Surpresas na festa

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CAPITULO 2

― Parabéns – Os gritos das duas jovens atraíram a atenção de todos que estavam no meio da rua. – O que devemos fazer para celebrar? – A jovem de cabelos castanhos e olhos verdes, perguntou para a outra ao seu lado no momento em que Marie desceu do carro, acompanhada por um segurança.

― Primeiro um abraço bem apertado – A prima de Marie, Elis, falou animada ao abraça-la. – Agora me diga, o que posso comprar pra você? – Marie sorriu ao retirar um cartão do bolso de sua calça jeans.

― Vamos nos divertir. Sem limites hoje – Piscou travessa ao abraçar a sua amiga, Vanessa, a jovem de cabelos castanhos e olhos verdes. – Adorei seu cabelo- Elogiou a nova cor do cabelo de sua amiga. Vanessa tinha a tendência de trocar de cor a cada seis meses. Por mais que não tivesse oportunidade de sair do palácio, nas poucas vezes que fazia acabou conseguindo a companhia da filha do seu motorista, Vanessa, e não demorou para se tornarem melhores amigas. – E como sabem, gosto de dar presentes em meu aniversario e um deles será um belo vestido para as duas. Algo me diz que meu pai vai me fazer uma surpresa.

― Não seria a primeira vez – Elis disse pensativa – No seu aniversário de doze anos conseguiu o pônei que tanto queria, nos quinze ele trouxe aquela banda estranha emo e em seus dezessete te deu aquele carro. Nem sei bem o motivo, já que ele não te deixa sair sem motorista.

― Ainda posso dirigir dentro da propriedade. – Murmurou ao fazer uma careta. Receber o carro de presente havia sido uma pequena vitória.

― Uma pequena vitória – Elis deu de ombros – Agora vamos as compras. – Entrelaçou seus braços em Marie e Vanessa antes de adentrarem no shopping.

***
Horas depois, Marie entrou no palácio segurando várias sacolas de lojas renomadas com o seu motorista atrás dela, segurando outras. Pela primeira vez, comprou tanto. A realidade é que estava feliz por finalmente poder tomar suas próprias decisões, e ter algo em sua vida. Um objetivo que não envolvesse o palácio.

― Talvez seja melhor deixar aqui e eu pego depois – Marie disse ao olhar para o seu motorista, se sentindo culpada por vê-lo carregar tantas sacolas.

― É minha obrigação e também quero ajuda-la, alteza – Sorriu ao ver a jovem que viu crescer se tornar alguém gentil o deixava feliz. – Estou feliz por vê-la crescer.

― Não seja tão sentimental ou vou começar a chorar – Olhou com carinho para o homem que a acompanhou durante metade de sua vida. – Vou realmente sentir falta do senhor, sempre foi o mais gentil comigo.

― Ou eu era o que mais fingia não ver suas traquinagens?

― Os dois? – Fingiu uma careta ao apontar para as escadas que davam acesso a ala sul. – Temos uma caminhada, meu amigo.

Ele a seguiu em silêncio durante os minutos que passou até chegarem em frente ao quarto da princesa, e no instante em que ela abriu a porta do quarto, se deparou com uma caixa dourada em cima de sua cama.

― Meu pai sempre fazendo essas coisas – Sussurrou antes de se despedir de Tomas, o motorista, para fechar a porta e abrir a caixa. O vestido longo branco, drapeado com bordados em dourado em toda a sua extensão a fez suspirar. Era o vestido mais lindo que já havia visto. – Ele realmente exagerou – Sorriu encantada.

A cada segundo se sentia ainda mais ansiosa pela festa de seu aniversário. Ela desejava mostrar a todos o belo vestido que havia ganhado, as joias de sua falecida mãe e principalmente o carinho que seu pai sentia por ela. Mesmo que todos falassem que o rei favorecia o seu irmão, ela sabia que o seu pai sempre tentou ser gentil com ela para compensar. Gentileza para compensar o modo como Pierre era tratado por todos.

A Princesa [degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora