15°

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Relevem esse capítulo, eu tinha menos de 14 anos quando escrevi ele kkkkkk, agora só estou revisando.

*Luísa*

       Devolvo todos os olhares que Marcelo me lança sedutor, ele tá achando que vou cair nesse joguinho patético dele, vai cair do cavalo.

É incrível como as crianças continuam conversando mesmo notando o clima pesado entre Afonso e Marcelo, nem toquei na comida na verdade só quem almoçou foi João e Marcelo , porque Poliana fala tanto que até esquece de comer; Afonso está emburrado encarando todo mundo e eu, bom, eu perdi a fome.

- Eu fico arretado com essas coisas - volto para a terra tentando prestar atenção no que eles estão conversando, no momento é João que está falando.

- ficar desse jeito não faz bem, João, tem que saber lidar com os problemas sem partir para violência. - Marcelo fala tentando soar sério. Olho para João que bufa contrariado.

- eu sei, mas tem gente que não merece nossas condolências - diz soando extremamente irritado. Opa, indiretas do destino?.

- mas a gente não pode guardar rancor, João, faz muito mal para nós mesmos - Marcelo continua aconselhando. Fico só observando, assim como Afonso.

- é por isso que eu vou em cima, não guardo pra mim mas também não fico agindo como um Maria mole perdoando todo mundo - João fala se remexendo na cadeira. Me viro para Afonso que gargalha para irritar Marcelo.

Olho para Marcelo e seguro o riso quando vejo sua expressão, parece que todo mundo vê a verdade, menos ele.

- é isso mesmo, João, perdoar é uma coisa, ser é otário é outra, e nós machos não podemos nos rebaixar a esse nível. - Afonso fala estufando o peito se achando O conselheiro.

- tenho pena dos seus filhos...- Marcelo fala olhando pra ele com desprezo.

- ihh olha ele, Luisa, falando dos nossos futuros filhos - encaro Afonso com a minha costumeira repreensão no olhar.

Ouço a risadinha de Poliana que até então estava calada, um tempo Record de silêncio.

- o que eu estou querendo dizer... - Marcelo retoma o assunto anterior - é que você tem que mostrar diferença nas suas atitudes - fala para João e depois encara Afonso que entorta a boca.

- hum, aí uma pessoa me joga uma pedra e eu jogo flores? - João pergunta sarcástico deixando Marcelo sem ter o que falar.

- bom, nem sempre as coisas vão ser fáceis, se uma pessoa te jogar uma pedra, mostre que é diferente...- Marcelo aconselha só que dessa vez olhando pra mim, ele está mesmo me mandando indiretas? Logo pra mim?.

- jogue um tijolo - digo em voz alta o que eu pensei recebendo todos os olhares .- quê? Nem todo mundo é igual a você que tem sangue de barata - todos da mesa, exceto ele, gargalham do que falei me deixando com um ar de vencedora.

- prefiro ter sangue de barata do que ser rancoroso, ódio envelhece - Marcelo murmura sem deixar de me encarar com um sorrisinho no rosto, ah se eu pudesse esfolar essa cara no asfalto...

- está me jogando indireta, Marcelo? - questiono com um sorriso debochado - acho bom parar, saiba que o que não falta nessa mesa é faca para jogar na sua cara - digo ameaçadora fazendo as crianças urrarem de animação pela minha atitude atraindo olhares curiosos.

- liga não, Lu, branco rejuvenesce - Afomso fala atraindo a atenção - o que não vai faltar no nosso casamento - explica sorrindo convencido. Sério isso?

Uma Nova Chance Para Amar ( LuCelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora