Love u - cap 36

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Thaís

Começamos a atravessar o parque para chegar na casa de sucos e eu contei para Murilo sobre a minha suspeita de que era Sávio quem estava mandando as mensagens anônimas.

- Você devia ter me contado antes. - disse Murilo esfregando a mão na testa em sinal de preocupação

- Eu sei, mas não queria estragar as coisas no Guarujá.

- Você não ia estragar, é questão de segurança.

- Mas agora já foi.

- Vem pra minha casa, não acho seguro você ficar sozinha no trailer, ele já tentou invadir uma vez e poderia muito bem fazer.

- Acho que ele não seria tão burro a esse ponto.

- Eu ainda acho mais seguro você ficar aqui, pelo menos essa noite. E os próximos dias. - disse ele com um sorriso malicioso

- Estou começando a achar que isso é desculpa pra ficar o resto do feriado comigo.

- E se for? - disse ele me puxando pela cintura

- Se for, saiba que agora você tem companhia para o resto do feriado.

- Agora eu fiquei feliz. - ele disse me dando um beijo rápido

- Mas eu não trouxe nenhuma roupa.

- Eu prefiro você sem.

Eu comecei a rir e nos beijamos novamente.

- Amanhã eu já vou poder pegar a casa, daí já volto pra lá.

- Você vai gostar de ficar aqui, se vc não gostar eu te deixo ir.

- Tá bom, agora será que podemos entrar? Essa caminhada além de sede, me deu fome.

- Só se for agora.

Nos sentamos e logo um garçom veio nos atender, pedimos lanches junto com os sucos, já que ainda não tínhamos almoçado.
Não muito tempo depois, nossos pedidos chegaram e ficamos ali conversando sobre coisas aleatórias.

- Vai querer o que de janta hoje? - perguntou ele, mexendo no canudo para misturar o suco

- Não sei, você gosta do quê? - perguntei

- Eu gosto de tudo, mas quero comer algo diferente.

- Podemos sair para comer. - falei me levantando para ir embora, ele fez o mesmo

- Eu acho uma boa ideia. - respondeu colocando as mãos no bolso

- Então mais tarde resolvemos isso, temos tempo ainda.

- Tem razão.

Pagamos a conta e começamos a fazer o caminho de volta pelo parque até chegar onde nossos carros estavam.

- Quer passear pelas ruas do centro comigo? - perguntou ele

- Pelas ruas do centro? Não é perigoso?

- O centro de São Paulo está revitalizado. Você mora em que cidade mesmo? - perguntou

- Desculpa, não me acostumei com São Paulo ainda. - Respondi rindo. - O que você sugere? - perguntei

- Mercadão, Estação Luz, Teatro Municipal, Pinacoteca… É só escolher.

- Tem certeza? - perguntei

- O quê? É sério que você não conheceu o centro da cidade desde que chegou?

- Não tinha ninguém para me mostrar nada.

- Então você precisa conhecer o centro de São Paulo. Vem comigo que eu te apresento.

Mesmo sem eu ter aceitado o convite, ele me puxou pela mão. Estávamos na avenida liberdade e começamos a caminhar por ela, acabamos chegando à Praça da Sé, depois paramos para admirar a Catedral da Sé e seus arredores.

- Ela é linda, né? O estilo gótico dá um charme especial a arquitetura da catedral. - disse ele

- Eu não entendo muito de arquitetura, mas é lindo de se ver. - respondi com franqueza

Continuamos por ali até Murilo decidir que agora iríamos para a Paulista.

- E o que tem na Paulista? - perguntei

- Caramba, ninguém te levou para conhecer a cidade mesmo.

- É, além da falta de companhia, eu quase nunca tenho tempo, e quando as meninas me chamam para fazer algo, é sempre nos arredores da firma.

- Mas essa cidade não é feita de shopping apenas, aqui tem tanta coisa bacana e a maioria fica na mesmice.

- Quer saber? Eu gostei da sua ideia. Vamos ver o que a Paulista tem a nos mostrar.

- É assim que eu gosto. - disse ele abrindo um largo sorriso

Nós pegamos um metrô na estação da Sé e descemos na estação Brigadeiro. Começamos a caminhar sem destino, observando o movimento e as pessoas, procurando algo interessante para fazer.

- Alguma sugestão? Um lugar específico? - perguntou ele

- Hum, tem que ter um lugar? - perguntei

- Acho que não.

- Bom, para mim, caminhar parece agradável.

- Para mim também.

Apesar de termos nos aproximado nos últimos dias, ele caminhava com as mãos no bolso e eu segurando minha bolsa. Me surpreendi ao perceber que estava adorando este passeio pela Paulista.

Entramos em uma livraria, eu sem nenhuma intenção de comprar nada, mas acabamos saindo de lá com duas sacolas. Andamos mais um pouco e resolvemos parar para tomar café. Eu estava amando conhecer cada cantinho dessa cidade ao lado dele.

Como já estava anoitecendo, nós resolvemos voltar para a casa dele e jantar.

Murilo começou a preparar a janta e eu fui para o banheiro tomar um banho, eu realmente estava precisando. Como eu não tinha roupa, ele me emprestou uma camisa que ficou como um vestido, mas não liguei. Me lembrei que não tínhamos nos prevenido ontem e procurei por uma pílula do dia seguinte que eu sempre deixava na minha bolsa, por sorte ela estava lá e eu a tomei.

Saí do banheiro e Murilo estava na bancada fatiando um tomate e eu fiquei na ponta dos pés o abraçando por trás.

- Você não tem noção do quanto eu amo quando cê faz isso. - disse ele se virando de frente pra mim

- E eu amo você. - falei me recordando das palavras que ele tinha me dito no Guarujá, eu não havia pegado no sono completamente, eu ouvi tudo, só que fiquei sem reação

- O quê? Está certo isso produção? Não posso acreditar no que acabei de ouvir.

- Bobo, eu ouvi o que você disse aquela noite, pouco antes de eu pegar no sono.

- E eu repetiria mais mil vezes.
 
Nós rimos e nos beijamos mais uma vez. Ele não quis ajuda para terminar a janta e eu sentei em um banco no balcão observando ele cozinhar enquanto tomava o vinho que nós trouxemos da casa da praia.

Lembrei que precisava me explicar aos fãs a respeito do meu casamento, pedi licença a ele e abri meu Instagram, comecei a falar toda a verdade nos stories, e eu sabia que estava fazendo a coisa certa.

Lying CoupleOnde histórias criam vida. Descubra agora