Riverdale: Nova Era

O destino às vezes nos mostra o caminho

Os dias seguintes passam com muita tranquilidade até eu me lembrar que o aniversário do FP está perto.

Na sexta agora FP ficará mais velho, sua idade é um mistério.

Após um dia cansativo com treino e algumas aulas no mesmo recinto que Verônica Lodge, meu corpo grita por milk-shake do Pop's.

No caminho para o Pop's encontro Jughead e Betty. Eles são o casal mais clichê de toda história da minha vida.

Tento caminhar mais rapidamente para não ser percebida por ambos.

— Emm? — Diz Jughead

O que literalmente dá totalmente errado.

— Oiê. — Digo simpática.

— Queria mesmo falar com você, Betty deu uma brilhante ideia. —Diz Jughead, encostando o dedo na ponta do nariz de Betty.

— Deixa eu adivinhar, uma festa surpresa pro FP?

Sorrimos ao mesmo tempo.

— Os Serpentes estão animados, até o pai do Archie que participar. E por incrível que pareça, a mãe da Betty também.

Em águas passadas, rolaram boatos de FP e senhora Cooper. Isso seria uma grande reviravolta do destino.

— Está tudo bem, Emma? — Diz Jughead, me tirando dos meus pensamentos.

— Está sim, estou um pouco dispersa hoje.

Hoje o dia está ruim, está faltando alguma coisa. Como se eu tivesse perdido ou sentindo falta de alguma coisa, mas não conseguisse me lembrar.

— Archie falou de você a manhã toda. Talvez devesse ir lá hoje. Senhor Andrews disse que você é incrível e já até falou de você pra mãe do Archie. — Diz Betty.

Ao ouvir o nome do Archie, minhas borboletas do estômago se agitam.

Talvez seja disso que eu esteja precisando: Archie Andrews.

— Talvez eu vá.

— Nós já vamos. Falamos sobre o aniversário do meu pai durante a semana. — Diz Jughead, acenando pra mim junto com Betty em sinal de despedida.

Continuo meu caminho para o Pop's.

Pop's está vazio. Fazer refeições sozinha é um saco, penso, olhando o Pop preparando meu lanche.

— Pop, tem como aumentar a porção de tudo?

— Claro, querida.

Quando fica pronto os lanches, caminho em direção a casa de Archie.

Ainda um pouco longe da casa dos Andrews, um cachorro enorme, cheio de lama, vem correndo na minha direção.

É lama, lambida para todos os lados. Fico me perguntando de onde esse cachorro saiu, até que observo sua coleira escrito: Vegas é meu nome, pertenço a família Andrews.

— O que está fazendo aqui, hein, garotão?

Provavelmente deve ter fugido.

— Vamos, Vegas. Os Andrews devem estar morrendo de preocupação.

Ele me dá uma lambida, que logo suponho que ele esteja concordando comigo.

O caminho foi bem difícil, em uma mão estão as fritas e milk-shake, na outra Vegas, que joga sua baba e lama para todos os lados.

Perco as contas de quantas vezes Vegas sai me puxando pela rua afora. Começo a me questionar: será que eu estou levando Vegas a casa dos Andrews, ou será o Vegas quem está me levando?

Na sacada da casa está o senhor Andrews, preocupado, provavelmente com o Vegas.

No meio da rua feito um louco está Archie, gritando pelo nome do Vegas.

Vegas, quando escuta a voz de seu dono, me puxa com toda força para irmos o mais rápido possível ao encontro de Archie.

— Onde você estava, hein, garoto? — Pergunta Archie, levantando os olhos para mim. — Minha conta com você cresce cada vez mais, Emma.

— Eu estava passando por aí, quando vi o Vegas. Ou melhor, quando o Vegas me viu.

— Que bom que ele te viu. — Diz Archie, pegando a coleira do Vegas da minha mão.

Fico imaginando se isso foi um flerte.

Alguns minutos de silêncio predominam.

— Eu acho que minha missão hoje foi cumprida. – Digo, afagando o Vegas.

— Vamos entrar, Emma?

— Não, eu preciso ir.

— Então quer dizer que nossa heroína realmente precisa ir? — Senhor Andrews comenta, fazendo biquinho.

— Tudo bem, então.

Subimos para a casa de Archie. Na trajetória, dou um abraço no senhor Andrews.

— Eu comprei algumas fritas e milk-shake do Pop's. Escolhi os mesmos que você tomou aquele dia, Archie.

Sorrimos enquanto Archie pega o pacote para servir a gente.

Senhor Andrews ainda está mancando, mas nada tira seu sorriso do rosto.

— Meu Deus! Chocolate? Como sabia, Emma? Às vezes, me pergunto se existem anjos, aí me vem Emma Morgenstern. — Diz o senhor Andrews.

Timidamente, dou um sorriso.

Vegas sobe em cima do sofá, levando lama para todos os cantos.

— Vegas! — Os Andrews dizem em uníssono.

— Você vai ter que dar banho nele, Archie.

— Mas, pai, ele não gosta de tomar banho frio. E precisaria de umas vinte pessoas para segurar ele. — Rebate Archie.

— Pode dar banho nele no chuveiro, eu te ajudo, se quiser.

— Viu, Archie? Para tudo tem um jeito. — Diz o senhor Andrews, caminhando para a sala.

— Você vai ter que me ajudar agora, senhora Morgenstern. — Diz Archie tentando pegar o Vegas no colo.

Vegas não parece muito satisfeito no colo do Archie, subindo as escadas. Ele me lança um olhar de piedade por cima dos ombros do seu dono.

— Liga o chuveiro, Emma, por favor.

Ligo o chuveiro e controlo a temperatura.

— Agora é a parte difícil.

Eu fico de um lado do box, segurando a cabeça de Vegas, Archie do outro, tampando a entrada.

— Está quietinho assim por causa da Emma, né, Vegas? — Archie lança um olhar desconfiado para Vegas.

Vegas abana o rabo, molhando nós dois.

— É, amigão, eu te entendo. Eu também ficaria quietinho se Emma Morgenstern me desse banho.

Sinto minhas bochechas corar no mesmo instante em que Archie se aproxima.

Nesse momento, parece que iremos nos beijar loucamente. Até que Vegas levanta a cabeça, fazendo Archie bater seus lábios na cabeça do cachorro.

E aí gente? Desculpa a demora rs.
Quando bater 20 estrelinhas eu posto o próximo capítulo!