sorrindo. Os sorrisos se tornaram mais fáceis e verdadeiros com o passar do tempo, mas ainda eram menores do que antes.
– A senhora parece feliz. – Ela comentou.
Assenti distraidamente com a cabeça e indiquei o arbusto que eu estava observando. Diversas flores vermelhas brotavam dos espaços vagos e a luz do fim da tarde trazia um brilho dourado para as plantas.
– É lindo, não é?
– De fato. – Concordou, entediada.
– Queria me contar algo? – Perguntei, decidindo acabar com as introduções educadas.
Ela sorriu abertamente, o que era raro e, portanto, fez meu peito se aquecer. Eu tinha conseguido um sorriso grande de Cecily e isso era algo espetacular.
– É isso o que gosto na senhora. – Comentou. – Não perde tempo com futilidades.
Cruzei os braços e mantive um pequeno sorriso em meus lábios.
– Estávamos jogando xadrez e nos perguntamos se não gostaria de se juntar a nós. – Propôs.
E, simples assim, senti minha animação aumentar. Fazia muito tempo desde minha última vez jogando qualquer jogo de estratégia.
– Eu adoraria. – Respondi, já me dirigindo até o castelo.
Cecily andou até o meu lado, pegou meu braço e o entrelaçou ao seu. Arqueei uma sobrancelha para ela e continuei meu caminho.
– Está frio. – Ela falou, dando de ombros.
Franzi o cenho, mas permaneci em silêncio. Ela nos levou até uma pequena sala aconchegante que tinha se tornado nosso cômodo de lazer.