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*Marcelo*

Não acho que eu seja lerdo ou idiota por perdoar Débora.

Ela errou? Sim!. Mas quem nunca errou que atire a primeira pedra.

Todo mundo precisa de uma segunda chance, pelo menos uma vez na vida você já tentou prejudicar alguém ou teve inveja de um amigo seu, a maldade já vem encarnado no ser humano, você nasce com ela enraizada em você, Só basta você querer ela ou não.

Depois da conversa que eu tive com Débora hoje de manhã, percebi que ela ainda sente mágoa por Luisa, afinal, é difícil ser deixada de lado. É doloroso.

Luisa também errou em ter feito isso, mas claro que nada justifica o que Débora fez, e também eu nunca vou falar isso para Luisa, não sou louco, eu prezo pela minha vida!.

Estive a manhã inteira convicto da minha decisão, dei até mais tempo para Débora procurar um lugar para ficar, não me considero um cara lerdo por isso, mas só de lembrar da cara que Iuri fez a cada palavra que eu pronunciei, estou começando a raciocinar um pouco a respeito disso.

Aqui agora dentro do carro, olhando Débora e Luisa conversarem sobre o passado, fico repassando a conversa que eu tive com ele.

Flashback

- então você perdoou ela? - Iuri me questiona incrédulo. Qual é o problema dessas pessoas que não sabem perdoar?.

- claro, Iuri, quem sou eu para não perdoar? Não sou perfeito e sei que algum dia vou precisar que alguém me perdoe também. - me expresso da melhor forma possível vendo ele pensar.

- é, você tem razão. Mas perdoar é uma coisa, Marcelo. Ser lezado é outra - diz extremamente sério - eu entendo o seu ponto de vista, só que você tem que saber dar um basta nisso tudo, a não ser que você pretenda reatar com ela - fala meio contrariado.

- não. Não vou voltar com ela, somos amigos agora  - afirmo com convicção vendo ele rir sarcástico do que eu falei.

- sei, e eu e Sophie somos casados - fala irônico. Me concerto no sofá e respiro fundo. Será mesmo que estou sendo tão tolo? - amigos não moram na mesma casa e dormem no mesmo quarto, Marcelo  - fala atraindo minha atenção - Você acha mesmo que vai conseguir reconquistar ao menos a amizade de sua ex estando com sua outra ex? - se atrapalha na hora de se expressar me fazendo rir junto com ele.

- nessa parte você tem razão, mas Débora não vai morar lá pra sempre, hoje mesmo ela começou a procurar um apartamento - digo vendo ele me olhar como se eu fosse um muleque inocente.

- você pelo menos deu um prazo pra ela sair da sua casa? - me calo diante do seu questionamento. Eu dei no início, mas depois retirei o prazo deixando ela mais a vontade, aconteceu tudo tão rápido - pelo visto não, Você é muito inocente se está achando que Débora está mesmo procurando outro apartamento  - fala bebericando seu café que já deve está frio pelo tempo da nossa conversa.

- ela está mudando, Iuri. Bom, pelo menos tentando - digo vendo ele me olhar entediado.

- ninguém muda de uma hora pra outra, você acha que só porque mandou ela mudar que na hora seguinte, paah!, ela se transformou em outra Débora? - pergunta me fazendo pensar.

- não foi na hora seguinte, foi em três horas - brinco com ele que revira os olhos me fazendo rir.

- já te aconselhei, e olha, se eu fosse você, não confiava muito não, mulheres deixadas em segundo plano se tornam loucas! - me alerta. Termina seu café e levanta colocando a xícara na mesa. Se despede e vai embora me deixando sozinho com meus pensamentos.

Uma Nova Chance Para Amar ( LuCelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora