CAPÍTULO DEZANOVE

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Ben estava perplexo. O rapaz estava a tremer; sentia-se pálido e gélido. Ele não queria morrer.

— Posso ir à casa de banho, primeiro? — pediu ele.

— Sim — respondeu Marcus — vai lá, eu acompanho-te.

Os dois saíram da sala e percorreram um imenso corredor. Ben reparou que Marcus tinha uma pistola no seu bolso e Ben queria usá-la para fugir dali.

— Vocês não têm mais imunes aqui? — disse ele — O teu sangue é tão precioso que equivale a cinco imunes num só.

Ben encolheu os ombros.

Chegaram à casa de banho e Ben entrou, fechando a porta às chaves.

— Não te demores. Eu estou aqui fora à tua espera — disse Marcus do outro lado da porta.

Ben encostou-se na parede e tentou pensar numa solução para sair daquela realidade terrível.




Ficou na casa de banho pelo menos dez minutos e não lhe surgia nenhum plano.

Saiu do interior e caminhou para junto de Marcus.

— Já estás pronto? — perguntou Marcus.

— Sinceramente, não sei — respondeu Ben.

De repente um alarme soou. O som era estridente e ensurdecedor.

— O que se passa? — perguntou Ben.

Marcus olhou para o seu Smartwatch de pulso e vislumbrou um mapa da estação espacial da EVO.

— Um Syker inesperado entrou na estação...

Ben sabia que eram os seus amigos. Ele atirou-se a Marcus e esmurrou-o, retirando a pistola. Marcus contorceu-se e pontapeou-o na barriga. Ben não pôde evitar dar um grito. Ele ainda com a pistola na mão, disparou para a perna de Marcus. Marcus dá um berro e atira-se ao chão.

Ben deu meia volta e correu pelo corredor fora.

— Volta aqui, seu merda! — gritou Marcus.

Ben virou para a esquerda e depois para a direita e viu que estava no corredor B2.

Depois, ele ouviu explosões vindos do corredor B3. Correu, correu, como nunca tinha corrido na sua vida. Deu uma curva e vira um soldado da EVO. Esse carregou a GT-I, fazendo um zunido elétrico. Aproveitando esse breve instante, Ben dispara dois tiros rápidos no soldado. O soldado cai ao chão, derramando sangue.

Ben continuou a correr e vê uma porta enorme. Ele abre-a e depara-se com um salão enorme. Via-se caixas de madeira por todo lado e estavam três Sykers estacionados. Atrás de uma das aeronaves tinha uma porta enorme que dava acesso ao exterior da estação espacial. Aquilo era uma espécie de garagem enorme de Sykers. No meio local, Ben viu Os seus amigos a combaterem os soldados da EVO.

Ben passou por entre o meio dos disparos e tiros e avistou Aria com uma M16 a disparar. Ele olhou para ela e ele para ele e de seguida Aria corre para os braços de Ben beijando-o. E depois abraçou-o.

— Ben — disse ela — estás bem?

— Sim! Pensei que eles me iam matar. — disse Ben, ele já se sentia mais aliviado.

— Cuidado! — pareceu ser a voz de Big.

Vários tiros vinham na direção de Ben e Aria. Aria empurra Ben e uma bala trespassou o seu braço. Aria dá um grito e caí no chão

— Aria! — gritou Ben, quase num choro.

Vê-se sangue à volta dela. O seu braço estava repleto de sangue. Os olhos dela estavam repletos de lágrimas.

Big dirigiu-se a Ben e Aria:

— Ben! Saí daqui! Eu trato dela!

Ben não queria perder Aria. Não depois de tudo o que eles passaram.

Big levantou o corpo dela e levou-a para o interior do Syker. Havia mais de cem pessoas no interior. Só podiam ser alguns dos habitantes de Inveree.

Finalmente, Ben olha para trás para encarar a pessoa que havia alvejado Aria. Era Marcus.

Desafio Final - O Vírus Mortal #3Onde histórias criam vida. Descubra agora