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                            * Luísa *

     Não faz mais de uma hora que chegamos ao hospital e a primeira coisa que eu fiz foi pedir anestesia , as enfermeiras relutaram muito já que eu estava na reta final , porém eu estava com Cláudia e... Nem preciso explicar o escândalo que ela fez .

Juntando os protestos dela com minha gritaria e o desespero de Joana , rapidamente me deram a anestesia afirmando que era dose única e provavelmente iria aliviar até a hora do parto em si .

Eu estou me sentindo tão plena que poderia está dançando balé agora pelo quarto , nem acredito que minhas palavras não trouxe nenhuma consequência contrária _ pelo menos até agora _ já tirei até um cochilo de uns bons vinte minutos , espero que daqui pra frente seja assim .

- estou com tanta fome que daqui a pouco meu estômago vai perder a utilidade dele de tão fino que vai ficar - resmungo inconformada com essa regra ridícula de só poder comer após o parto . Como vou ter forças para ter essa menina ? .

- tem uma porção de sucos que você pode tomar Luisa , para de ser exagerada - Joana retruca . Aposto que ela já encheu a pança na lanchonete do hospital .

Me sento meio deitada e encaro com dúvida Cláudia que está olhando meio escondida pela fresta da porta .

- o que você fez Cláudia ?- pergunto preocupada e ela toma um susto ao ouvir minha voz tão de repente se dirigindo a ela  .

- porque eu teria feito algo ?- pergunta com um ar nada inocente , observo ela fechar a porta e ir se sentar na poltrona com as mãos na barriga , figindo seriedade _ , algo totalmente inexistente na personalidade dela .

Antes que eu diga algo mais começo a ouvir gritos do lado de fora , o que obviamente fez eu e Joana encarar ela de forma suspeita .

- Cláudia pelo amor , não me diz que é uma intimação para você ser presa - Joana levanta e tenta ir em direção a porta , porém Cláudia barra ela .

- deixem de ser exageradas , é briga no quarto ao lado suas amigas desnaturadas - murmura se fingindo de ofendida .

- você ligou para Marcelo ?- pergunto quando começo a reconhecer uma voz em meio a gritaria . - Cláudia abre a porta .

- não ! .

- Cláudia .

- eu não vou abrir .

- para de fazer birra , a única que pode aqui é Luna e ela nem nasceu - digo indignada e ela revira os olhos . Só elas sabem que eu escolhi esse nome , meio que gostei dele após Marcelo parar de falar toda hora .

- eu não vou abrir .

Logo após suas palavras saírem de forma convicta batidas na porta se faz presente de forma assustadora .

- eu vou estrar e não é você que vai me impedir seu infeliz .... Não quero saber ! É a minha nora que está aí e eu vou entrar , sai da minha frente .... Mãe calma .... Sai Marcelo , eu vou entrar e ponto final ..

Não demora nem mais meio minuto e a porta é praticamente arrombada me dando a visão de três pessoas . Glória , Marcelo e um segurança todo arranhado .

- minha querida - vem em minha direção e me abraça de forma acolhedora , sorrio quando ela deposita vários beijos em minha barriga . - você está bem ? Já lhe deram anestesia ? Sofreu muito né minha filha .. tudo por causa dessa louca !- me bombardeia com perguntas e logo após se vira para Cláudia que está tentando sair de fininho sem ninguém ver .

- bem .. se eu tivesse uma bola de cristal nada disso aconteceria não é mesmo ?- pergunta de forma irônica e glória se aproxima de forma cautelosa , sendo seguida por Joana que prevê uma briga entre as duas .

Uma Nova Chance Para Amar ( LuCelo)Onde histórias criam vida. Descubra agora