Heróis deveriam ter vida eterna

401 154 30
                                    

Então meus girrasois ? Estão gostando? Comente, vote e me perdoe pelos erros ortográficos .

Emma Morgenstern


Não é possível que esse será meu fim. Eu me encontro com os movimentos do meu corpo todos paralisados, meus olhos não se abrem mais.

Tento me manter firme, porque eu preciso viver. Tenho uma família lá fora, pessoas que eu amo.

Consigo ouvir uma porta se abrir, abro meu olho o máximo que consigo e vejo duas figuras. Ou melhor, meus heróis entrando pela porta.

— Elas estão ali. — Escuto em coral, Archie e Jughead.

Sinto uma mão me segurado e logo me erguendo no colo. Esse cheiro inconfundível, esse peitoral não muito musculoso. Jughead, meu herói.

Uma pequena lembrança me vem à memória: Quando crianças, adorávamos ir em um lago perto da casa dos meus avós paternos.
Íamos escondidos, o lago sempre foi muito perigoso e já teve muitas mortes nele por afogamento, sendo assim, ninguém deixava a gente ir. Mas éramos rebeldes. Talvez sejamos ainda.

O lago era lindo, suas águas cristalinas.

Existiam umas rochas na beira, te guiando para o fundo daquele imenso lago.
Eu estava totalmente hipnotizada pela imensidão. Quando me dei conta, a água já estava no meu pescoço. A força da água era muito forte. Eu não conseguia mais voltar.

Tentava com todas as forças voltar, mas a água me levava para mais longe.

Meu corpo simplesmente desistiu e afundou. Uma, duas, três vezes.

Meu pulmão já não conseguia produzir ar suficiente.

Na quarta vez, meus sentidos foram se perdendo até que Jughead me pegou e me levou para a superfície e logo para as rochas.

- Você está maluca, Emma? Você quase morreu.

Eu estava tremendo e tossindo muito, mas eu podia ver, nos olhos de Jughead, o medo absurdo que ele tinha de me perder.

- Você me salvou! Devo te chamar de meu herói ou meu anjo da guarda?

- Você sabe que sempre vou te salvar e te proteger.

Aperto com minhas últimas forças o ombro do Jughead e sorrio ao lembrar que não importa o tempo que passe e o quanto as coisas possam mudar, ele sempre será a pessoa destinada a me salvar.

— Vai ficar tudo bem, Emm! Eu estou aqui por você e sempre vou estar.

A voz do Jughead parece um sussurro, mas é o bastante para me acalmar.

—Veronica... — Falo com minhas últimas forças.

— Está tudo bem agora, Emm. Archie a pegou.

Archie leva Verônica para outra ambulância. As portas de trás são fechadas e, logo em seguida, a ambulância dá partida com a sirene ligada.

Então sinto meu corpo mais leve, minha respiração mais forte. Mal percebo que saímos do prédio e estamos dentro de uma ambulância também.

— Estou aqui, Emma. — Sinto as mãos do Jughead segurando as minhas.

— O coração dela está parando, a respiração só está funcionando por causa dos aparelhos. —Diz uma voz totalmente estranha.

— Vamos perder ela desse jeito! — diz outra voz.

— O que? Como assim perder ela? — Diz Jughead.

— Ela ficou muito tempo lá dentro, seu corpo não está resistindo.

— O quê? Eu acho bom você dar um jeito, se não o próximo coração a parar de bater será o seu! — Grita Jughead.

— Acho melhor eu acompanhar ela. Betty, pode levar ele pro hospital? —Diz FP, tentando acalmar o filho.

— Ela é minha filha! — Grita a voz que logo identifico ser da minha mãe.

— Então agora você é mãe? — Questiona Jughead.

Gritaria, xingamentos e até mesmo algumas verdades são jogadas na mesa.

— Acho melhor todos vocês irem por si próprios e lá no hospital vocês esperarem por mais notícias. —Diz o enfermeiro, que logo faz uma espécie de ruído provavelmente fechando a porta de trás da ambulância.

Sinto que minha pressão está abaixando cada vez mais.

— Consegue me ouvir? —Sinto uma mão mexer no tubo de respiração.

— S-Sim. — Minha voz sai falha.

— Você precisa continuar acordada.

Meus olhos estão ficando pesados, tudo está embaçado e multiplicado.

— Você consegue contar de um a dez?

O enfermeiro parece preocupado, seu semblante demonstra cansaço e muita preocupação.

Ele me cutuca.

— Consegue me ouvir?

— S-sim.

— Então conte sem parar.

— Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete...

— Ei? Ei?

Minha visão começa a escurecer, a voz do enfermeiro cada vez mais longe.

E a última coisa que eu consigo ouvir é: Ela está instável, seus batimentos estão caindo muito rápido.

Riverdale: Nova EraOnde histórias criam vida. Descubra agora