Antítese

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Antítese

Eu me sou, mas não me entendo.
Se você me entender, me explica!

Aqui por dentro há uma tempestade:
Barulhenta, agitada, intensa.
Por fora, sou um céu azul anil:
Suave, calmo, quieto.

Às vezes,
parece que vou explodir,
mas aí,
entorpeço.
Penso que vou cair, mas só tropeço.

Posso ser como um rio,
Que de um lado,
Arrebenta-se em pedras,
numa violenta correnteza
E no outro lado,
flui calmo e claro,
refletindo o brilho do dia.

Sou uma explosão que se estilhaça
Numa capa de silêncio inativo.
Sou a tranquilidade,
mas de um modo hiperativo.
Sou incerteza
no modo impositivo.
Sou um grito
enclausurado nas paredes de um diminutivo.
Garantia certa
de um infinito intuitivo.

Eternidade IntrínsecaOnde histórias criam vida. Descubra agora