_ Parte Lucas_Acampar ia ser realmente algo legal para se fazer naquela cidade chata. Várias universitárias bêbadas, muita bebida a vontade e um grande espaço. Tinha tudo para ser divertido mas então os acontecimentos.
Após Alyssa sair com Natan mais cedo ( todos sabemos dos motivos) fico em companhia de Charlie mal humorada e Paul animadinho.
- Acho que vou com vocês para o local - se convida Paul. - se você nunca foi não é fácil encontrar a rota.
- por mim tudo bem - digo jogando as chaves para o alto.
Esperamos o fim das festividades batemos palmas junto com todos os moradores e logo tudo terminou. A grande galera que estava perto da gente arrumava as coisas em carros e camionetes. Os barris de chopp bem presos, junto com diversas outras bebidas.
- O que estamos esperando para ir ? - questiona Charlie.
- Está faltando os donos da festa - Diz Paul - O natan tem direito a ir porque ele é considerado um dos donos.. que são a galera das famílias mais antigas.
- E onde eles estão? - pergunto impaciente.
- não sei, eles chegam a hora que querem. - diz Paul olhando em volta.
Demora cerca de um hora e eu já estou levemente impaciente, todos já estão prontos e então eles chegam. Em carros grandes e motos, cerca de uma dúzia, talvez mais.
- ai estão eles.
Ao que parece ser o líder sai da sua moto Harley e vem na direção do Paul. Algo nele me é estranhamente familiar, é alto e forte com cabelos longos e um olhar meio selvagem, ele tem uma tatuagem visível apenasem uma pequena parte no pescoço e usa grandes botas.
- Paul meu amigo - ele diz cumprimentando Paul e em seguida dando uma abraço - cade o Natan?
- foi na frente com a namorada - explicou Paul. - vocês estão atrasados, Jason.
- foi mal, você sabe como é andar com um grupinho grande - se desculpa Jason indicando a galera que ainda estava nos carros.
Jason olha em volta e pousa o olho em Charlie e em seguida em mim. Então sua expressão muda para pânico, talvez medo ? O encaro de volta esperando ele reagir mas logo ele disfarça sua cara e volta sua atenção para o grupo todo.
- Vamos nessa galera ! Vamos festejar como se não houvesse Amanhã ! - ele grita e todo mundo aplaude indo em direção aos carros e saindo fazendo barulho aos montes.
Vou com charlie e Paul em um silêncio constrangedor por todo o caminho. Na verdade não estava prestando atenção nem aonde estava indo. Quem era aquele Jason e porque era tão familiar?
Então uma imagem aparece na minha frente como uma espada enfiada, era um jantar de negócios no clã. Tobias se encontra na ponta da mesa, e o alfa da alcateia na outra, eles brindam algo. Então a imagem muda e vejo diversos corpos e sangue por todo lado, o clã havia massacrado a Alcateia a mando de Tobias que temia uma traição e resolveu agir primeiro. Lembro me dos ganidos dos lobos transformados, dos gritos de súplicas dos que permaneceram humanos e vejo ele lá, mais jovem e assustado encurralado em uma parede me olhando apavorado. Não consigo matá lo .
- Vai, antes que eu me arrependa - digo e ele foge sem olhar para trás.
- LUCAS!
Acordo das minhas lembranças com Charlie me chamando e segurando o volante, estava indo pelo acostamento.
- foi mal, foi mal - me desculpo voltando a pista.
Respiro fundo e tento não surta, o que ele faz ali ? Ele tinha várias pessoas atrás dele, sua nova alcateia? ele agora era um alfa? vai querer vingar se de mim ? E se ele ver Alyssa, pode tentar mata la para enfurecer tobias que destruiu sua primeira família?
Seguro o volante com força e tento focar na conversa que está rolando.
- ah quem diga que essa lenda da fundação da cidade retrate os lobisomens. Esse jason vive falando que o cachorro é simbolizando os lobisomens e a morte seria o fim do mandato deles.- mas que bobagem - diz charlie dando uma risada nada convincente e me lançando olhares.
Logo chegamos ao local e todo mundo começou a montar o acampamento, escolhendo locais para armar barraca, fazer fogueira e outras coisas.
Deixo Paul e Charlie organizando as coisas e vou em direção a Alyssa que surge de um dos chalés.
Sem menos perceber jogo a bomba para ela que me olha confusa.
- alcateia? Aqui?
- sim. Você não vai acreditar em quem eu encontrei.
- Jason! - chama Natan saindo de dentro do chalé.
Me viro e o vejo caminhar em nossa direção, não da sinais de que nos conhece.
- Natan, meu velho amigo - ele cumprimenta Natan e olha Aly
- essa é sua famosa namorada? Você me é familiar. - ele diz apontando para Aly que da um sorriso sem graça e diz:
- você também me é familiar mas não sei de onde.
- é bem, nos vemos por ai. - ele diz e se vira pra Natan e completa - Três dias Natan, três dias!!
- três dias para que? - Pergunta Aly curiosa.
- para o meu aniversário - diz Natan.
Volto para onde Charlie está montando a barraca e começo a ajudar com pretexto para conversar.
- Esse Jason, eu conheço ele. - digo
- Como ? Conheço o Jason desde criança, a familia dele é antiga aqui também.
- A alguns anos ele por um acaso se mudou ?
- sim, igual o Natan. - diz Charlie olhando em volta antes de continuar- ele é um vampiro ?
- Vampiro ? Não, um Lobisomem.
Charlie me olha apavorada e me sinto um idiota em dividir aquilo com uma humana.
- olhe, não se assuste, não vai acontecer nada.
- e se ele souber de você e Elysa?
- ele ja sabe. Só não sei se fará algo contra nos - Digo.
Terminamos de arrumar a barraca e nos juntamos a todos em volta de uma grande fogueira onde todos bebiam e dançavam. Charlie foi se juntar aos amigos da faculdade e eu fiquei observando Jason e sua matilha.
- Já descobriu o que ele quer ? - Aly me pergunta se aproximando.
- não. Ele não deu muita bola pra mim, nem pra você. Será que vai nos deixar em paz?
- Não acho provavel. Não depois do que Tobias fez. - Ela diz séria. - Fique de olho.
- Vamos ficar atentos - digo e ela concorda - Alyssa, se estivermos em perigo. Vamos ter que abandonar a cidade e fugir.
Ela não me diz nada mas seu olhar é tudo que eu preciso para confirmar que ela não quer isso.
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Blood Desire - tentação
VampirosMeu nome é Elysa, Elysa Fields e sou uma vampira fugindo do meu extenso passado, procurando um lar, fiz coisas da qual não me orgulho e só quero paz por algumas décadas, viver como um ser humano normal. Dessa vez daria certo, tinha que dar.