Prólogo

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Acordei aos poucos, estava com uma dor de cabeça terrível, então apenas decidi permanecer com os olhos fechados. Era um dos meus primeiros dias em Seul, havia viajado para conhecer a cidade e as universidades que haviam por aqui, mas por algum motivo eu sinto que algo está errado.

Não lembro muito bem do que fiz ontem, nem de ter bebido qualquer coisa para esquecer como fui dormir. De qualquer forma, apenas respirei fundo e sentei na cama, quando senti meu coração disparar.

Abri os olhos e os arregalei surpreso quando vi que estava com as mãos amarradas para trás, e para piorar a situação, eu usava uma coleira, com a corrente presa no chão, como se fosse para eu não fugir. Senti meus olhos encherem na mesma hora, eu não conseguia lembrar o que havia acontecido, como eu vim parar aqui? Eu sequer sei onde eu estou.

Paro para respirar fundo e tentar me acalmar, olho ao redor e fico surpreso com o que vejo. Eu estava em um porão, mas ele era organizado, tinha tudo no lugar, como se tudo tivesse sido planejado, como se fosse tudo pensado, inclusive me trazer pra cá.

Quando me dou por conta, já estou chorando alto a ponto de soluçar. O porão era limpo, tinha lâmpadas, um vaso sanitário, o colchão no chão onde eu estava deitado e ainda uma espécie de cozinha. Quem foi capaz de fazer isso tudo comigo?

— Por que você tem que acordar chorando? — dou um pulo quando ouço a voz, erguendo o olhar e observando um homem parado na porta a segurando aberta.

— Quem é você? — perguntei me encolhendo e recuando contra a parede.

Ele ficou em silêncio, apenas acendeu a luz e fechou a porta, começando a descer as escadas sem pressa, se abaixando devagar na minha frente enquanto me encarava. Eu abaixei a cabeça tentando me conter, mas ele agarrou meu rosto de forma bruta, o apertou entre os dedos e me forçou a erguer o rosto.

— Eu quero te deixar ciente de algumas coisas e espero que preste atenção.

Ele levantou após ter me soltado de forma brusca e caminhou até um canto no porão, onde pegou uma cadeira e a puxou até estar perto de mim, sentando na mesma para me encarar friamente.

— Você deve ser obediente a mim sempre, sem perguntar o motivo das minhas ordens, se não eu castigo você como eu achar melhor e eu não tenho pena, Jimin.

— Como sabe meu nome? — arregalei os olhos o encarando, eu nunca sequer havia o visto na minha vida.

— Sei tudo sobre você, inclusive sobre sua mãe que ficou sozinha em casa, e você não quer que nada ruim aconteça com ela, quer? — cada palavra sua fazia meu desespero aumentar, assim como meu choro.

— Não. Por favor, não.

— Me chame sempre de senhor, o mínimo que você me deve é respeito. Entendeu?

— Sim senhor. — solucei alto enquanto sentia minhas mãos tremerem com o nervosismo.

— Ótimo. Você vai morar aqui, como deve ter visto, tem onde dormir, comer e fazer as necessidades. Claro que com a coleira você não vai sair da cama, e só vou te soltar dela quando tiver confiança o bastante em você, o que eu ainda não tenho.

Ele parou e respirou fundo enquanto olhava ao redor, como se estivesse pensando no que mais iria me falar, mas eu tinha muitas dúvidas, eu não lembrava de absolutamente nada do dia anterior. Eu precisava lhe perguntar, esperava que ao menos não ficasse tão bravo comigo.

— Po-pode me contar como eu vim parar aqui? Eu não conheço você, nem lembro de nada sobre ontem.

Antes que eu pudesse sequer pensar, ele desferiu um tapa forte e bruto em meu rosto, logo agarrando minhas bochechas as apertando enquanto aproximava o rosto do meu. Ele estava furioso comigo.

— Para de chorar e cala a merda da boca. Quando eu perguntar algo você fala pra me responder, se eu quiser que você saiba de algo eu mesmo vou contar. Entendeu, Jimin?

— Si-sim senhor.

— Se você for um bom garoto, quem sabe um dia eu deixe você morar lá em cima comigo, uh? Você iria amar a casa, tenho até piscina, mas por enquanto você vai ficar aqui com o calor.

— Sim... — ele me fitou sério e eu logo me corrigi antes de acabar apanhando de verdade. — Sim senhor.

— É bom que nem pense em tentar fugir ou ficar pedindo pra eu te soltar, porque você só sai daqui morto.

Ele riu fraco e logo deu as costas, indo até a mini cozinha que havia por aqui, então pegou um copo descartável e encheu com água que havia em uma garrafa na geladeira. Em seguida, pegou um pão que parecia ter quatro dias e passou margarina, se aproximando de mim e sentando ao meu lado.

— Quer comer?

— Si-sim senhor, por favor.

— Que seja. Não demora ou eu largo tudo aqui e você se vira.

Logo enfiou o pão em meu rosto, me fazendo abrir a boca e morder um grande pedaço, o mastigando com pressa e recebendo água de vez em quando. Não demorei nem um pouco para comer tudo, então ele simplesmente sorriu e levantou deixando o copo na pia.

— Só pra você saber, eu vou estar sempre de olho em você. — apontou para o canto do porão, no teto, onde havia uma câmera. — Boa noite.

Logo ele deu as costas e subiu as escadas, apagou a luz e fechou a portinha que ficava no chão, trancando a mesma e arrastando um tapete para cobri-la. Eu apenas consegui me encolher deitado e voltar a chorar, estava em desespero e não tinha nada que eu pudesse fazer para escapar dessa tão fácil, mas eu teria que dar meu jeito e eu iria.

👣

Oi gente!

Eu sei que prometi atualizar as outras fanfics, mas tem vezes que a minha mente começa a trabalhar com histórias novas e eu preciso postar né? Fazer o que.

Eu deveria estar dormindo pra poder trabalhar tranquilamente, mas to postando a fanfic pensando em vocês. Podem dizer, é muito amor né?

Sobre a história: eu sei que todas minhas fanfics se parecem, porém são todas diferentes e acho que infelizmente vocês só vão notar isso com o decorrer dos capítulos. Infelizmente eu acabo colocando coisas que se parecem muito, mas eu não consigo evitar é mais forte que eu.

Peço perdão pelo vacilo.

Sem mais delongas, espero que tenham gostado, em breve eu volto com outro capítulo e vou atualizar as outras sim, prometo!
(e ainda tem outra fanfic nova por vir)

Obrigado por lerem até aqui, boa noite, beijinhos e até o próximo ♥️

Stockholm Syndrome || JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora