Capítulo 7

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Eu havia servido Jungkook como ele gostava, sua mesa estava perfeita. O jantar quente na mesa, seu prato servido e ele sentado em sua cadeira, enquanto eu permanecia algemado, porém com as duas mãos para trás enquanto ficava sentado a sua frente.

— Está bom, nossa. Quer comer? — ele perguntou sorrindo enquanto me fitava.

— Si-sim, por favor. — respondi levantando a cabeça, o cheiro estava tão bom.

— Uh que pena, esqueci que você só vai comer amanhã, quando eu escolher o que vai poder cozinhar. Talvez tenha restos de carne na geladeira. — deu de ombros rindo baixo.

— Sim senhor. — engoli em seco e abaixei a cabeça segurando o choro.

Podia ouvir ele gemendo cada vez que comia mais um pouco, sempre dizendo que estava muito gostoso e sentia falta de uma comida boa de verdade como essa.

Após alguns minutos, quando terminou de comer, ele se levantou e aproximou de mim, puxando meu cabelo com força, me fazendo deitar a cabeça para trás.

— Sabe, Jimin, acho que preciso ensinar você a se comportar, vou aproveitar e falar com você tudo o que sempre quis te dizer. — ele sorriu com o canto dos lábios brevemente. — Mas prefiro fazer isso no seu quarto.

— Sim, senhor.

Logo ele puxou meu cabelo com força, me guiando até o porão, onde me jogou no chão e sentou-se no banquinho a minha frente.

— De joelhos. É bom aprender que sempre deve ficar sentado sobre seus calcanhares e a cabeça baixa quando estiver perante a mim.

— Sim, senhor. — o obedeci e me ajoelhei, sentei sobre meus calcanhares e abaixei a cabeça como ele havia mandado, sentindo a corrente sendo presa com o cadeado em minha coleira.

— Sabe, eu ainda sinto raiva de você. Eu era seu admirador, Jimin, e acho que você sabia disso, mas preferiu ignorar e me tratar como um qualquer. — no mesmo segundo, ergui o rosto para encara-lo, eu jamais teria essa atitude com qualquer pessoa.

— E-eu não conhecia o senhor, eu... — fui interrompido com um tapa forte em meu rosto, então logo senti meus olhos se encherem e abaixei a cabeça novamente. — Perdão.

— Você é um merda, seu comportamento é outra merda, assim como você, e já tá mais do que na hora de arrumar isso.

Assim que disse isso, ele deu as costas e se afastou indo para dentro do quarto. Eu apenas suspirei tentando me conter, deveria ter ficado quieto, assim nada disso teria acontecido, preciso aprender a me calar.

— Você vai me amar tanto quanto eu te amei, entendeu? Quero você me servindo e sendo fiel a mim, porque eu sou seu namorado! — ele gritou se aproximando com algo em mãos que eu não sabia o que era.

— Sim se... — gritei alto de dor deitando a cabeça para trás quando ele tocou o objeto em mim, o que fez um choque intenso e longo ser disparado contra meu corpo. — Si-sim senhor!

— Sou eu quem você ama, quem você deseja e quer ter para o resto da vida. — ele se afastou ofegante e logo se aproximou novamente. — E se eu ver você demonstrar qualquer resistência ou agir de forma que eu não goste, eu vou te ensinar a ser a merda que eu disse que você é! — ele gritou e me deu outro choque com ainda mais intensidade, me fazendo gritar pela dor.

— Tu-tudo bem, senhor. Perdão. — pedi chorando, logo caindo deitado no chão sentindo meu corpo tremer.

— Você sabe muito bem que eu não vou perdoar qualquer erro seu.

— E-eu não vou mais errar, eu ju-juro. — prometi me encolhendo cabisbaixo, logo me afastando com medo que ele fosse me dar outro choque.

— Acho bom que cumpra com suas promessas. No seu próximo erro, eu vou trazer um dedo da sua mãe para que não esqueça disso.

Stockholm Syndrome || JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora