Em versinhos de uma linha
Resolvi guardar recordações.
Amiga minha, em diversas situações,
Minha pálida lua, serena amiga do Céu,
Me olha com seus olhos brancos e cansados,
E sente sono toda a noite, mas só dorme ao amanhecer.
Sob a pálida lua, a pueril ingenuidade se esvai...
A infância soprada no vento da noite, feito poeira.
Meus olhos pesam, lagrimados.
Os segundos andam arrastados.
Mas a euforia da madrugada,
incitada pela luz cintilante da lua,
me inspira sonhos com cheiro de
dama-da-noite.
Os pedaços de estrela chovem em chuva prateada
e a lua dança comigo na pista que é o céu.
Sob a chuva prateada de estrelinhas,
ouvimos canções doces sobre o raiar do dia.
Sorrimos, eu e minha amiga lua,
inebriadas de sono,
pálidas de estrelas douradas
que caíram em nós e nas calçadas.
A lua se cobre com nuvens,
eu deito-me sob lençóis.
O céu vai clareando,
a escuridão se esvai como se coberta sob milhões de sóis.
Meus olhos, embebedados de luar, se fecham.
Ainda há lua no céu,
então permaneço olhando-lhe sumir
descansando na alva manhã.
Até que ela durma, permaneço a imaginar.
Aqui, sob a pálida lua,
é um lugar seguro para sonhar.
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Eternidade Intrínseca
PoesíaA Eternidade mora dentro de cada um de nós e é parte da nossa essência mais íntima. Ela nos move em silêncio. De repente, da maneira mais sutil, revela-se: Num olhar, num gesto, numa atitude ou em forma de palavras. Se perceberes a Eternidade sussur...