Capítulo 4

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  Depois de ter obedecido a Jungkook em tudo o que ele havia me mandado fazer, ele dirigiu até o centro da cidade, onde estacionou o carro com calma na rua. Porém, antes que eu pudesse sair do carro, ele segurou meu pulso, me puxando até beijar minha bochecha para sussurrar em seguida.

— Chame a polícia e sua mãe morre. Tenho meus contatos e pode acreditar que se eu não estiver me comunicando da forma combinada, ninguém hesitaria em matar ela.

Eu não consegui me conter e abaixei a cabeça voltando a chorar mudo, minhas esperanças haviam ido por água abaixo num piscar de olhos. Ele parecendo irritado com isso, apenas apertou meu braço, me fazendo gemer alto de dor e encolher o corpo completamente.

— E-eu vou ficar quietinho. Para de me ma-machucar, por favor. — solucei chorando mais alto.

— Para de chorar, ou eu quebro seu braço quando voltarmos.

Na mesma hora, apenas engoli seco e concordei freneticamente com a cabeça parando de chorar. Ele suspirou e empurrou meu braço, então desceu do carro e abriu minha porta, me levando abraçado até entrarmos no shopping.

— Vamos comprar roupas pra você, meu bem. — ele disse sorrindo enquanto caminhávamos pelo corredor. — Depois preciso de alguns acessórios para arrumar o quintal também, vai me ajudar?

— Si-sim senhor. — concordei baixinho, olhando sempre para o chão.

— Bom garoto. Agora quero que experimente algumas peças uh?

Em pouco tempo, ele encheu uma sacola com roupas, todas ele mesmo escolhia, apenas perguntava meu tamanho e ia selecionando. Eu não entendia nada daquilo, como assim ele me sequestra, me trata como um animal e me leva para comprar roupas no no outro dia.

Porém, apenas me mantive quieto e logo entrei no provador com as roupas que ele havia escolhido para mim. Experimentei e deixei as que havia servido com ele.

Em seguida, ele me levou até a praça de alimentação, sentando-se em uma cadeira ao meu lado, passando o tempo todo acariciando minha cabeça e minhas mãos, falando coisas bonitas, ou as vezes fazendo ameaças. Eu não sabia o que fazer, muito menos reagir, pois tinha vontade de chorar com as coisas que ouvia, mas aí eu seria severamente castigado, porém ele também me falava palavras carinhosas e eu ficava confuso.

Quando os hambúrgueres ficaram prontos, ele foi pegar para comermos e eu já sentia minha boca salivar ao ver o meu, era grande e tinha muita carne e bacon, eu estava quase chorando de alegria. Ao vê-lo em minha frente com o refrigerante, não me aguentei e comecei a comer como um morto de fome, enchendo a boca tanto com a comida, quanto com a bebida.

— Estava com fome, amor? — ele perguntou sorrindo, levando a mão até minha coxa a apertando em seguida.

Eu apenas consegui me encolher completamente, concordando com a cabeça em seguida. Ele sorriu e começou a comer o dele com calma enquanto olhava ao redor tranquilamente, como se estivesse pensando em algo para fazermos em seguida.

— Depois nós vamos comprar alguns acessórios para usarmos, uh? Quero sua ajuda, agora que nós moramos juntos, tudo o que diz respeito a minha casa, diz a você também. — ele sorriu de forma amigável, enquanto eu apenas concordei com a cabeça e continuei a comer faminto.

— Si-sim senhor. — respondi assim que havia esvaziei a boca, a enchendo logo em seguida.

— Eu fico contente com você me obedecendo e sendo bem educado assim, você sabe disso, não sabe? — ele riu baixinho logo colocando parte do meu cabelo para trás por mim. — Sei que nós vamos nos dar muito bem ainda, podemos passear uma vez ao mês para que não fique muito nervoso, o que acha?

Stockholm Syndrome || JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora