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Está aí gente , um pouco menor mas o que vale é a tentativa kkk .

Estamos na reta final como eu já disse e só faltam uns 10 capítulos para acabar .

E é issooo . Boa leitura , não esqueçam de curtir e comentar .

                          *Marcelo*

    Tudo tem um propósito nessa vida . Se algo acontece sendo bom ou ruim , no fim tem um sentido para aquilo ter acontecido . Os meios sempre vão ser mais difíceis que o início ou o fim .

Quando eu era mais novo , criei planos , sonhei . Porém nada me preparou para tudo o que aconteceu em minha vida, tudo, tanto as coisas ou momentos ruins e bons , serviram para um aprendizado que me trouxe ao que eu sou hoje, e ao que eu tenho.

Eu tenho tudo o que um dia eu cheguei a almejar. Querer.

Sorrio para meu filho que mesmo tão novinho já consegue olhar atravéz dos olhos e enxergar tudo de bom em uma pessoa . Acho que todas as crianças são assim . Pego uma fralda limpa e corro em meus movimentos ninjas para trocar ele, antes que algo inevitável aconteça . Como das outras vezes .

Toda vez em que deito, sinto um medo idiota de acordar e está sozinho em algum apartamento na Alemanha, perceber que tudo não passou de um sonho e que nada foi real. Porém o cheiro inebriante e o calor do corpo de Luisa colado ao meu na cama, me traz para a realidade e eu percebo que nada vai tirar essa preciosidade de mim. Minha Luisa. Meu amor. Nada vai nos separar. Nada .

Criamos dois laços incapazes de se desfazer . Dois filhos que irá unificar o nosso amor para sempre, nos mantendo como um só .

Não é um papel_ que por obséquio não fora assinado . Ainda_  que irá nos manter unidos, é o nosso amor. Disso eu tenho certeza .

- tá vendo filhão, papai já pegou a manha, sem banho de xixi na cara hoje - brinco com ele que sorri. Ou para alguns médicos jogadores de água fria, ele teve um reflexo no rosto que o fez ter algo parecido com um sorriso. Como Luisa sempre diz : dane-se, ele sorriu pra mim sim.

- vamos conferir novamente o celular para a mamãe não ficar no vácuo - pego ele e me estico para pegar o celular em cima da cômoda azul marinho. Confiro e nada ainda. Vai dar onze horas daqui a alguns minutinhos.

- mãe ?- chamo por dona glória que graças a Luisa, pode estar em qualquer lugar dessa casa enorme. Desço as escadas sentindo Luis babar todo o meu ombro pois novamente esqueci a fralda de pano. Cadê Luisa para ficar me lembrando dessas coisas quando eu preciso ?.

- vai buscar Luisa ?- suspiro feliz ao ver dona glória ninando minha princesa .

- daqui a pouco - me sento ao seu lado e coloco Luis deitado no sofá ao meu lado .- o que foi ? - pergunto estranhando a cara dela me olhando fixamente .

- é tão bom ver o seu sonho se concretizando meu filho, meus netinhos saudáveis, você vivendo com o amor da sua vida ... Que seja assim até o fim das nossas vidas, e que eu viva muito ainda para ver mais netinhos nascendo - solta tudo com um sorriso contido no rosto e os olhos lacrimejando.

- calma mãe - gargalhou - acho que a fábrica por aqui acabou - digo.

- não vou esconder isso de você Marcelo, acordei hoje com um peso no peito, como se algo fosse acontecer. Mas só de ver o brilho nos seus olhos ao ver sua família, a família que você formou, sinto essa amargura desconhecidas diminuir, por que eu sei que pode vir o que vier, mas sei que você vai resistir, por todos eles.- toca em meu rosto e se levanta para ir colocar luna no berço, que graças a Luisa são metros de distância da sala _ sim. Não vou parar de falar isso.

Antes mesmo de eu pensar em alguma coisa relacionada ao que ela falou, meu celular toca, indicando uma nova mensagem .

Abro e vejo que é Luisa, prolongando o horário. Só vou ir buscar ela de meio-dia agora.

- é filhão. A mamãe vai demorar mais um pouquinho - digo para ele que está tentando comer as mãos. Sinal de fome . Ainda bem que Luisa deixou leite na geladeira, imprevistos sempre acontecem.

Depois de ter passado o tempo cuidando de Luis e resolvendo algumas coisas dos alunos, percebo que o horário marcado já chegou. Deixo ele com dona Glória e pego a chave do carro. Antes de abrir a porta sinto uma dor aguda no peito, não material ou carnal, mas ... Não sei explicar.

A partir daí tudo aconteceu muito rápido. Quando dou por mim, já estou voltando de novo para casa, dando de cara com Antônio e minha mãe conversando no sofá .

- meu carro.- digo sentindo o aperto no peito aumentar.

- o que aconteceu ?- minha mãe se aproxima de mim ao perceber minha situação.

- sumiu. Roubaram meu carro, mãe.

E aí eu percebo que algo grande está acontecendo. E a primeira coisa que me vem a mente é: Luísa.

                      
                           *Luisa*

- por isso minha fava de mel, você precisa seguir tudo isso, o pós-parto as vezes é algo tortuoso - sorrio para a doutora louca a minha frente. - agora vá, voe minha pequena abelha, siga em direção as estrelas e viva para os seus brotinhos.

Tento não sair correndo da sala e sigo para a saída da clínica, segurando o riso pela maluquice dessa mulher. Pego meu celular da bolsa e resolvo mandar mensagem para Marcelo, falta só uns vinte e cinco minutos para dar onze horas ,mas é bom lembrar a ele, vai que o meu querido futuro marido me esqueça aqui.

- EI !- grito tanto de susto quanto de revolta quando sinto meu celular ser tomado das minhas mãos em plena luz do dia , com pessoas a minha volta. Só deu tempo de desbloquear o aparelho _ bem vinda a são Paulo Luisa _ minha própria mente ironiza inconsciente.

- tudo bem senhora? - o segurança da clínica se aproxima.

- custava ir atrás do cara ?- pergunto ignorante para o guarda que me olha com desdém.

- se a senhora tivesse sido roubada dentro da clínica aí seria problema meu, mas como não foi ...

Nem espero ele terminar de falar, me afasto da sua presença e me sento em um banco de pedra para esperar Marcelo e torcer para ele não me esquecer. Remexo na minha bolsa que por sorte não foi levada junto e suspiro quando vejo uma boa quantia de dinheiro, o suficiente para um táxi caso eu seja esquecida aqui.

Ouço uma buzina e sorriu aliviada quando vejo o carro de Marcelo parar na calçada, estranho o fato de todos os vidros estarem fechados, já que ele gosta de vento, raramente usa o ar-condicionado. Olho a placa para ver se é mesmo o carro dele, já que os vidros são escuros e abro a porta do passageiro já preparada para jogar xingamentos em relação ao guarda para cima dele .

- oi amor , você nem va..- sinto meu corpo congelar quando eu fecho a porta, pego o cinto e olho para ele, não o encontrando.

Meu Deus . Me protege .

Penso imediatamente assim que o carro acelera e o sorriso dela se faz presente de forma macabra .

Uma Nova Chance Para Amar ( LuCelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora