O mundo é muito grande,
e eu sou muito pequena.
Mas hoje eu quero ficar aqui,
com o meu velho caderno.
As palavras correm no papel
como neurônios agitados no meu cérebro.
Sinapses rápidas me mantém viva por fora,
E por dentro, o que me mantém
É o sonho, na alma,
E Deus, no espírito.
Meu corpo dança pra enfeitar a dor.
E dizer pra vida:
"Ah, fala sério! Isso é tudo que tens, tolinha?
Tente outra vez!"
Eu pareço uma bomba-relógio
num corpo de menininha.
Um vulcão com sapatilhas cor-de-rosa.
Como Papai me diz, princesa guerreira.
Campos de batalha não têm flores,
mas eu tenho,
junto com cicatrizes e machucados.
Sobretudo, tenho resistência.
E vou continuar marchando,
Rosto contra o vento.
Sigo enquanto Ele for na frente.
Não posso parar, não vou parar.
Apenas sigo, este é meu ataque.
A vilã oponente me encara no espelho, raivosa.
Mas eu vou prevalecer acima dela.
Sossega, só siga.
Eu prossigo.
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Eternidade Intrínseca
PoesíaA Eternidade mora dentro de cada um de nós e é parte da nossa essência mais íntima. Ela nos move em silêncio. De repente, da maneira mais sutil, revela-se: Num olhar, num gesto, numa atitude ou em forma de palavras. Se perceberes a Eternidade sussur...