2 - Lowery

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Era uma noite chuvosa quando o avião chegou em seu destino.
"Lowery" Pensei comigo mesmo, enquanto olhava pela janela do avião.

Minha mãe foi obviamente á primeira passageira á se levantar pra pega as malas de mão. Tentei me levantar mas algo me puxou de volta pra o acento...

- O cinto Aurora - disse minha mãe já indo em direção à saida.

Destravei o cinto e passando pelas pessoas que estavam se lamentando, fui em direção à minha mãe.

Saímos pela área de desembarque e lá ao fundo, na área de espera estava Marta, à amiga de minha mãe.
Marta era uma mulher de 32 anos, alta com cabelos loiros e olhos verdes, de pele levemente bronzeada.
Ela estava vestida com uma blusa de lã branca com detalhes de rosas, estava com uma calça jeans preta e um salto.

- Marta! - gritou minha mãe abrindo os braços para um abraço.

- Mary! Nossa, Que saudades! E essa mocinha é à Aurora?! Nossa como você cresceu - Disse ela vindo em direção à mim para me da um abraço.

- Olá - Respondi meio desconcertada pois não sabia qual reação ter.

- Oi! Eu te pequei no colo! Você era uma filhotinha de rato de tão pequena que era.

Finalmente ela me largou do abraço sufocante que me dera.

- Então vamos? - disse Marta pegando uma das nossas bagagem e nos dando as costas.

- Não liga, Marta e muito elétrica. - Disse minha mãe enquanto pegava uma mala do chão.

- Eu gostei dela - Disse eu notando que realmente tinha gostado da Marta.

Saímos de dentro do aeroporto e estava uma chuva forte lá fora.

- Vamos até o estacionamento! Meu carro ta lá. - Gritou Marta correndo no meio da rua indo em direção ao estacionamento.

Tirei meu casaco e coloquei encima da cabeça e acompanhei Marta. Mas só quando cheguei no carro percebi que minha mãe tinha ficado na parte coberta do aeroporto.

- Mary, sempre com medo de se molhar. - disse Marta

Entrei dentro do carro de Marta era um Nissan Altima prata, bem confortável.
Marta deu à partida e foi busca minha mãe.

A chuva caia sobre o teto do carro e fazia um barulho aconchegante enquanto as janelas ficavam embaçadas por causa do frio.

- É um caminho de mais ou menos uma hora e meia até minha casa, então aproveitem á vista... - Disse Marta quando entramos em uma estrada de terra que tinha vista para o mar.

É, eu realmente vou amar esse lugar.
Ao longe avistei aquela praia coberta com Nuvens negras até onde á vista alcançava.

- Esse tempo vai durar muito? - perguntou minha mãe me tirando do meu vislumbre.

- Um mês inteiro assim, é um descanço para o sol que está sempre aqui. - Disse Marta em uma gargalhada

Marta me entendia.
Depois das longas horas dentro do carro de Marta.

- Já estamos próximos, é logo virando essa rua.

Quando chegamos, minha mãe como sempre foi à primeira á sair do carro e entrar. Á casa de Marta era antiga, mas confortável com sua maioria feita de madeira de tonalidade marrom avermelhada.

- Vamos Aurora pode entrar - Disse Marta com uma certa ansiedade na voz.

Confirmei com á cabeça, pequei minha mala e entrei, lá dentro era tão bonito e antigo quanto lá fora, os móveis em vermelho o chão de madeira, era realmente confortável.

- Seu quarto fila lá no fundo, o último, já tem banheiro dentro dele então não precisa se preocupar.

- obrigada - respondi e fui para "meu quarto"

Chegando lá não era um quarto com muitas coisas, era de madeira, com apenas uma cama e uma cômoda, uma janela que dava pra rua, vi minha cama e logo me joguei lá estava exausta, mesmo sem ter feito nada de tão cansativo assim.

Adormeci, pareceu minutos mas foram horas, quando fui acordada por um trovão. Levantei com minha barriga doendo de fome e lembrei de não ter comido nada Des que tiamos saído de casa.
Mas eu realmente não importava pois já era acostumada á passa um bom tempo sem me alimentar.
Abri minha mala e peguei um biscoito que tinha lá dentro e comecei á comer.
Pequei também meu celular que já estava com á bateria em três. Eram duas e vinte dois da madrugada.

Coloquei meu celular pra carregar e sentei na frente da janela olhando para á rua enquanto, vendo aquela chuva forte e os trovões que iluminava o céu.

Terminei de comer e fui para o banheiro, trocar de roupa e me aliviar um pouco.
Vesti uma camisola velha que eu tinha.

Estava sem sono então voltei para á janela, mas assim que sentei logo de cara ví um garoto passando na rua, no meio de toda aquela chuva.
Pelo que ví era um pouco mais alto que eu e tinha um cabelo grande, ate os ombros pelo que consegui vê que lhe caia no rosto enquanto os pingos da chuva desciam e eram iluminados pelas luzes dos postes da rua, lembro de ter visto ele inclinar levemente á cabeça para olhar para mim...

No mesmo momento um trovão clareou o céu e acabou á energia. lembro de ter dado um pulo quando meu celular deu o alarme de bateria fraca.
Olhei para trás e vi meu celular aceso olhei novamente pela janela e á rua estava completamente escura.
Confesso que isso me assustou um pouco.

Levantei e fui pegar meu celular.

- Maravilha, cinco - Disse comigo mesma. Eu odiava o fato do meu celular está descarregando, mas não era porque alguém podia manda mensagem ou porque eu ia perder o episódio de uma série preferida.
Era apenas porque eu não gostava muito do escuro.
Eu não era ligada muito á internet, nunca fui de fazer amigos e quando terminei o ensino médio sai sem nenhum. Meu chat era mais pra emergências para minha mãe.

Abri á porta do meu quarto e fui em direção à cozinha.
Os trovões iluminava toda á casa de relance. Fui me guiando aparti deles enquanto segurava nas paredes, acho que bati minhas mãos umas "trocentas vezes" Quando me deparei com uma pergunta que me fez parar no meio da casa: "O que aquele garoto estava fazendo lá? Nessas horas? Nessa chuva?"

Quando do nada novamente deu um trovão mas dessa vez iluminou uma silhueta que estava na minha frente...

(Continua)

AuroraOnde histórias criam vida. Descubra agora