Capítulo 12

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— Evanna arrumou as coisas dela — comentou Edelweiss, enquanto lixava as unhas de Edge.

Não era um luxo que muitas daquelas garotas podiam se dar antes da Seleção, mas depois, quando fossem eliminadas, poderia ser até parte de suas rotinas. Como seria que o castelo cuidava da adaptação das ex-selecionadas?

Jane não estava inclinada a perguntar a Liam.

— Mais nove e seremos a Elite — disse Benny.

— Quem será que escolheu esses nomes? — perguntou Edge — Porque nós já somos tratadas como rainhas e não somos nem dez ainda.

— Com certeza pessoas que não têm ideia de como aqui é diferente de lá fora — retrucou Reyna.

— Tem tantas perguntas que eu gostaria de fazer, mas parecem tão pequenas e estúpidas — Artemisa manifestou-se — Ainda mais considerando todas essas tarefas que temos que fazer.

Ela se referia ao relatório militar.

— Eu não sei se agradeço a Veta por adiar o debate ou reclamo porque é mais um evento para comparecermos — confessou Stelle.

— Eu prefiro seguir a tática de reclamar — respondeu Sirena.

— Ah! Fala sério! Nós só vamos ficar sentadas por algumas horas, comer e socializar — disse Reyna, como se não fosse nada demais.

— Mas, sério, por que a Evanna foi eliminada? — Fabiane interrompeu-as — Nada contra, quanto mais castas altas eliminadas, mais chances da escolhida ser alguém que realmente vá mudar alguma coisa.

— Ela envenenou a Fran — Jane finalmente falou, em voz baixa.

Todas pararam o que estavam fazendo para olhar para ela, como se ela tivesse gritado ou coisa parecida.

— O quê? — perguntou Sirena — Foi ela?

— De acordo com o príncipe, sim.

Elas notaram o fato de que Jane não usou o nome de Liam, mas não comentaram.

McGonagall entrou no Salão das Mulheres, segurando uma prancheta em uma de suas mãos e parecendo estressada.

— Senhoritas! A aula de francês começou há 5 minutos! O professor está esperando-as! — ela deu a bronca.

Edelweiss levantou-se do chão, sob o olhar repreensor da instrutora, que sempre exigia que elas mantivessem a postura. Devia estar internamente escandalizada por ela estar ajoelhada no chão, lixando as unhas de outra garota, como se fosse uma manicure.

— Isso é mesmo necessário? — resmungou Jane.

— Sim, senhorita Mirren. Essas aulas são necessárias — retrucou McGonagall, sem dar espaço para mais protestos.

Era o mesmo professor que tinha dado aulas de francês a elas quando estavam se preparando para o aniversário de Illéa. Pelo escasso tempo que passou com Fran na enfermaria, Jane sabia que ele se chamava Alec, e pelo que Liam lhe disse ele teria notícias sobre ela.

— Não é o professor que a Fran estava tendo uma paquera? — ela perguntou para Fabiane, ignorando completamente as palavras em francês.

Ela sabia falar o suficiente para sobreviver, mas não gostava muito do povo e do idioma, apenas era obrigada a aturar por questões diplomáticas.

— Que delícia — Sirena murmurou, escrevendo algumas palavras francesas no caderno. Palavrões, provavelmente.

Reyna revirou os olhos, tentando disfarçar um sorriso.

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