1 - O Começo

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" Sabe quando uma tempestade lhe atinge, sem aviso prévio ou alerta? Pois é... Foi o que o sorriso daquele moço me causou... Mas sabe, mas tem tempestade que vem pra "varrer" Tudo que não é importante..."

- Vem Aurora! Você vai se atrasar! - Grita minha mãe da sala para meu quarto.

- JÁ VOU!

Termino de me arrumar, era um dia frio, um dos raros dias frios que ainda persistiam em aparecer. Geralmente na cidade onde eu morava era extremamente quente... Deve ser por isso que eu odeio tanto o calor, e esse dia chuvosos chegou como um bom amigo que lhe visita mas logo tem que ir embora porque se demorar pra chegar em casa os pais iram brigar.

- Não entendo porque tanta insistência em me levar - Digo arrastando uma mala preta de rodinhas.

Minha mãe me olha dos pés á cabeça, com um olhar fulminante.

- O que foi?

- Pra onde você acha que estamos indo?

Eu estava vestida com um vestido preto rodado, uma blusa vermelho sangue com um vampiro de detalhe, um casaco listrado da mesma cor da blusa e tênis... Bem, eu amava me vestir assim, mas minha mãe obviamente odiou.

- Que droga! Estamos atrasadas, mas essa é à última vez que ando com você vestida assim - disse minha mãe já saindo pela porta da frente de nossa casa.

Morávamos em Torny era uma cidadezinha de Interior bem pequena, tão pequena que todos da cidade se conheciam e isso era um pouco incomodo para mim.
Nossa casa não era tão grande, bem acho que nenhuma casa dessa "cidade" Era. Mas era confortável, nossa casa tinha uma pegada antiga, e eu amava àquilo.

- Está levando tudo?

- Sim mãe...

- Entre no carro, rápido temos apenas duas horas e meia pra chegar no aeroporto! - disse mãe quando já escancarado o porta-malas e jogando as nossas malas lá dentro como se jogasse um corpo que acabará de matar rápido para que ninguém visse.

Estávamos indo para casa de uma amiga de mãe, ela também morava em um interior, a única diferença era que ficava em outro estado e nessa época do ano era frio por lá e isso me agradava bastante.

- finalmente á chuva está passando. - Disse minha mãe com o maior sorriso do mundo estampado em seu rosto enquanto dava partida no Mercedes price que ela tinha alugado apenas para nos levar até o aeroporto.

- É... - respondi com uma notável tristeza na voz, Onze mêses de sol e ela ainda não enjoo, incrível.

- Você vai gostar de Lowery, é triste, frio e chuvosos nessa época do ano, bem como você gosta. - Disse ela com uma antipatia notável na fala.

Mas eu não posso negar que ela estava certa em relação à ser o meu "habitats" Preferido.
Eu amava chuva, frio... Me trazia uma paz incalculável.

(...) Logo chegamos no aeroporto...

- Vou deixa o carro aqui, já liguei para à empresa de aluguel e eles viram buscar, vamos rápido q agora só temos duas horas.

- Acho que não leva tanto tempo pra saímos do estacionamento do aeroporto.

- Você é hilária quando realmente tenta ser. - Disse minha com à mesma ironia que à proferi.

Entramos no aeroporto e logo de cara ví aquela fila enorme, um mar De gente que minha mãe estava disposta e nos afogar apenas para chegar o mais rápido possível dentro do avião.

Mas nesse mar eu não estava nenhum pouco disposta à nadar.

- Vou da uma volta. - Disse retirando do bolso do meu casaco meus fones de ouvido e meu celular.

Minha mãe me olhou como se eu tivesse cometido o pior crime que alguém com um celular e um fone, vestida com um vestido e tênis poderia cometer.

Ela me olhou e deu um suspiro profundo.
Logo entendi que ela estava querendo passar uma "boa imagem" Na frente das pessoas, então me aproveitei disso.

- Volto antes do avião sair, mas se eu não voltar pode ir sem mim...

Mas antes que ela tenha um surto no meio do aeroporto completei

- É brincadeira, eu não ficaria nesse sol daqui nem sequer um minuto. - Dei as costas e fui em direção as lojinhas que ficavam lá dentro do aeroporto.

Lá dentro percebi que era mais um mar... Só que dessa vez as coisas mais ameaçadores de lá eram os preços abusivos, que agiam como tubarões prestes á te devorar. Então de lá sai rápido porque já estava sentindo que estava gastando dinheiro com o oxigênio que lá respirava.

Ouvi: "Todos os passageiros para lowery do vôo 1822 atenção à chamada. 30 minutos para á área de embarque."

Então me dei conta que estava com os fones mas não tinha ligado nenhuma música ainda, logo coloquei "The Way I Do" da "Bishop briggs" Pra tocar no último volume enquanto voltava para onde minha mãe estava me esperando.

- Onde você estava! Eu tava vendo á hora a gente perder o embarque.

Obviamente minha mãe não tinha muita noção do tempo ela achava q trinta minutos eram dez segundos... Mas não posso culpa-la pois pelo jeito eu também não tinha noção pois nem sequer vi o tempo passar... Acho que aquela loja estava também pegando meu tempo...

Mas novamente o tempo passou rápido e logo nos chamaram para embarcar.

Da minúsculo janela do grande avião ví tudo ficando distante, era minha primeira vez em um avião, confesso que fiquei tão invertida com á chuva e o resto enquanto estava em casa que até me esqueci de ter uma expectativa em relação ao avião, mas não foi se todo mal já que... Não achei nada de mais.

Uma voz meio eletrônica disse: "Senhoras e Senhores passageiros, por gentileza queiram acoplar seus cintos de segurança pois iremos passar por turbulência"

Coloquei o sinto e continuei olhando pela janela aquele dia escaldante ficando para trás e dando lugar e um pôr do sol avermelhado, um vermelho sangue.

"Amanhã não te verei, espero eu" - pensei comigo mesma.

Já estava em: Bird Set Free da SIA quando adormeci.
Mal fechei os olhos e o avião já estava descendo no aeroporto de Lowery...

(Continua)

AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora