DOIS ANOS ANTES
L U C A S
Bia e eu nos conhecemos há quase dois anos, quando fizemos um curso de inglês juntos. Não foi difícil não me sentir atraído por ela, a garota mais bonita e popular da turma e todos a queriam. Isso não foi diferente comigo. No início, talvez para fazer charme como qualquer outra garota, Bia me esnobou assim como fazia com todos os garotos da escola, porém, não demorou muito para que ela cedesse a minha insistência.
Não era a primeira vez que tinha ficado com uma garota, e muito menos a segunda. Fazia isso constantemente desde os treze anos. Sempre fui o tipo de adolescente com os hormônios completamente ativos, tinha certa fama de galinha, no entanto, isso acabou mudando quando Bia e eu começamos a namorar. E sim, ela foi minha primeira namorada, de fato.
No começo foi estranho, não tinha qualquer experiência em relação a namoros, algo mais sério e até levava a situação com certa imaturidade. Foi com o passar do tempo que as coisas acabaram se encaixando. Antes disso, fiquei com outra garota na segunda semana de namoro e Bia nunca chegou a descobrir. As coisas entre nós dois foram perfeitas durante as primeiras semanas de relacionamento, mas tudo mudou e começou a complicar quando meus hormônios resolveram se manifestar de forma louca.
Eu queria perder a virgindade. Queria ter a experiência do sexo e durante um tempo isso foi tudo o que conseguia pensar. Beatriz claramente tinha uma vontade oposta à minha, pois desde o início se negou a ter qualquer relação sexual comigo. A desculpa? Ela dizia ser nova demais para esse tipo de coisa e não se sentia preparada. A respeitava, é claro, embora tentasse inutilmente, convencê-la a dormir comigo.
Tudo piorou ainda mais quando pensamentos insanos começaram a surgir na minha cabeça. A primeira vez que isso aconteceu, fui totalmente pego de surpresa. Eu estava na minha última escola nos EUA e havia acabado de sair da aula de educação física quando fui para o vestiário, assim como os outros alunos. E foi lá dentro que pela primeira vez que olhei para um garoto de forma diferente. O nome dele era Andrew e estudávamos há dois anos juntos. Estava tomando banho em uma das cabines quando ele abriu a porta do boxe para pegar sua toalha que havia esquecido. Não me assustei com tal liberdade, mas vê-lo ali, completamente pelado na minha frente, fez com que de alguma maneira, eu ficasse excitado. Fiquei apavorado, óbvio. Achava que só podia estar ficando louco por causa da necessidade que estava tendo de fazer sexo. Tentei descartar aquela imagem da minha cabeça, o que não aconteceu fácil.
Depois do que aconteceu no vestiário, algo fez com que eu começasse a reparar em alguns garotos da escola, mesmo me negando a aceitar que fosse gay. Me pegava olhando para bunda de alguém, e quando isso acontecia, a única coisa que pensava em fazer era procurar alguma garota e beijá-la. Esse ato me dava segurança e me fazia acreditar que gostava de meninas e não de garotos.
Quando voltei para o Brasil, achei que tudo isso acabaria, mas eu estava completamente enganado. Foi por causa disso que acabei forçando cada vez mais a barra com Bia. Precisava loucamente ficar com ela, que continuava se negando a ter algum tipo de relação sexual. A coisa chegou a tal ponto, que nosso namoro foi se tornando algo cada vez mais complicado. Andava com frequência irritado e ela me evitava sempre que podia. Até tentei manipulá-la, mas Bia era uma garota esperta e não deu o braço a torcer.
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- Ótimo! – falei, pulando do sofá.
- Não entendo a razão de não gosta das festas. São sempre divertidas. – disse meu pai, largando sua maleta também no sofá.
- Divertidas pra quem? – perguntei, ironicamente. Renato tinha acabado de chegar do Hospital e me dado a ótima notícia de que a festa tinha sido cancelada, para minha total felicidade.
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Descobertas - O Filho do Amigo do Meu Pai - 01
Roman d'amourDescobrir quem você é de verdade se tornou um desafio para Guilherme, um adolescente de dezesseis anos, em plena puberdade. Filho mais velho de um médico viúvo, Guilherme sempre foi um garoto comum que, na maioria das vezes, passava despercebido pel...