15 - Pontos

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- AURORA! AURORA! - gritava Vlad enquanto me balançava pelo ombro 

- N-NÃO gri...ta estou com dor de cabeça, sua voz e irritante - disse eu abrindo o olho.

-Droga Aurora! droga!! você não ta bem! você tem que voltar para o hospital, você ta sangrando!

- Estou? - pergunto eu colocando uma das mãos na cabeça e sentindo algo escorrer. - É eu to.

- Vou ligar pra uma ambulância vim te buscar.

-NÃO! VLAD, NÃO! POR FAVOR - vlad me olhou.

- Eu to bem...eu so preciso deita um pouco e trocar esses curativos que logo eu estou "nova de novo"- disse eu olhando para Vlad.

- Droga... droga... tudo bem eu acho... mas eu juro, se isso acontecer mais uma vez eu irei chamar uma ambulância no mesmo momento.

abaixei a cabeça, eu realmente não tenho como contestar aquela expressão seria no rosto de Vlad.

- Eu tenho um kite de primeiros socorros que tem algumas ataduras e gazes, vou ter que trocar essas suas que estão encharcadas de sangue.

Vlad saiu e pouco tempo depois voltou com uma pequena mala vermelha, abriu e de la tirou os materiais, juntamento com uma máscara e luvas.

- não se mexe - disse Vlad com a voz um pouco abafada pela máscara.

Vlad começou a retirar todos os curativos com sangue, de inicio eu não senti nada, mas logo apos a segunda canada ter cido retirada senti uma dor que me fez gemer e me levou a tentar por uma das mãos no rosto, mas logo o movimento foi parado por Vlad.

-Não-se-mexe - disse ele olhando fixamente para meu olho - um ponto se abriu, por isso o sangue...

Vlad tirou um algodão de dentro e o molhou com um liguido transparente, que pelo cheiro eu acho que era álcool.

- Vai doer um pouco, tente não se mexer muito, porque pode acabar abrindo outros pontos.

assim que Vlad encostou esse algodão em minha cabeça, senti uma dor insuportável me atingir, quis gritar de dor, mas o máximo que fiz foi gemer um pouco baixo, Vlad tinha um certo cuidado e uma precisão que claramente mostrava que não era á primeira vez que ele fazia algo do tipo, queria pergunta sobre mas a dor não estava facilitando no momento.

-Vou ter que da pontos nisso.

-ai...você sabe? da pontos? - falava eu me segurando pra não gritar de dor.

- Sei... um momento, ja volto. - disse Vlad já saindo da sala.

Logo Vlad voltou com uma agulha dentro de um pote de vidro com o que eu achava ser água.

- Onde... 

-CALA A BOCA E NÃO SE MACHA, isso vai doer muito.

- droga... - disse eu em um tom desanimado - o que tem no pote?

- álcool... uma agulha e essa linha - disse Vlad tirando uma linha do bolso, era uma linha preta um pouco grossa que uma linha de custura normal, sei disso porque eu mesmo costumava costurar minhas roupas quando sem querer as rasgava, lembro como se fosse ontem da minha mãe reclamando e dizendo para eu as joga fora porque "eu podia muito bem comprar outras e bla, bla, bla..."

-O sangue já estancou, pronta? - perguntou Vlad trocando as luvas que estavam em seus mãos por outras mais limpas e colocando a ponta da linha na agulha.

- Não... - respondi com um certo medo na voz - não tem nada pra anestesiar a dor?

- Posso bate forte na sua cabeça e lhe fazer desmaiar...

-SERIO?

-Não né idiota.

-Droga...

-pegue, morda forte quando doar - disse Vlad colocando a toalha que antes estava em meus ombros, em minha boca.

- Vou começar, ok, não se mexa, vai doer mais se você se mexer.

Posso dizer que nunca em toda minha vida eu sentir tanta dor, era uma dor agoniante, que parecia fogo queimando onde a agulha tocava e perfurava, eu conseguia sentir a linha entrar e se arrastar por dentro da minha pele e aquilo causava ainda mais dor. mordi a toalha com tanta força que parecia que meus dentes iriam travessá-la, eu gritava de dor, mas a toalha abafava os gritos, senti que ia desmaiar, mas sabia que não podia pois se isso acontecesse Vlad iria chama uma ambulância para me levar de volta ao hospital e eu ia acabar perdendo meu pé... e eu realmente preferia passar por aquela dor do que perder um membro do meu corpo.

-pronto... pode respirar. - disse Vlad tirando a toalha da minha boca e com ela secando as lágrimas que estavam em meu rosto.

- ufa... - disse eu ainda atordoada com a dor

-aproposito, enquanto você estava desmaiada naquela hora seu telefone tocou inúmeras vezes, eu o coloquei lá em cima para carregar.

-VOCÊ NÃO ATENDEU NÉ?

-Não, mas confesso que fiquei tentado a fazer... - respondeu Vlad colocando as ataduras de volta em meu rosto. - Você deve ficar parada por um tempo, vou te levar lá pra cima e lhe fazer o que comer, você tem que beber muita água.

- Espera, me diz. como você sabe de tantas coisas? - pergunto eu e sinto que Vlad parou o que estava fazendo...

ele ficou um tempo em silêncio e eu percebi que aquilo realmente incomodou ele.

- Bem, não importa - disse ele e voltou a por as ataduras.

quando terminou pos um dos braços embaixo de mim e comigo em seus braços começou a subir as escadas.

- Você vai ficar em meu quarto, é o mais arrumado da casa.

- E você? onde vai dormir?

- eu não vou, ao menos não por essa noite porque você tera febre e pode ter convulsões enquanto dorme, então é melhor eu lhe vigiar, só até amanhã.

-Não queria ser um fardo tão grande assim.

-Não esta sendo, e eu lhe devo isso...

Bem, ele ainda estava nessa de "dever" mas não posso falar nada já que no hospital usei isso contra ele pra ele me tirar de lá. logo chegamos no quarto dele, era um comodo bem grande, com uma janela de vidro enorme, tinha uma cama grande com lençóis brancos e um travesseiro azul bebê, era uma cama de madeira, assim que deitei logo percebi o quanto era confortável, as paredes do quarto eram de um tom amarelo pastel, tinha um criado mudo ao lado da cama onde meu celular estava carregando...

(continua)






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