Stockholm Syndrome || Jikook

Capítulo 2

  Eu estava em pé na frente do fogão enquanto mexia na panela com a carne devagar. Já havia cozinhado o arroz enquanto o sequestrador estava apertando minha cintura com as duas mãos, mantendo o olhar fixo em cada movimento que eu fazia, me xingando quando eu me movia rápido.

— Já está pronto. Vem.

Ele disse segurando minha mão e logo a apertando até que eu soltasse a colher, então fechou a panela e me levou até a mesa, onde me colocou sentado na cadeira e algemou minha mão ao pé da mesa. Logo sorriu me fitando e deu as costas, serviu seu prato e sentou-se na minha frente.

— Vou estabelecer alguns horários para você.

Logo ele pegou um pedaço de carne com um pouco de arroz e levou à boca usando os hashis. Eu estava com fome, mas apenas me encolhi e olhei para baixo, o ouvindo rir baixo.

— Quero você olhando para mim enquanto dito as regras.

Eu apenas o obedeci e ergui os olhos o fitando, ouvindo meu estômago roncar. Ele me encarou rindo, então pegou mais pedaços de carne e encheu a boca, mastigando enquanto me encarava.

— Você vai acordar e ficar em silêncio todos os dias, se não eu vou descer e te bater até que volte a dormir. — eu apenas concordei com a cabeça, já sentindo minhas mãos temerem de nervosismo. — Responda.

— Sim senhor.

— Lá você tem a própria cozinha, também tem alimentos nos armários e algumas coisas na geladeira, pode fazer a própria comida.

— Sim senhor.

— Quando estiver aqui em cima, eu quero que limpe tudo e me obedeça sempre. Se chegar alguém aqui, você vai correr e se esconder bem quietinho, ou sua mãe vai pagar o preço. — senti meus olhos encherem e abaixei a cabeça começando a chorar nervoso, o que só piorou quando ele socou a mesa gritando. — Você entendeu, Park Jimin?

— E-entendi si-sim, senhor.

— Se você sumir, eu vou mandar matar sua mãe na mesma hora, tenho certeza que vai ser um bom garoto sabendo que a vida da sua mãe está nas suas mãos. — ele riu baixinho e voltou a comer com calma.

— Se sabe que vou ser um bom garoto, por que me algema e me prende de tantas formas?

Eu mordi o lábio assim que falei, eu já estava com a visão prejudicada pelos socos que havia levado, mas falei besteira novamente. Ele apenas largou os Hashis na mesa e levantou me encarando fixamente, então agarrou meu cabelo e o puxou com força, me fazendo deitar a cabeça para trás.

— Como pode ser tão burro? Não entendeu ainda que eu sou seu dono? Eu faço o que eu quiser com você, e para que lembre disso, vou te deixar em jejum por três dias. Sei que aguenta.

Assim que disse isso, ele deu um tapa forte em meu rosto com a mão livre, usando a outra para sacudir minha cabeça enquanto eu chorava. Em seguida, cuspiu em meu rosto e me empurrou, voltando a se sentar e comer.

— Não se preocupe, vai ter seu jejum enquanto sente o cheiro da comida e me vê comer. Vou deixar você sentir bem como é seu tratamento enquanto for esse verme burro que é.

Logo ele terminou de comer e tirou as coisas da mesa, pondo sobre a pia. Em seguida, pegou um copo e serviu refrigerante, bebendo enquanto me encarava, mas tudo o que eu fazia era chorar cabisbaixo, logo levando a mão para limpar o rosto.

— Não deixei você limpar. Melhor tirar a mão antes que eu faça pior.

Apenas afastei a mão rapidamente, me encolhendo na cadeira soluçando baixinho de desespero. Notei que isso o irritou, pois ele logo bateu o copo vazio na pia e se aproximou novamente, soltando minha algema da mesa, me levando com ele até as escadas da casa.