Amor ou paixão?

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                 Archie Andrews

Jughead está aflito e nervoso. Ele pega Emma e sussurra algo com ela.

A ligação entre os dois é muito forte, nunca vi nada parecido. São duas pessoas que são inseparáveis sendo constantemente separados.

Pego a Verônica no colo, que está tão branca como uma folha de papel. O ar ali dentro realmente é muito pesado.

Do lado de fora do prédio tem duas ambulâncias uma para a Emma e outra para Verônica.

Uma enfermeira logo acena pra mim. Deito cuidadosamente a Verônica na maca. Logo a porta de trás é fechada.

— Eu preciso ver a minha namorada!

— Archie? Por favor, fica. — Diz Verônica segurando uma das minhas mãos. Seus olhos se fecham lentamente.

  No caminho do hospital, mil coisas passam na minha cabeça.

Quando chegamos, Verônica é levada para uma das salas do hospital para ser atendida.

Tento ligar para o Jughead, e nada. FP também não atende.

Ligo para os pais da Verônica, para que eles possam vir ao hospital. Sento em uma das cadeiras da sala de espera e começo a refletir.

Jughead olha para Emma de um jeito que nunca olhou para ninguém. O sorriso, as trocas de olhares. O jeito como um cuida do outro, as vezes acho que eles se amam, só não sabem ainda.

Meu deus, que pensamentos são esses? Jughead ama Betty e está com ela há muito tempo. E agora a Emma está comigo. Não seria possível umas coisas dessas.

Eu acho que isso pode ser ciúmes.

Os pais da Veronica logo chegam com seus seguranças.

— Olá, Archie. O que aconteceu? E a Verônica? — Diz a mãe da Verônica com desespero na voz.

— Ela entrou naquela sala. — Aponto.

Ela mal me espera terminar a frase e vai para sala juntamente com seu marido.

Vou em direção a uma enfermeira e pergunto:

— A senhora sabe se uma moça chamada Emma Morgenstern deu entrada nesse hospital?

— A outra moça do acidente da escola?

—Sim.

— A situação dela é grave, e aqui não temos muito suporte para casos tão delicados assim. Ela foi pro hospital de Greendale.

— Sabe me dizer onde tem um ponto de ônibus?

— Essas horas não passa nem bêbado na rua. É melhor ir para casa, senhor, e esperar por notícias amanhã.

— Obrigado.

A enfermeira balança a cabeça e vai embora.

— Archie?

Me viro pra ver quem está me chamando.

— Xerife Keller?

— Eu vim assim que soube do atentado na escola de Riverdale. Sabe me dizer alguma coisa?

— Era muita fumaça, Senhor Keller. Só vi correria. Mas como o senhor sabe que foi um atentado? — Pergunto incrédulo

— Acharam resíduos que causam fumaça tóxica próximo a saída de emergência, perto do banheiro masculino. Estamos investigando ainda. E você, o que faz aqui?

— Eu estava de acompanhante com a Veronica.

— Pensei que você estava namorando a filha do delegado, qual o nome dela? Emma?

— Mas estou, eu acho.

— Vocês, jovens! — Ele pega suas chaves. — Estou indo para Riverdale, quer uma carona?

— Claro, senhor Keller.

— Pensei que você amava Verônica. Talvez ainda ame.

— Claro que não, o que ela fez não tem perdão.

— As pessoas cometem erros o tempo todo.

— Isso não foi um erro, foi uma escolha.

— Como tem tanta certeza que não a ama mais? Talvez você esteja magoado pelas coisas que ela fez, mas o amor, meu caro, ele é fogo. Não esquecemos assim tão rápido.

— Eu estou com a Emma agora. É o que importa.

— Uma vez me disseram que você encontraria o amor da sua vida e o grande amor da sua vida. O amor da sua vida seria aquele 99%. O seu grande amor 100%. Pense nisso Archie. Talvez a Emma não seja o seu 100%.

Desde então não há mais conversa até minha casa.

— Boa noite, Archie.

— Boa noite, Xerife.

Com o carro ainda ligado, ele vai embora.

— Olá, meu filho. Está tudo bem? — Diz meu Pai entre a porta e a varanda.

— Eu não sei.

— E por causa da Emma? Ela irá ficar bem.

— Não é só isso. É que eu não sei se realmente amo a Emma, ou quem amo.

— Você está chateado, bravo com a Veronica. Não significa que você deixou de amar ela, meu filho.

— Mas a Emma, ela é incrível. Ela me faz me sentir nas nuvens. Ela é diferente.

— Ela é como a Veronica. —Meu pai sorri. —Eu acho que isso foi só um... Como vocês dizem?

— Um lance?

— É, meu filho. E se você tem dúvidas assim, é porque talvez você ainda ame a Veronica. Não é justo com a Emma. Precisa conversar com ela.

Meu pai me abraça e entramos pra casa.

Só uma pessoa poderia me ajudar, Betty Cooper.

Subo para o meu quarto e ligo para a Betty.

— O que foi, Archie?

— Preciso conversar com alguém. Está em casa já?

— Sim, estou. Vou abrir a janela.

Desligo o celular e vou em direção a casa da Betty, subo a escada e entro no quarto dela.

— Então? — Diz Betty sentada na cama com uma almofada no colo.

— Como você sabe que é do Jughead que você gosta?

— Não estou entendendo, Archie.

— Eu estou confuso e comecei a me questionar sobre quem eu realmente quero ficar, será que já esqueci a Veronica? Será que eu realmente gosto e quero ficar com a Emma?

— Só o tempo vai dizer. Dá um tempo das duas e vê qual você sente mais falta, qual não sai da sua cabeça.

Um tempo, é disso que eu preciso.

Tutupoooooooom girassóis? Eu sei que não é justo sumir assim. Espero que entendam, prometo tentar não desistir.
Ate breve eu espero.

Riverdale: Nova EraOnde histórias criam vida. Descubra agora