🌻10개🌻

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Apesar de saber que aquilo, pra ele, havia sido apenas um beijo.
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Minha mãe me interrogou sobre Taehyung assim que fechei a porta.

— Por que não me contou que estava namorando? — Minha mãe disse assim que cheguei próximo à bancada.

— Eu não estou namorando, Sra. Hwang SeRi. — Digo, sentando em um dos banquinhos próximo à bancada da cozinha.

— Se ele não é seu namorado, por que se beijaram? — Ela sai da frente do fogão e anda até mim enquanto enxuga as mãos.

— Por que vocês se mudaram para cá? — Mudei de assunto.

— Vai ser melhor para Sun Hee estudar aqui. — Ela diz desviando o olhar e eu sabia o que aquilo significava apenas uma coisa.

Ela estava mentindo.

— Mãe? — Permaneço a encarando. — Por que vocês se mudaram? — Repeti a pergunta.

— A SoMin ligou ontem dizendo que você estava com aqueles sintomas de novo.

— Aish, a SoMin é muito fofoqueira. — Minha mãe me dá um leve tapa na minha cabeça e passei a mão no local. — Foi só uma febre, nada de mais.

— Nada de mais? — A mais velha cruza os braços. — Fiquei tão preocupada que quase liguei para o seu pai. — Exalta-se.

— Mãe, ele está na China. — Digo entre sorrisos e ela ameaça me bater novamente, o que fez minha crise de risos aumentar.

— Você pensa que não sei? Aquela besta não liga já faz três dias. — Diz irritada.

Meu pai trabalha em uma construtora como peão de obra e há dois meses ele foi para a China. Como consequência disto, minha mãe fica irritada cada vez que ele não liga e quando liga, eles brigam.

É a coisa mais fofa e engraçada do mundo.

— Desculpa! — Digo ainda entre risos fracos. — Vou tomar banho. — Saí da cozinha em direção ao quarto e ainda conseguia ouvir minha mãe reclamar do meu pai.

Entrei no quarto e as malas da Sun Hee já estavam espalhadas pelo pequeno cômodo. Vagamente olhei para a janela de vidro que possui raios solares a atravessando e me lembrei de Taehyung. Do acontecimento de horas antes. Aquele beijo havia mexido tanto comigo que não sabia o que haveria acontecido se minha mãe não estivesse aqui.

E em meio às lembranças boas, as ruins fizeram meu momento lindo virar cinzas. Aquele garoto que me beijou no elevador, que foi fofo com minha mãe e com minha irmãzinha era o mesmo que pegava todas e descartava sem pensar. Comecei a balançar a cabeça para expulsar qualquer pensamento que estivesse relacionado a Kim Taehyung.

Dei de ombros entrando no banheiro. Após tomar banho, vesti o primeiro short e camiseta que encontrei e voltei para cozinha. Minha mãe já estava terminando de cozinhar e a mais nova estava arrumando a pequena mesa circular que tínhamos. A porta de entrada faz um barulho e a imagem de SoMin surgiu.

— Cheguei! — Ela gritou enquanto tirava os saltos.

— Minnie! — Sun Hee foi ao encontro da mais velha e abraçou a mesma.

— Minha filha chegou! — Minha mãe andou e abraçou SoMin.

O ar da casa até parecia pluma, estava tão bom, com abraços e cheirinho dos bolinhos picantes da mamãe.

[...]

Após o almoço fiquei trancada no meu quarto com Sun Hee. Enquanto lia um livro sobre cardiologia, a mais nova dançava conforme a coreografia que via no celular. Eu apenas a olhava e sorria toda vez que ela errava e começava a brigar com si mesma.

Na minha opinião, a Sun Hee é a única de nós três que tem jeito para dança. Afinal a SoMin e eu somos tão desajeitadas que não conseguiríamos nem dançar a dança das cadeiras.

— Droga! — A mais nova resmunga pela centésima vez.

— O que foi? — Pergunto tirando os olhos do livro e a encarando. — Errou de novo?

— Sim. Essa dança é muito complicada, nunca que vou aprender. — Ela sentou no chão e encarou os pés.

— Quê isso? — Levantei de minha cama e me ajoelhei próxima a ela. — Você já viu algum Hwang desistir? — Ela me olhou e franziu o cenho. — Imagina como seria se o vovô tivesse desistido? A guerra teria o matado. E a vovó? Ela não seria dona da maior fazenda de Samcheok. O papai? Não teria conseguido conquistar a mamãe. A SoMin e eu? Se tivéssemos desistido nunca teríamos estudado na Universidade de Seoul.

Sun Hee começou a rir e fiquei sem entender.

— O que foi?

— O vovô não foi pra guerra.

— Oh, garota! — Empurrei ela de leve e a mais nova riu mais. — Dei um discurso de incentivo e você só escuta isso?

— Jinnie, você é muito engraçada quando dá conselhos e fica ainda mais engraçado porquê você é baixinha.

— Cala a boca! — Dei-me por derrotada e comecei a rir com ela.

[...]

Já eram umas 17h e eu estava me arrumando para o trabalho. Meu expediente começava às 18h e terminada perto do início da manhã. Vesti a calça marrom e a camiseta branca do uniforme e corri em direção a sala. Minhas irmãs e minha mãe estavam sentadas no sofá e antes mesmo de conseguir sair ouvi o grito estridente da minha mãe.

— Ya! — Virei em um pulo e a mesma me encarava com o cenho franzido. — Onde a senhorita vai? — Perguntou se levantando e caminhando com os braços finos cruzados.

— Trabalhar. — Virei para a porta e a abri.

— Trabalhar? — Ela vira para SoMin e a minha irmã assente com a cabeça. — Onde é esse trabalho? — Seu rosto mudou da feição desconfiada para a preocupada.

— Na cafeteria do outro lado da rua, a senhora até pode me ver da varanda. — Apontei para a pequena varanda na sala e a mesma seguiu meu dedo com os olhos. — Eu voltarei daqui a umas oito horas.

— Oito horas? Que isso? Trabalho escravo?

— Senhora Hwang SeRi, deixe de ser exagerada. — Beijei sua bochecha antes de correr até o elevador.

— CUIDADO! — Minha mãe gritou antes de a porta do elevador fechar.

[...]

Não estava tão movimentada a cafeteria, afinal já eram quase meia-noite e muitas pessoas estão dormindo a essa hora.

— Sujin! — Minha chefe me chama próxima ao caixa.

— Sim, senhora Geoum! — Saí de perto da mesa que estava limpando e fui ao encontro da mulher.

A mulher de cabelos meio grisalhos e sorriso meigo observava a monitor de pedidos fixamente.

— Você já pode ir, vou fechar mais cedo hoje. — Ela diz sorrindo fechado e apenas assenti.

Fui para o pequeno vestiário que tinha no estabelecimento e me troquei indo para casa logo em seguida. Após atravessar e subir os primeiros degraus da entrada do prédio, senti uma forte pontada no peito. Levei a mão ao local e pressionei na intenção de amenizar a dor, a mesma passou no mesmo instante. Apenas dei de ombros e entrei no elevador.

Continua...

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Who Is Kim Taehyung ? 《*•KTH•*》Onde histórias criam vida. Descubra agora