Convite não esperado

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CAPITULO 16

Nunca disse que não gostava de você.

Essas palavras pareciam povoar a mente de Maria durante todo o caminho que fez para chegar ao estúdio e ainda que todos mantivessem sua atenção nela, ela não conseguia evitar de pensar em Devon, principalmente em suas palavras.

― Algum problema? – Simon perguntou assim que se aproximou, tocando em seu ombro. Os olhos de Marie encararam o fotografo, sorrindo no segundo seguinte da mesma forma como fazia no palácio. Um sorriso falso e superficial. – Parece que está com problemas. Precisamos começar a tirar fotos, mas posso atrasar por alguns minutos se precisar – A forma atenciosa com que falava a fez se sentir incomoda pelo seu próprio comportamento.

― Não precisa. Eu que devo me desculpar afinal estou trabalhando – Sorriu ao olhar em volta. – Devo ir me trocar no mesmo lugar? – Referiu-se ao pequeno quarto destinado a troca de roupa e a maquiagem. Simon assentiu ao analisa-la após dar de ombros. Marie deu as costas ao fotografo dirigindo-se em seguida para o quarto, encontrando as roupas que deveria usar e a sua mascara em cima de uma mesa. Ela respirou fundo tentando mudar a expressão cansada que estampava a sua face. ― Você acabou de chegar e já começou a destruir tudo o que eu consegui – Lamentou-se.

***
Devon tamborilou os dedos em sua mesa enquanto tentava manter a sua face inexpressiva, sem sucesso. Desde que retornara de sua viagem nada estava saindo como planejara antes de seu casamento. A sua esposa não era a princesa que imaginara, sua secretária parecia gostar de assistir um vídeo dele que fizera na viagem todos os dias, haviam homens que não conhecia rodeando a sua esposa e agora se via com problemas em sua nova aquisição. Encarou Jean com seriedade ao questioná-lo sobre as clausulas que havia solicitado previamente para serem mantidas no contrato original.

― Coloquei. Tenho certeza – Garantiu ligeiramente temeroso – Falando em contrato, como está a sua esposa? – Mudou de assunto enquanto conseguia tempo para analisar a cópia do contrato sem que Devon soubesse.

― Sei que está tentando ganhar tempo – Devon o fuzilou antes de suspirar – Lhe darei duas horas para analisar o contrato e consertar o erro que fez. – Jean sorriu aliviado – Agora vá trabalhar e chame Giulia.

Jean não pensou duas vezes ao correr para a porta deixando Devon com o cenho franzido para trás até a chegada de Giulia, a qual mantinha um tablet em sua mão.

― Antes que comece a falar meu horário, diga-me – Pediu ao encará-la ignorando o olhar preguiçoso que ela lhe lançou. – É normal uma princesa fazer amizade com qualquer um que se aproxime dela? – Giulia piscou, passou a mão pelos seus cabelos e suspirou ruidosamente antes de responder.

― Se está incomodado deveria dar mais atenção a sua esposa – Falou simplesmente ao revirar os olhos. Ela não conseguia ter paciência com pessoas lentas como Devon – Ela está conversando com qualquer um que lhe dê algo que você não está dando, e isso se chama atenção, chefe – Manteve o seu rosto sério até sorrir ligeiramente – Bem, se continuar assim, em menos de dois meses estará divorciado. Não é toda mulher que vai aceitar um mão de vaca, insensível que não dá atenção como marido. Mais alguma pergunta?

― Ainda me pergunto o motivo de não despedi-la – Questionou-se antes de escutar seus compromissos do dia, contudo antes de Giulia sair de sua sala – Sabe onde é o estúdio de Marie?

― Talvez – Deu de ombros – Considerando Que não é minha função perseguir sua mulher por ai, aceitaria uma folga como agradecimento pela resposta.

― Feito – Murmurou a contra gosto.

― Envio o endereço por e-mail – Ela piscou animada por conseguir se afastar de seu chefe problemático.

***
Descrença e arrependimento eram os sentimentos de Devon Black ao adentrar o estúdio fotográfico de Simon Banks no horário do almoço. Ele não conseguia pensar em uma razão logica por estar agindo daquela forma, contudo não conseguiu evitar. Desde que Marie deixara claro o quanto odiara ser abandonada por ele, se viu indagando sobre suas ações e a forma como a todo momento ela lhe mostrara uma face nova, enquanto ele permanecia a julgando baseado em seus próprios pré-conceitos existentes.

Seu olhar percorreu o lugar ao ir em direção ao local indicado pelo segurança quando mencionara Simon, e no instante em que adentrou o estúdio, não conseguiu pensar em nenhuma palavra que pudesse descrever a cena a sua frente. Marie encontrava-se usando uma peruca, o vestido preto colava em seu corpo como uma segunda pele fazendo seus seios se sobressaírem e a máscara em seu rosto lhe dava um ar misterioso e sensual. Ele não precisou analisar a mulher em sua frente para reconhece-la. Não desviou seu olhar durante os minutos que se seguiram até perceber que ela estava se caminhando em direção a Simon, optou por ir até ela, tocando em seu ombro.

― Já terminou? – Perguntou casualmente ignorando o olhar assustado da mulher em sua frente.

― O que faz aqui?

― Vim convidar minha esposa para almoçar – Deu de ombros ao encará-la minuciosamente – Está muito bonita – Elogiou acreditando que ela iria sorrir, todavia Marie desviou o olhar, como se estivesse incomodada.

Marie não conseguiu evitar a sua frustração ao escutar o primeiro elogio que ele lhe fizera. O único elogio foi para o personagem que fingia ser. Ele a elogiou por ser algo que não era.

― Estou trabalhando – Ela respondeu automática – Mas devo acabar em vinte minutos – Murmurou ao olhar para ele. Devon assentiu sem dizer nada. 

CONTINUA...

Primeiro devo pedir desculpas pela demora em atualizar, mas fiquem tranquilos pq logo a história acaba (entre 20-40 capitulos)..

Okay??? Amo vcs e não esqueçam de ler a história muito fofa que comecei: Your Voice 

Todos fazem desejos secretos a cada segundo da vida, mas o primeiro desejo de Dana Malford realizou-se apenas quando terminou o colégio. Ao se mudar para uma nova cidade, fugiu de seu passado e de sua família restando apenas sua esperança em um novo começo. Mas a nova cidade possuía a cafeteria mais estranha que conheceu: A cafeteria Hope não vendia café, não abria durante a noite e vivia repleta de flores. O lugar era completamente oposto do que deveria se esperar, incluindo pelo dono: Alexander Ross, um homem que mantinha o olhar fixo em todas as pessoas que entravam pela porta e que raramente falava. Um homem que escondia de todos a verdade: que ele não conseguia escutar.

Dana fez apenas dois desejos em toda a sua vida: O primeiro era esquecer o seu passado e segundo foi escutar a voz de Alexander novamente. A única voz que fazia seu primeiro desejo se realizar. 

A Princesa [degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora