Capítulo 1

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Em mais um dia quente na primavera de Riverdale Cheryl Blossom se encontrava na Thistlehouse se arrumando para ir a escola assim como fazia todos os dias torcendo ao máximo para não esbarrar com a sua mãe esta manhã já que ela estava parcialmente feliz.

Cheryl e sua mãe nunca tiveram uma boa relação, a mais velha insistia em fazer a filha se sentir mal, sentia um certo prazer em colocar a menina pra baixo apenas para a deixar infeliz. Constantes brigas ocorriam já que Penélope fazia de tudo para ver Cheryl mal, até mesmo suborno se fosse preciso sempre cutucando as feridas que nunca cicatrizaram na ruiva.

Após a morte do seu irmão Jason e do suicídio de seu pai tudo havia piorado, sua mãe a tratava pior do que lixo e ela não tinha nenhum tipo de suporte ou braço para chorar já que seu irmão não estava mais aqui e sua mãe a culpava pela morte do mesmo dizendo sempre que Cheryl deveria ter ido no lugar dele.

Assim que a adolescente sentou em sua enorme cama Queen Size para calçar seus belos saltos vermelhos uma pessoa parada a sua frente chamou sua atenção e seus olhos seguiram pela figura até encontrar sua mãe a encarando.

- Onde pensa que vai Cheryl? - Seu ar de soberba e sarcasmo preencheu o quarto e a ruiva mais nova revirou os olhos e se amaldiçoou internamente por não ter calçado aqueles sapatos minutos antes, assim ela já estaria bem longe daquela casa de horrores cercada pela toxidade de Penélope Blossom.

- Para a escola mamãe, pra onde mais eu poderia estar indo? Depois da aula vou para a casa da Betty - Ela informou apenas para não ter que ficar escutando sua mãe falando nos seus ouvidos mais tarde, sabia que não se tratava de preocupação, era apenas mais uma forma de infernizar Cheryl.

- Não quero você na casa da filha dos Cooper's e muito menos andando com essa garota, se lembra o que aconteceu da última vez que se aproximou tanto de uma não lembra Cheryl? - Novamente Penélope soube como fazer a mais nova se sentir mal, como se a dor nunca se dissipasse, a garota apenas engoliu em seco e seus olhos encherem de lágrimas, mas ela não derrubaria nenhuma, pelo menos não na frente da mulher que diz ser sua mãe, ela não daria esse gostinho a ela - Quero você em casa depois da aula.

- Não pode me proibir de ver minha própria prima, afinal ela uma das únicas dessa família que merece a minha atenção - negou com a cabeça pegando sua bolsa e a arrumando em seus ombros - E para que quer que eu chegue em casa cedo mamãe? Precisa de plateia para seu...Cabaré? - falou ríspida enquanto se levantava e passava reto pela mais velha que parecia pensar se respondia aquela "rebeldia" dirigida a ela então segurou o braço da mais nova fortemente, tão forte que Cheryl sentiu como se seu braço fosse cair a cada instante em que a força dirigida a ele ficava mais forte.

- Se eu fosse você tomaria mais cuidado com o que fala, falaria o mesmo pra sua priminha, você é apenas mais uma garota carente Cheryl, não merece atenção e muito menos amor de todos a sua volta. Esteja aqui depois da aula ou então veremos - Assim como sempre fazia depois de suas ameaças Penélope soltou o braço de Cheryl e saiu do quarto deixando - a sozinha e com um braço roxo com a marca de seus dedos pelo aperto forte e constante, ela podia sentir seu braço latejar.

Segurando as lágrimas ela apenas correu até seu carro exuberantemente vermelho e dirigiu silenciosamente até a escola sentindo as lágrimas salgadas que insistiam em cair dos seus olhos enquanto ela pensava.

Desde criança sua mãe nunca cuidou dela e de seu irmão, ela simplesmente foi criada pela sua babá e sua avó que sempre estava presente, diferente dos seus pais que só apareciam para a julgar e cobrar que a menina fosse perfeita e a ofender, seu irmão era a única pessoa que ela realmente amava e de quem recebeu amor. Após a morte de Jason, Cheryl se fechou ainda mais para o mundo, como se usasse uma muralha de egocentrismo em volta de si.

Serpent VenomOnde histórias criam vida. Descubra agora