Riverdale: Nova Era

Pela manhã

Acordo com batidas na porta. O sol está invadindo o quarto pelas gretas da janela, onde a cortina não tampa.

Com essa observação, logo percebo que não estou em casa, que essa não é minha cortina, muito menos meu quarto.

— Archie?

O senhor Andrews chama pelo Archie, dando batidas na porta.

Archie abre um olho com muita preguiça, sem entender muito bem toda situação.

Levanto da cama em um pulo e percebo que minhas roupas estão jogadas pelo quarto. Pego tudo na maior rapidez que consigo.

Olho para os lados, tentando achar um lugar para me esconder. Archie está com um ponto de interrogação no rosto.

— Oi, Pai. Espera aí. Já estou indo.

Entro dentro do guarda roupa do Archie no mesmo instante em que a porta se abre.

— Bom dia, pai.

— Bom dia, Archie. Eu queria falar com você. Você sabe. — Senhor Andrews diz, timidamente.

— Claro, pai. O que quer conversar?

— Você. Puberdade. Entende? Se proteger.

— Claro, pai. Sempre. —Archie diz com convicção na voz.

— Então está bem.

— É, pai.

— E a Emma? Gosto dela. Inteligente, esperta, bonita e não é mafiosa.

— Estamos bem, eu acho. Estamos quase namorando.

Namorando? Oi?

— Isso foi mais rápido do que eu pensei. Sendo assim, eu vou buscar sua mãe hoje. Amanhã, provavelmente, estaremos aqui de manhã. Chama a Emma para a gente almoçar juntos e sua mãe conhece-la. Eu diria até que sua mãe gostará dela.

— A questão é, quem não gosta de Emma Morgenstern, pai?

— Então é isso. Tenha um bom dia, filho.

— Bom dia, pai.

Eles se despedem e o pai de Archie sai pela porta.

Archie se aproxima do guarda roupa e o abre.

— Acho que você tem um almoço amanhã. — Ele diz, sorridente.

— Será que eu ouvi direito? Quase namorando?

— Não estamos?

— Não sei...

Ele me puxa para perto dele, me dando um beijo.

— Está com fome?

— Eu sou Emma Morgenstern, claro que estou com fome.

Rimos.

— Eu vou fazer café, então. — Ele pega uma blusa qualquer e sai do quarto.

Eu pego uma camisa aleatória dele e a visto. Vou ao banheiro, faço minha higiene e, ao abrir a porta, vejo Vegas balançado o rabo.

— Bom dia, garotão. — Digo, afagando suas orelhas.

Escuto a voz de Cheryl, Jughead e Betty no andar de baixo.

— Eu sei que ela está aqui, Archie. — Grita Cheryl, passando por Archie na porta e subindo a escada.

— Eu nunca disse que não estava.

— Imaginável, Archie. Você fazendo café?! — Jughead protesta. — Para mim você nunca fez café.

— Ele já fez café para mim, no meu aniversário de quinze anos. E era horrível. —Diz Betty.

Gargalhadas tomam conta do lugar.

— Bom dia, Emm. — Diz Cheryl, se encontrando comigo no topo da escada e me abraçando.

— Bom dia, ruivinha.

— Meu Deus! O cheiro do Archie se impregnou em você, Emma.

— Eu gosto do cheiro do Archie.

— Vamos tomar café.

Jughead tira o futuro café das mãos de Archie e começa a fazê-lo.

Betty está passando a manteiga nos pães.

— Como sabiam que eu estava aqui?

— Instinto de melhor amiga (o). — Diz Jughead e Cheryl juntos.

— Agora repete o que eu falo, Jughead? — Diz Cheryl.

— Não tenho culpa se você acha que é a melhor amiga da Emma.

— Meu Deus! Será que vocês não conseguem passar uma única manhã em paz? Sem implicância?

Archie dá um sorriso, puxando o de todo mundo.

— Você fica bem bonitinha irritada. — Ele diz como um sussurro.

— Então, preparados para serem Rei e Rainha da escola Riverdale? — Pergunta Betty.

Não se esqueçam dos votos