V, de Veronica

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Os bombeiros começam a montar uma estratégia para entrar no prédio.

— O quê? Já perderam muito tempo aqui fora. Precisam ir lá dentro ajuda-la. – Digo, com desespero na voz.

— Estamos fazendo o possível, senhorita Morgenstern.

Ela não merece isso, alguém precisa fazer alguma coisa.

Sem que eu possa perceber, meu corpo toma a decisão. Meus pés saem dos saltos, e num piscar de olhos, sinto cada átomo do meu corpo determinado a salvar Veronica Lodge.

Passo pela primeira barreira de bombeiros, estou a poucos metros da entrada.

Posso ouvir Jughead gritar, me viro e vejo Cheryl sendo segurada por Toni.

Então eu simplesmente começo a correr, diminuindo a distância entre a entrada e o salão, predestinada a salvar uma Lodge.

A fumaça já tomou conta de tudo. Meus olhos ardem e a pele queima cada vez mais.

Olho para cada lugar do salão e, então, me lembro que Verônica tinha ido para o banheiro na hora da coroação.

Corri o mais depressa que posso, tentando não ser vencida pela fumaça.

— Veronica? Você tá aí?

Tento abrir a porta do banheiro, que está trancada por dentro.

— Eu estou aqui dentro. Não consigo abrir a porta.

É a voz dela, eu preciso ajudá-la.

Empurro a porta e nada, a fumaça já está dominando meu pulmão. Sinto minhas pernas enfraquecerem. Então, seria esse o fim?

Não, não é assim.

Firmo as pernas novamente e logo avisto um ferro.

— Você está aí?

— Sim, eu estou, Veronica. Afaste-se da porta.

A porta é de madeira, velha, logo cederá.

E em duas forçadas, é o que acontece. Veronica está mais branca que o normal, algumas partes do corpo estão em carne viva.

Seus olhos não acreditam no que está vendo.

— Consegue se levantar?

Ela faz um esforço em vão. Passo um braço por debaixo de sua axila e outro firmo sua mão.

— Vamos conseguir.

Mal estou aguentando meu corpo e agora terei que aguentar dois. A saída parece cada vez mais longe e meu corpo já não está mais respondendo.

— Não precisa continuar com isso, Emma.

— O quê? Claro que preciso. Vai dá certo! Um passo de cada vez, Veronica.

— Se não for sem mim, morrerá aqui, comigo.

— Olha, tenho certeza que não é bem assim que vou morrer.

Ela dá um sorriso cansado.

— O corredor está na nossa frente.

— Essa fumaça é altamente tóxica. Logo vai perder seus movimentos, assim como eu.

— Não diga bobeiras.

— Se você sentir uma leve dormência, significa que seu corpo não vai suportar muito tempo.

— Que diabos está falando, Veronica?

Começo a andar mais depressa, já está dando para ouvir as pessoas do lado de fora.

— Está ouvindo, Lodge?

Olho para ela, que está praticamente desmaiada. Seu corpo está mole. Passo o polegar e aperto seu pulso, suas batidas do coração estão ficando cada vez mais devagar.

— Veronica? Vamos, reaja! Estamos quase chegando. Seja forte, Veronica!

A alguns centímetros de alcançar a porta, sinto meu corpo amolecer, a famosa dormência que ela tinha falado. Veronica vai ficando mais pesada, minhas vistas embaralhadas. Tento me apoiar na parede, mas meus joelhos estão dobrando no chão contra minha vontade. Eu tento encontrar forças, tento arrastar nossos corpos pelo chão, mas é em vão.

Sinto a dormência por todo meu corpo, minhas vistas já estão tão pesadas que mal consigo abrir os olhos.

Então o inevitável acontece, o óbvio, sinto minhas pálpebras fecharem e o desespero tomando conta. Aperto a mão da Veronica, tentando procurar amparo ou, até mesmo, alguma reação dela.






Oi tutupooooom girassóis? Que barra né ? E agora gente ? Quando bater 55 visualizações e 27 votos eu volto.
Beijinhos girassóis 💙

Riverdale: Nova EraOnde histórias criam vida. Descubra agora