Já havia se passado uma semana desde o aniversário de Josh e ele não poderia estar mais feliz com Petúnia.Os garotos continuavam cheios de trabalho mas por um bom motivo já que eles haviam sido convidados para estrear seu segundo single durante a premiação.
Eu estava parada no canto da sala dos garotos quando a notícia veio, e por incrível que pareça eu não queria estar ali. Não depois de ver aquilo.
-Isso é sério?-Ashton pulou para abraçar seu amigo Calum e um sorriso tomou meus lábios na hora, me aproximei de Luke que ainda parecia em choque mas me arrependi assim que vi Elle pular no colo do loiro.
Ele não estava em choque, estava apenas olhando para ela.
-Não precisa ficar assim, eu te abraço.-Mike logo percebeu e me puxou para um abraço tranquilo, me fazendo engolir aquela vontade estranha e amarga de chorar.
Mas eu nunca choraria por algo assim.
Depois de parabenizar cada um dos meninos com um sorriso grande e orgulhoso e deixando apenas um beijo na bochecha de Luke, eu decidi voltar para meu quarto já que o dia seguinte seria longo.
Eu teria estágio pela manhã, consulta pela tarde assim como Lexie que me levaria para comprar um vestido para a premiação.
Talvez Luke iria querer levar a super melhor amiga dele já que ela não dava tanto trabalho.
Tentei afastar aquele pensamento entrando no chuveiro ainda com a roupa em meu corpo, deslizando meus dedos pelos fios recém molhados.
Era horrível pensar que haviam espaços entre mim e Luke e que ele estava se tornando mais a cada dia. Eu só ainda não sabia o que significava aquele mais.
Muitas perguntas rodavam minha cabeça enquanto eu apenas encarava a parede branca e molhada. Eu conseguia sentir a ansiedade se espalhando como veneno e me forcei a sair antes que outra crise começasse.
Enrolei meu corpo em uma toalha clara e bordada, parando de frente ao espelho sem nem pensar e pagando aqueles frascos.
Eu precisava parar todas aquelas perguntas sobre mim, sobre Luke e ainda por cima do meu futuro. O mais assustador, eu estava desejando liberdade mas não sabia se era isso mesmo que queria agora.
Fechei o frasco lembrando do quanto Josh precisava da sua irmã mais velha totalmente saudável, não com uma doença falando mais alto.
Definidamente não era um bom dia, geralmente minhas crises se resumiam a puro pânico e não pensamentos como esse.
Eu só queria dormir um pouco, me manter tão tranquila quanto aquela noite em San Francisco.
Minhas mãos ainda tremiam quando deitei na cama e puxei o celular com pressa deslizando meus dedos até o número de Luke.
-L-Lu, por favor..pode me ajudar?-Tentei parecer o mais calma possível mas não era uma boa sensação. Meu coração parecia acelerar enquanto a linha continuava no mudo.-L-Luke por favor..isso nunca aconteceu comigo.
-Youngblood?-Uma voz grave tomou o silêncio e um soluço escapou por meus lábios, um soluço de puro desespero.
Eu não poderia fazer isso com ele então simplesmente desliguei antes de fazer besteira.
Acordei na outra manhã depois de dormir por poucos minutos, eu havia encarado a parede durante toda madrugada enquanto minhas mãos se apertavam em punho.
Havia sido uma das piores crises que eu tinha passado já que durou toda a noite, e ninguém veio me ajudar. Mas por minha culpa.
Quando me encontrei no espelho foi como ver uma assombração. Meu próprio Fantasma.
Grandes bolsas escuras estavam debaixo dos meus olhos e meus cabelos estavam totalmente bagunçados em harmonia com meu rosto inchado.
Eu estava péssima e iria assustar crianças hoje.
-Youngblood?-Ouvi a voz que me dava total apoio desde que me conheço por gente e não consegui sentir nada além de vontade de me esconder em seus braços.
George me segurou como se entendesse cada sentimento confuso dentro de mim, como se entendesse a minha vontade de acabar com o instabilidade da minha vida na última noite.
As vezes eu encarava seus lindos olhos e me lembrava da vovó, que era meu único Porto Seguro até ela decidir partir e me deixar aqui.
-Eu te odeio ver assim minha Youngblood.-Papai escondeu seus dedos entre meu cabelo enquanto soluços altos me escapavam sem parar.
-M-Me desculpe.-Foi as únicas palavras que consegui dizer ao meio daquela bagunça, mas George me encarou como se eu fosse um alien.
-Nunca se desculpe por ser essa menina doce e incrível, Hay..eu não me arrependo nunca de ter feito tudo aquilo.-O homem deixou um beijo sobre minha testa e limpou minhas lágrimas com cuidado.-Desculpe por aquela besteira de dizer coisas erradas.
-Que baboseira?-Tentei parecer bem humorada mas minha voz ainda estava embargada pelo choro.
-Essa é a minha garota.
A manhã no estúdio havia voado e eu tentei ignorar todas as notificações dos meninos e Crystal em meu celular, com certeza eles já sabiam.
Desmontei o último cenário do dia em total silêncio enquanto sentia os olhos confusos de Lexie sobre mim, a premiação era naquela noite mas eu já não sentia mínimo de vontade depois da minha crise.
-Você está péssima.-Ela foi honesta e eu só soltei um riso fraco pelo nariz, guardando os pequenos detalhes nos armários organizado por cores.
-Eu sei.-Apenas acenei enquanto andava até minha mesa, com as mãos já vazias.
-E a consulta?-Ela indicou o relógio e eu fiz um esforço para conseguir olhar. Nada.
-Eu não vou. Luke precisa de mim.-Falei de uma forma tão automática que até eu senti medo.
-Hay..você não está bem.-Minha amiga pousou sua mão sobre a minha e eu puxei a minha com pressa.
-Preciso de um vestido.
Eu nem havia ligado muito para o tecido sobre meu corpo, ou a forma como a doutora Dillamond apenas me ouviu chorar e resmungar sobre estar me perdendo. Se tornando invisível.
Mas eu não poderia acabar com o dia do Luke.
Seria a noite dele.
Olá anjinhos!!
Preciso saber a opinião de vocês sobre isso, claramente estão vendo que é o começo do fim né? ISSO ME DÓI AAA
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philocalist •lrh
FanficOnde Luke decide mostrar a vida para Hayden, sua vizinha que sempre o observa pela janela sem imaginar a história ou os segredos que a garota esconde. philocalist: pessoa que vê beleza em pessoas, objetos e lugares.