CAPÍTULO SEIS

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Voltaram ao sítio onde o Syker se havia despenhado e descansaram, conversando. Big criou uma fogueira improvisada e procurou fruta pela floresta para os alimentar. Jolly ainda estava zangada com Ben e quando ele olhava para ela, ela desviava os seus olhos para outro local.

— Temos de arranjar um sítio para ficar. Mais tarde ou mais cedo aquela tribo tresloucada irá nos encontrar — disse Big

— Temos de arranjar alguma forma de irmos para o Alasca. — disse Ben

Big levantou-se e retirou um pequeno dispositivo eletrónico do bolso — tratava-se de um GPS. A luz do visor iluminou o rosto de Big:

— Isto é um GPS. Aqui indica que nós estamos perto de um acampamento chamado Allecville. Fica a cinco quilómetros daqui. Talvez eles poderão emprestar algum transporte para irmos para o Alasca.

— Sim, acho que é uma boa ideia — disse Mike — Mas acho que é melhor partirmos amanhã de manhã cedo. Deve haver montes de Kernous à solta.

— Está bem. Vamos partir amanhã — disse Ben — Vamos descansar.

Cada um foi para o seu canto. Ben encostou-se a uma árvore grande e velha e adormeceu. O que seria de esperar, sonhou com as recordações da sua vida anterior, mas desta vez fora um acontecimento mais recente.


Ben tinha agora dezasseis anos. A sua idade atual. Ele estava a percorrer um enorme corredor. Era o corredor A3 da estação espacial da EVO. Marcus e Aria estavam ao seu lado.

"Para onde é que vamos?", perguntou Ben

"A chefe está à nossa espera", respondeu Marcus

"Para quê? É algo importante?", perguntou Aria, olhando para o chão enquanto andava, de passos largos.

" A Dr. Cynthia quer que vocês conheçam uma pessoa", respondeu Marcus

Quem seria? — pensou Ben

Os três passavam por um corredor que, por sua vez, era mais comprido e havia um elevador ao fundo. Percorreram-no sem dizer uma única palavra. Entraram no elevador e desceram para o piso um. O elevador estremeceu e deu um solavanco, depois desceu rapidamente, numa questão de segundos. Aqueles eram os elevadores mais modernos dos anos 70. Sinceramente, 2077, fora um ano de muitas descobertas da tecnologia. Mas somente  os ricos é que as possuíam. Somente a EVO, como por exemplo, os GT-Is que eram as armas do século.

Depois de descerem, entraram numa sala. Era um gabinete — havia uma secretária e quatro cadeiras. Por trás da secretária, estava Cynthia sentada numa das cadeiras com um rapaz ao seu lado.

"Sentem-se", ordenou Cynthia, apontando para as cadeiras, "Marcus, obrigada por os ter trazido"

Ben e Aria sentaram-se nas respetivas cadeiras.

"Temos muito que conversar", disse Cynthia, "Apresenta-te", ela desviou o olhar para o rapaz que estava sentado ao seu lado.

Ele estremeceu, mas depois disse: "O meu nome é Scott. Estou feliz por servir a EVO. Em breve iremos descobrir a cura, não é verdade?"

Ben e Aria entreolharam-se.

"Sim, até agora não avançámos muito na nossa pesquisa. Uma amiga minha chamada Jolly, já se encontra na Terra a tentar descobrir a cura", disse Ben

"A EVO irá fazer testes para ver se estás preparado para ir para a Terra", disse Aria

"Quando é que vocês vão?", perguntou Scott. O rapaz parecia confuso.

"Eu vou amanhã", replicou Ben.

"Parece que vocês se irão dar muito bem", interrompeu Cynthia.

Scott levantou-se da cadeira e esticou o braço para que Ben apertasse a sua mão de volta.

"O primeiro teste do Scott vai ser o mesmo que Ben teve. Os testes psicotécnicos", disse Cynthia, fazendo uma pausa, "Ele irá ter que matar o seu pai". 

Desafio Final - O Vírus Mortal #3Onde histórias criam vida. Descubra agora