16 - O impossível

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- Agora espere, vou fazer um pouco de comida pra você - disse Vlad saindo do quarto onde ele tinha me deixado.

Á chuva caia lá fora, forte, e o sol já tinha desaparecido faz um tempo, Estava la em cima, no segundo andar mas pude ouvir alguém batendo forte á porta de Vlad, meu sangue gelou e eu torci para que fosse um amigo que ele tivesse pela região.

ouvi Vlad gritar um "Já vai" com uma certa incerteza na voz, segundos se passaram e o que eu ouvi gelou minha alma...

"ONDE ESTÁ MINHA FILHA!" - Ecoava á voz enfurecida de minha mãe do comodo de baixo.

logo senti meu rosto queimar, mas dessa vez eu sabia que não era sangue e sim lágrimas que começavam a inundar meus olhos, o desespero tomou conta de mim, lá fora a chuva caia forte.

la em baixo as vozes tomavam um timbre mais alto. não entendia muito bem o que minha mão estava gritando, mas também ouvi a voz de alguns homens, acho que eram policiais. pensei em levantar mas quando tentei me desesperei ainda mais, meu corpo não se movia, e lembro de ter pensado "DROGA AINDA MAIS ESSA", mas meu corpo paralisado foi realmente o de menos. 

me concentrei e consegui ouvi um pouco do que estavam falando lá em baixo.

Um homem gritou com um tom de ameaça: " onde ela está?"

Vlad respondeu que não sabia do que estavam falando. Um outro homem disse que alguém viu um rapaz com as características de Vlad levando uma garota para longe em uma moto, logo pensei "droga, maldito velho". Escutei um barulho de algo quebrando e um barulho de algo caindo ao chão, logo ouvi Vlad gemendo de dor. 

Senti vontade de Gritar, de descer escadas a baixo e dizer que nada era culpa dele, mas eu não conseguia me mover, mesmo que tentasse. Ouvi minha mãe gritar para procurar na casa toda.

ouvi Vlad gritar que soutassem ele, outro barulho e não ouvi mais a voz de Vlad.

escutei alguém subindo as escadas, arrombaram a porta ao lado do meu quarto, e logo chegaram na minha, a porta se abriu e um homem alto de pele escura entrou em meu quarto e me viu lá, deitada sem me mexer.

logo apos fez algo que eu realmente não entendi muito bem, ele colocou uma das mãos em sua boca e arregalou os olhos de espanto, logo saiu as presas do quarto e eu ouvi ele gritar " eu achei", ouvi passos apresados vindo em direção ao meu quarto, logo chegaram outros dois homens e finalmente minha mãe que logo que me viu desmaiou perto da cabeceira da cama, u, dos homens a segurou.

O de pele escura olhou para o velho e disse: Acha que devemos chamar a ambulância?

"Bem, pra mãe sim, mas pra filha já não da mais jeito ela já esta morta"

Não estou morta! não tem como eu esta morta! Senti um frio percorrer o meu corpo...

" tragam o garoto aqui!" gritou alguém que estava fora do meu campo de visão.

rapidamento dois homens trouxeram Vlad aparentemente desmaiado e o jogaram no Pé da cama onde eu estava.

"amarrem as mãos e os pés, para ele não tentar correr e o acordem" disse o homem de pele escura.

Um gordo, o mesmo que trouxe Vlad, jogou um balde cheio de água nele.

 Vlad demorou um pouco pra acordar, mas acordou, o homem de pele escura o segurou pelo cabelo e perguntou o porque ele tinha feito aquilo, Vlad disse que não tinha feito nada.

Homem: O  corpo dela todo ensanguentado, não é nada?

Meu sangue gelou no mesmo momento, era de mim que ele estava falando? Era por isso que eu não estava me mexendo?

mas como pode eu esta morta se inda sinto tudo ao meu redor. O cheiro de Vlad na cama em que estou, o cheiro da chuva que lá fora cai, ainda estou sentindo medo...

Ouvi uma sirene ao longe e eu tinha certeza que era pra cá...  Pra quem mais seria?
Pouco tempo se passou e alguns policiais entraram na casa de Vlad.
O homem alto disse "aqui"
Logo três policiais entraram no quarto.

Eram dois meio gordo e um musculoso.

O musculoso disse "os pais dela já sabem? "
Alguém respondeu que minha mãe tinha desmaiado á pouco.

— Já chamamos uma ambulância e o pai dela está à caminho daqui.

Meu pai!? Como!  Impossível!

Um dos polícias foi até à janela do quarto de Vlad e disse que ela já estava saindo do carro.
Isso me congelou ainda mais,  como eles acharam meu pai, minha mãe tinha mentido pra mim sobre ele esse tempo todo?

— É realmente uma pena — Disse o policial musculoso.

Vlad estava no conta da sala,  em silêncio olhando fixamente para mim.

— Ele?  — Perguntou o polícial musculoso pra o homem alto.
Ele apenas confirmou com à cabeça.

—Bem,  vou levá-lo em custódia — Disse ele chegando perto de Vlad.
— Onde estão seus pais?

Vlad continou em silêncio olhando para mim.

— EU FALEI COM VC GAROTO! OLHE PARA MIM! — Gritou o policial para Vlad e nem com essa ameaça ele tirou os olhos de mim.

O policial levantou à mão,  fechou o Punho e deu um soco na boca de Vlad com uma força que por um prevê momento pensei que ele tivesse quebrado o maxilar de Vlad.
Vlad cai ao chão gemendo de dor.

Senti uma vontade incontrolável de gritar,  de sair daquela cama e abraçá-lo,  de disser que tudo foi apenas um engano,  mas infelizmente meu corpo me traiu no pior momento possível.

Ouvi passos pelo corredor e escutei alguém pergunta "você que é o pai dela? "

Não ouvi resposta

"Bem,  o senhor deve se preparar para o que vai vê,  o suspeito ainda está no quarto"

Novamente não ouvi resposta,  então deduzir que ele estava confirmando com um gesto de cabeça.

Senti uma for aguda no meu olho,  e ouvi uma porta batendo forte.
O meu olho que ainda estava bom aos poucos foi perdendo o foco...  Logo apos tudo foi ficando escuro, segundos e eu já não via mais nada.

Mas senti que alguém entrou no quarto...
Logo após ouvi uma voz gritar meu nome.

"AURORA!  AURORA! AURORA!"

Pai?

(Continua)







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