Não me larga não - cap 35

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Thaís

Acordei e percebi que ainda estava em cima do Murilo, e ainda estávamos conectados. Levantei bem devagar para não acordá-lo e caminhei até o banheiro, logo senti um pequeno ardor entre as pernas e lembrei da nossa noite... Poxa, que noite e não era pra menos, né? Fiz minhas higienes e quando estava voltando pra cama, percebi que ele já tinha acordado e estava me olhando de cima para baixo. Sim, eu ainda estava nua.

- Bom dia! - eu disse meio sem jeito, me deitando ao lado dele

- Logo com essa vista, é um ótimo dia.

- Seu bobo - dei um tapa de leve no peitoral dele, e ele me puxou para cima dele

- Ai! - senti o ardor um pouco mais forte por causa do movimento brusco

- O que houve?

- Nada demais, já já passa.

- Thaís, não começa, o que foi?

- Só tá ardendo um pouco, mas é normal depois da noite que tivemos.

Ele não falou mais nada. Me tirou de cima dele, levantou e foi em direção ao banheiro. Confesso que não entendi nada e fiquei olhando para ver o que ele ia fazer.

- Abre as pernas!

- Quê? Cê tá louco? Eu falo que tá ardendo e você já quer de novo?

- Abre logo as pernas ou eu vou abrir. - ele falou num tom sapeca e mostrou duas toalhas, uma em cada mão

- Pra quê isso?

- Ô meu Deus do céu, quanta pergunta. Só abre as pernas, Thaís.

Me dei por vencida e abri. Ele pegou uma toalha e passou entre as minhas pernas, bem devagar, e pude sentir que essa está gelada. Ele esperou uns segundos e pegou a outra que estava morna, logo ele a colocou na minha parte íntima, pressionou e a deixou lá. Confesso que senti um grande alívio porque foi parando de arder. Do jeito que ele estava, deitou a cabeça no canto da minha barriga, apoiando a cabeça numa parte da toalha e no começo da minha perna e ficou me olhando.

- O que foi? - comecei a mexer no cabelo dele

- Nada não.

- Lógico que tem alguma coisa, fala logo.

- É que eu ainda não acredito que estamos assim, muito menos na noite anterior.

- Vixe, foi tão ruim que você nem acredita?

- Claro que não, sua boba. - ele subiu e me olhou nos olhos - Foi a melhor noite da minha vida.

Eu fiquei sem reação porque aqueles olhos negros me prendem de uma forma inexplicável e, ao mesmo tempo, me dão liberdade para ser eu mesma. Ele sempre sabe o que dizer, e como dizer.

- Nós estamos ligados de uma maneira que eu não consigo compreender. - eu disse fixando o olhar no dele

- Agora você me deixou sem palavras.

- Ao menos uma vez, não é possível.

- Agora a boba é você, sabe que não precisa. - ele me deu um beijo demorado, carinhoso e logo voltou para a posição de antes

- Gostou de ficar aí, né?

- Adorei. Ótima visão e é confortável. - nós dois começamos a rir e nos demos conta da sensação de que nos conhecemos há muito tempo, que nós apenas nos "reencontramos". Bom, não sei se foi sorte, ou destino, ou as forças do além, ou Deus mesmo, mas obrigada a quem for por tê-lo colocado em minha vida.

Ficamos conversando por mais um tempo naquela posição e, com os meus carinhos, ele adormeceu ali mesmo e eu adormeci pouco tempo depois.

Quando eu acordei, ele não estava mais lá. Olhei no relógio e marcava 12h, quando eu escutei um barulho vindo do chuveiro, levantei e fui até lá, abri a porta e ele estava tomando banho. Fiquei um tempo só observando aquela imagem na minha frente, dava pra ver perfeitamente porque o box é transparente. Que homem, meu Deus. Eu estava perdida em pensamentos e quando me dei conta, ele estava na minha frente me encarando.

- Gostou da visão, baby? - ele falou se exibindo

- É, até que dá pro gasto.

- Ah, então é assim!? - ele se aproximou e eu recuei, encostando as costas na parede

Eu até tentei responder, mas ele não deixou e me atacou num beijo feroz e, por incrível que pareça, cheio de saudade. Ele colou nossos corpos, me puxou e me colocou em cima da pia. Enrolei minhas pernas na cintura dele e nossas intimidades se encostaram, fazendo os dois gemerem de desejo. Quando o negócio tava ficando melhor, ele para.

- O que foi? - perguntei claramente sem entender nada

- Você me falou há pouco tempo que tá doendo, se fizermos agora, vai doer mais e eu não quero te machucar. Vem, desce daí. - ele nem deixou eu protestar ou falar alguma coisa, já foi logo me puxando, colou nossas cinturas, me segurou pela bunda e nos colocou embaixo do chuveiro. Ele me atiça de todas as formas e depois me põe embaixo do chuveiro - Mas banho nós podemos tomar juntos.

- Idiota! - envolvi meus braços no pescoço dele, ele me apertou ainda mais e eu o beijei.

Nós tínhamos que voltar para São Paulo, então agilizamos no banho, pegamos nossas coisas e fomos embora.

Já estávamos novamente no estacionamento onde o Murilo havia deixado o carro, e mesmo que estivéssemos indo para o mesmo lugar, não queríamos nos desgrudar, mesmo indo para o mesmo lugar.

- Eu tenho uma ideia. - disse Murilo

- Qual? - perguntei

- Quer tomar um suco? - perguntou ele, que riu ao ver minha expressão após ouvir a pergunta

- O que você está aprontando? - perguntei

- Nada, só quero passar mais um tempo com você. - respondeu

- Então vamos, eu preciso falar com você sobre um assunto delicado e tem que ser em um lugar mais calmo.

- Que assunto? - perguntou ele, fazendo uma expressão confusa e preocupada

- Não é nada sério, vamos indo que depois eu te falo.

- Tem uma casa de sucos do outro lado desse parque, nós vamos atravessá-lo e você me conta.

- Tudo bem.

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