Capítulo 20

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Olha quem já voltou! Eu mesma! Nossa eu ando muito rápida, é que a fanfic tá na reta final, mais uns dois capítulos e tamo acabando.

Enfim, não sei nem o que falar tô tão ansiosa que o próximo capítulo também já tá pronto KKKKKKK eu tô nervosa.

Sem mais enrolações boa leitura, votem e comentem bastante. Amo vocês. 🥺♥️

👣

Já faziam três semanas desde o dia que mudou completamente minha situação. Quando Jungkook, sua família e seus amigos foram presos, eu me senti diferente, não sei se posso dizer que melhor ou pior.

Veja bem, eu estava livre, estava de volta em casa e minha mãe se culpava muito por isso, mas a parte ruim foram os traumas. Eu ainda tenho manias que adotei enquanto morava com ele, como por exemplo me colocar de joelhos no tapete em frente à televisão para assistir, esperar que me chamem para comer e tive que reaprender a lidar a tudo como uma pessoa normal.

Claro, exceto por uma coisa: a fala. Eu ainda não conseguia falar, sentia como se estivesse sendo vigiado, como se estivesse com a coleira em meu pescoço prestes a me dar choques, ou então que era mais uma pegadinha e ele surgiria para danificar minhas cordas vocais na cirurgia que evitei a muito custo.

Eu passava a maior parte do meu tempo no quarto, com a porta trancada, pois sentia certas necessidades que eu sabia não serem normais, como ficar de joelhos no chão o esperando. E era assim que eu me encontrava no momento, sentia sua falta, como quando me abraçava, fazia carinho e dizia que eu era seu bom garoto, mas logo depois vinha a revolta, como eu pude me deixar levar por esse doente psicopata?

Senti meus olhos se encherem e abracei minhas pernas deitado no chão enquanto chorava mudo. Eu queria tanto dizer pra minha mãe que a amava e pedir desculpas por ter insistido tanto em viajar sozinho, dizer que ela não tinha culpa de nada e eu a amava mais que tudo, mas não conseguia.

Suspirei longamente quando ouvi baterem na porta pela milésima vez, era Taehyung pedindo para que eu abrisse a porta, então resolvi parar um pouco e tentar me recuperar. Eu precisava de ajuda, precisava aceitar a ajuda que tanto me ofereciam.

Logo fiquei de pé e abri a porta para ele, que entrou e me abraçou apertado, então sorriu com o rosto próximo ao meu e colocou meu cabelo atrás da orelha. Sim, eu não havia cortado o cabelo nesse meio tempo e agora estava maior do que o de costume.

— Vamos sair? Podemos assistir um filme no cinema, comer pipoca doce que você tanto gosta e depois um sorvete. O que acha? Agora tá tudo bem, nós podemos sair livres na rua. — ele sorriu novamente, mas pude ver seu rosto inchado devido ao choro.

— É melhor você sair um pouco, meu filho. — minha mãe apareceu na porta e sorriu fraco me fitando. — Você precisa viver, não pode se deixar aprisionar sozinho em casa.

Abri a boca, mas não conseguia falar, e isso já acontecia há um tempo. Apenas suspirei e concordei com a cabeça forçando um sorriso de volta para eles.

— Certo, então vamos tomar banho e se arrumar, mocinho.

Tae me ajudou a tomar banho, eu estava inseguro com absolutamente tudo e precisava sempre de ajuda para fazer as coisas. Depois que nos arrumamos, ele suspirou e pegou as chaves do carro da minha mãe, iríamos primeiro ao shopping, lanchar e só então cinema.

— Eu te amo, meu filho. — minha mãe disse suspirando enquanto eu entrava no carro.

Em resposta, apenas sorri e fiz um sinal de coração com os dedos, me culpando como nunca. Ele logo arrancou o carro e começou a dirigir rapidamente em direção ao centro da cidade, eu havia esquecido como era bonita.

Stockholm Syndrome || JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora