Capítulo 20

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Pov. William

Estou indo em direção a um encontro de negócios que havia sido marcado para hoje de manhã. Sinto como se algo de ruim estivesse a ponto de acontecer. O problema é que não sei o que ou quem seria o causador disso. Hoje eu só tenho que conversar com alguns clientes, mas não era nada urgente. Por esse motivo só vamos Edward e eu. Por isso decidi voltar para casa e depois ligaremos para eles e marcaremos um novo encontro. Ele assentiu e voltamos.

Quando entramos em casa, eu congelei no lugar. Alice está chorando nos braços de Lara, a sua roupa está rasgada, o seu cabelo esta bagunçado. Mas o que mais me chama atenção é Max estirado no chão inconsciente. Começo a me aproximar e escuto falarem.

- "Patroa reaja..." - Lara diz. Eu me aproximo dela e vejo Alice desmaiada.

- "Lara, o que aconteceu?" - eu digo enquanto pego Alice em meus braços.

- "Ah patrão...uma coisa horrível." - ela me diz.

Vejo que Alice tem a sua bochecha vermelha e o início do seu maxilar está ganhando uma cor violeta.

- "Lara, me diz." - eu grunhi.

- "Esse senhor veio te procurar, mas como você não estava, a patroa veio atendê-lo. Depois de um tempo escutei ela me chamando. Vim o mais rápido possível para a sala mas antes de entrar escutei como se alguém tivesse levando um tapa e quando entrei, ele estava encurralando a patroa contra a parede e pelo o que eu pude ver a sua mão estava indo para as suas partes íntimas..."

- "O que?"

Isso não pode está acontecendo.

- "Por essa razão eu bati nele com o rolo de macarrão. Patrão, eu não duvidei, se eu não fizesse nada, o mais provável é que ele teria violentado ela." - Lara me diz a ponto de chorar.

- "Lara, tranquila." - eu digo. - "Edward busca o chefe de polícia e peça para ele vir o mais rápido possível para a fazenda. Não diga o que está acontecendo, só que ele venha para a fazenda rapidamente." - digo e ele assentiu com a cabeça e saiu sem dizer nenhuma palavra.

Levo Alice para o meu quarto. Ela está mais pálida e a cada segundo o hematoma em seu rosto está ficando mais escuro.

Vou até o seu quarto e busco algo para trocar a sua roupa, mas não encontro nada além do pijama sexy que normalmente ela usa para dormir.

Volto para o meu quarto e pego uma das minhas camisas. Começo a tirar a sua roupa, deixando somente as suas roupas íntimas. Descubrí que em suas costas também há um hematoma e seu abdômen tem alguns arranhões. Solto um grunhido por causa da frustração por não ter estado aqui para protegê-la.

Coloco a minha camiseta nela, que ficou um pouco abaixo das suas coxas. Não sei se devo acordá-la ou devo deixá-la descansar, já que quando ela acordar, ela lembrará do que aconteceu e sei que ela não ficará nada bem.

Oh maldição, tento evitar que ela tenha más lembranças e olha o que aconteceu. Eu bufo frustrado.

Desço as escadas e encontro o chefe de polícia, seu braço direito e o pai de Alice. Mas que merda Evan faz aqui?

- "Boa tarde senhor Lawford, para que fomos chamados até aqui?" - o oficial Barreto pergunta.

- "Boa tarde oficial Barreto, Lucas e Evan..."

- "Onde está Alice?" - Evan pergunta.

- "Está descansando."

- "O que está acontecendo?" - Lucas pergunta.

- "Quero fazer uma denuncia."

- "Contra quem e porque?"

- "Contra Max Aguilar, por tentativa de estrupo contra a minha esposa."

- "O que?" - vejo Evan apertar suas mãos em forma de punhos e vi os nós ficarem brancos por causa da pressão.

- "Foi o que escutaram."

- "Onde está o acusado?" - Lucas pergunta.

- "Está na sala."

O oficial indica com a cabeça para que eu o guie. Entramos na sala e vejo Max acordando. Eu o fulmino com o olhar, tenho vontade de tirar toda a merda dele, mas sei que isso iria piorar as coisas.

Mas em um abrir e fechar de olhos, vejo Evan o pegando pelo pescoço e o jogando contra a parede. O estúpido do Max se queixa, mas não vou fazer nada para parar Evan, ele merece isso e muito mais por ser um filho da puta desgraçado.

- "Senhor Hawley por favor, pare. Não manche suas mais com sangue imundo." - o oficial Barreto diz.

Como? Por acaso eles sabem de alguma coisa que eu não sei? Evan o solta relutante e elecai no chão, soltando um gemido de dor.

- "Esse sujeito fez mal a Alice e tenho fortes suspeitas de que ele possa ter feito algo também com Aline." - Evan diz em um grunhido.

- "Do que você está falando?"

- "De que a minha irmã e seu amigo são amantes. Ele me confessou que estava com a minha irmã há muito tempo. Por ser tão ambiciosa, Aline se envolveu com você mas também continuava se encontrando com ele, ela poderia ter se casado com você mas com certeza faria da sua vida miserável, mas isso não aconteceu." - Aline disse descendo as escadas.

- "E porque você só está dizendo isso agora?" - eu grunhi.

- "Porque depois que eu desmaiei começar a chegar diferentes imagem das coisas que minha irmã fez e sobre o casamento que não aconteceu." - ela disse.

- "Foi a mesma conclusão que eu cheguei. Por isso comecei uma investigação pessoal. O oficial Barreto pode confirmar isso. Encontramos provas da infidelidade da minha filha, mas nunca descobrimos o seu nome, até agora." - Evan disse e o oficial assente com a cabeça.

- "Até agora?"

- "Uma das testemunhas disse que o homem tinha uma cicatriz no braço que era bastante feia. Então me lembrei que o filho do médico do povoado tinha uma cicatriz muito particular no braço. Só precisávamos unir as pistas e pronto." - ele diz.

- "E o que você está pensando que aconteceu com Aline? "

- "Embora eu não gosto do que eu vou dizer, mas as provas mostram que a minha conclusão não está muito longe da verdade." - ele suspira e depois me olha. - "Acho que a Aline está morta."

- "O que você está dizendo papai?"

- "É isso mesmo o que você escutou. Ela não é sua primeira vítima. Esse homem se envolveu com muitas mulheres do povoado, mas o mais estranho é que depois de um tempo nenhuma delas voltaram aparecer. A polícia recebeu várias denúncias de desaparecimento de jovens com a sua idade e da de Aline, até mesmo de garotas mais novas. Ele é um assassino em série, William. É um homem muito perigoso."

- "Como?"

- "Isso é simples. Seu pai é médico. Ele conhece todas as ferramentas que precisam para matar e salvar vidas. Também conhece todos os medicamentos e Osten ao alcance de suas mãos. Ele aprendeu tudo isso com o seu pai, inclusive o doutor está nos ajudando nas investigações. Só falta encontrarmos os corpos." - Lucas completou.

- "Não posso acreditar." - eu digo ainda surpreso com essa revelação.

- "E agora vamos levar esse desgraçado para cadeia." - o oficial diz.

- "E o que vai acontecer com ele?"

- "Se os crimes forem confirmados, ele será condenado com a maior pena que existe de acordo com as nossas leis."

- "E qual seria?"

- "A pena de morte!" - ele diz. Merda!

Em poucos minutos eles o levam embora e eu fico na sala em companhia de Alice. Como é que nunca me dei conta disso? Que tipo de amizade era essa? Um amigo que matava as suas parceiras, por isso que eu sempre o via com muitas mulheres, mas com nenhuma fixa.

Me sinto mal, por minha culpa Aline pode estar morta, talvez não seja diretamente minha culpa, porque se ela nunca tivesse ficado comigo por causa do dinheiro, ela nunca teria conhecido Max e Alice nunca teria passado por essa situação. Maldita seja. O que mais pode nos acontecer?

Livro 1: Olhares de Amor (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora